DEFESA NACIONAL – Deputado pede investimentos em setores est

O deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP) afirmou, durante o seminário, que é necessário garantir recursos de forma contínua para os projetos de defesa nacional, setor que considera estratégico. “Estamos diante de uma oportunidade histórica de afirmação da soberania nacional, que se dá também pela afirmação da capacidade de produzir o conhecimento”, disse.

Na opinião do diretor de Desenvolvimento de Negócios na Odebrecht Engenharia Industrial, Manoel Antonio Nogueira, a aprovação da MP 544/11 pela Câmara foi o passo inicial para a reestruturação da defesa nacional.

Nogueira destacou a importância de formar pessoal e manter os investimentos no setor, que se baseiam em projetos de longo prazo. Segundo ele, ações desejáveis de defesa nacional também incluem a aproximação da indústria com os centros de pesquisa e a academia.

Nogueira citou, ainda, a necessidade de desenvolvimento de projetos com viabilidade militar e potencial de mercado que possam ser usados em âmbito civil e com coordenação em nível internacional, especialmente na América do Sul.

Empregos – A capacidade de o Brasil fabricar produtos de defesa ditará os rumos do País no mercado externo, segundo o vice-presidente-executivo para o mercado de defesa da Embraer, Luiz Carlos Aguiar. Ele lembrou que os investimentos na área de tecnologia se traduzem em empregos altamente qualificados e bem remunerados.

Conforme dados apresentados pelo presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), Orlando José Ferreira Neto, a indústria de defesa gera hoje no País 150 mil empregos. A aprovação da MP 544/11 e sua posterior transformação em lei pode aumentar esse número para 300 mil.

 “Todos queremos transformar a indústria de hoje, que é de 3,5 bilhões de dólares, em uma indústria de quase 12 bilhões de dólares. Mas para isso temos o desafio de assegurar a sustentabilidade do mercado interno e de garantir orçamento público, além de enfrentar o gargalo dos recursos humanos”, disse.

Financiamento – No seminário, o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Glauco Arbix, destacou que, atualmente, 70% dos investimentos da instituição dizem respeito a áreas prioritárias do Plano Brasil Maior, que prevê ações de política industrial, tecnológica e de comércio exterior. Em 2011, a financiadora contratou R$ 2,9 bilhões, valor 74,5% maior que o de 2010, somente em crédito para as empresas e a indústria de defesa.

Arbix lembrou, no entanto, que não há lugar no orçamento da Finep para projetos estruturantes, como o Sistema de Monitoramento das Fronteiras (Sisfron) ou o desenvolvimento de um satélite geoestacionário. Para ele, são necessárias outras fontes de arrecadação, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). (NN)

(Jornal da Câmara)

Redação

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