Número de empregos informais no mercado de trabalho bate novo recorde, aponta IBGE

Desemprego caiu, mas não pela criação de postos formais; Número total de ocupados atingiu 11,8%, ou 12,6 milhões de pessoas, no trimestre

Jornal GGN – O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta sexta-feira (30) dados mais recentes sobre o mercado de trabalho revelando recuo na taxa de desemprego no país.

Segundo a entidade, o total de empregados sem carteira assinada atingiu 11,7 milhões no trimestre encerrado em julho, contra 24,2 milhões de trabalhadores por conta própria.

O volume de trabalhadores na condição de informal é o mais alto já registrado pelo Instituto na série da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), iniciada em 2012.

A diferença entre o trimestre encerrado em julho com o trimestre anterior, é que a taxa de desocupação (desemprego) apresentou uma leve redução passando para 11,8% ante 12,5% no trimestre imediatamente anterior, de fevereiro a abril de 2019.

“Desde o início da crise econômica a inserção por conta própria vem sendo ampliada em função da falta de oportunidade no mercado formal”, afirmou Cimar Azeredo, gerente da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), do IBGE ao jornal Folha de S.Paulo.

No setor privado, o aumento de trabalhadores sem carteira de trabalho assinada aumentou 3,9% (441 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior que foi de 5,6% (619 mil pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2018.

O número de trabalhadores por conta própria subiu 1,4% (343 mil pessoas) em comparação ao trimestre anterior e 5,2% (1,2 milhão de pessoas) em relação ao mesmo período do ano passado.

As vagas informais pagam menos, na média, do que as formais, portanto o aumento nessa modalidade significa redução da média salarial da população. O IBGE aponta que o rendimento médio real habitual do trabalhador registrado no trimestre fechado em julho foi de R$ 2.286, contra R$ 2.311 nos três meses antes.

A reforma trabalhista é uma das explicações para o aumento do emprego informal. Outra, segundo Azeredo, é o período de crise econômica que favorece a criação dessa modalidade de emprego. Ele aponta ainda que o recorde da informalidade indica que o mercado de trabalho ainda não se recuperou.

No setor privado, o número de empregados com carteira assinada ficou estável em 33,1 milhões em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período do ano passado.

O instituto divulgou ainda o número de pessoas subocupadas, ou seja, que trabalham pelo menos uma hora por semana em algum tipo de serviço. O grupo fechou em 7,3 milhões – volume considerando também recorde com alta de 4,8% (337 mil subocupados) sobre o trimestre anterior e de 12,4% frente ao mesmo trimestre de 2018.

A população fora da força de trabalho, ou seja, aquelas que não estavam trabalhando e nem procurado emprego na semana da pesquisa, ficou em 64,8 milhões de pessoas. Já o número de desalentados, aqueles que gostariam de trabalhar, mas não procuram emprego há um mês, marcou, 4,8 milhões.

A força de trabalho, soma dos ocupados e que procuram emprego (ocupados e desocupados), também é o maior já registrado pela série histórica: 106,2 milhões, um aumento de 610 mil pessoas (0,6%) em relação ao trimestre anterior e de 2 milhões (1,9%) em relação à mesma época no ano passado.

*Com informações da Folha de S.Paulo.

Redação

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