Jornal GGN – A criação de empregos formais caiu pela metade entre 2011 e 2012, segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Ao todo, cerca de 1,1 milhão de postos foram registrados no ano, tanto em carteira assinada como no serviço público. No período anterior, foram aproximadamente 2,2 milhões. O resultado de 2012 foi ainda pior se comparado ao de 2010, quando foram criados 2,8 milhões de empregos.
O emprego formal com carteira assinada teve crescimento de 3,46% durante o ano de 2012, com a criação de 1,3 milhão de postos. No serviço público, sob o regime estatutário, houve declínio de 1,76% dos vínculos empregatícios, com o fechamento de mais de 152 mil postos.
Os setores que apresentaram os melhores desempenhos, em termos absolutos, foram serviços, com a criação de 794,9 mil de postos (+5,17%) e o Comércio, com a criação de 383,5 mil postos de trabalho (+4,34%). Em termos relativos, o melhor desempenho foi o da Extrativa Mineral, com crescimento de 12,06% (+27,9 mil postos de trabalho).
A Administração Pública, com queda de 166,2 mil postos de trabalho (-1,83%) e a Agropecuária com retração de 19,5 mil postos de trabalho (-1,32%) foram os setores que apresentaram desempenho negativo no ano.
Em nota, o Ministério do Trabalho afirma que o desempenho “mantém a trajetória de crescimento do emprego ininterrupta, apontando uma perda de dinamismo, já detectada no ano de 2011. Tanto o emprego celetista quanto o estatutário evidenciaram comportamento mais desfavorável comparativamente ao ano anterior, dando continuidade ao processo de desaceleração ocorrido naquele ano”.
Para a pasta, o fechamento de postos no serviço público se deve ao declínio de contratações de servidores não efetivos, ao desaquecimento do mercado de trabalho e à dinâmica eleitoral, especialmente na administração pública municipal.
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