Árvores derrubadas por igreja sofriam infestação de cupins

Jornal GGN – A Paróquia de São Sebastião de Itaipú, que fica dentro do Parque Estadual Serra da Tiririca, em Niterói, decidiu acelerar o processo de derrubada de mais de 300 árvores nativas, infectadas por cupim, “por causa da proximidade da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e do risco iminente de quedas”, informou, nesta quarta-feira (17), o advogado da igreja, Rafael Curi.

Mais de 300 árvores centenárias são derrubadas para a visita do Papa ao Rio de Janeiro

Segundo o representante, a situação ambiental foi diagnosticada há alguns meses, quando mais de 60 árvores mortas caíram devido a uma forte ventania. Durante a remoção das árvores, foi constatado que 485 estavam seriamente comprometidas – 334 delas foram retiradas.

Entre a identificação e o processo de remoção, afirma o advogado, a paróquia entrou em contato com as autoridades ambientais, solicitando as autorizações necessárias, porém, já que se trata de uma área de proteção ambiental tombada pelo patrimônio histórico e o processo tomaria muito tempo. Com a proximidade da Semana Missionária e da própria JMJ, a paróquia decidiu derrubar as árvores mortas e aceitar a autuação dos órgãos responsáveis.

Recuperação da área degradada

Por meio de nota, a Secretaria de Meio Ambiente de Niterói afirmou que foi surpreendida com o desmatamento, e realizou a autuação em 16 de junho. O processo 250/001537/2013 foi assinado pelo advogado estabelecido pela igreja, além do Termo de Compromisso Ambiental nº. 22/2013, no qual a paróquia ficará obrigada a recuperar a área degradada e a restinga da praia de Itaipú.

A secretaria informou a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente por meio do ofício 279/2013, que vai realizar uma apuração da conduta.

A diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Instituto Estadual do Ambiente (Dibap/Inea), informou, também por meio de nota, que emitiu Auto de Constatação contra a Paróquia de São Sebastião de Itaipu, em Niterói, advertindo sobre o crime ambiental. O documento foi remetido à Coordenadoria Geral de Fiscalização do órgão (Cogefis/Inea) para valoração da multa e emissão de Auto de Infração. O auto determina que a entidade faça a recuperação da área degradada, às suas expensas.

Segundo Curi, durante a retirada foi encontrado um caminho original da igreja, que estava escondido na mata. Para investigar essa descoberta, já foi contratada uma arqueóloga.O advogado acrescentou ainda que o projeto negociado com as autoridades ambientais incluirá o dobro de espécies nativas, muitas delas frutíferas.

Curi destacou que o projeto apresentado pela paróquia terá uma duração de dois anos, e incluirá a recuperação da vila de pescadores, do Museu de Arqueologia de Itaipú, do comércio local e da própria igreja, ponto de visitação turístico-religioso.

Redação

1 Comentário

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  1. A força destruidora do poder. Jesu Cristo, 1º Ambientalista!

    Aqui di Goiáis observei essi crimi, apesar da imagi da redi Grobu ter sidu mtu rápida. Com todo respeito sou católico e me qualifico do bem, agradecido tb por ser cristão de nascimento. Agora destruir nossa mata Atlântica (dos 5% que restou) pra receber um pecador, (todo homem é e nasce c/ o pecado original) causando um tumulto de proporções, sem falar dos 10 milhões do bolso do contribuinte. Se fosse o Divino Sagrado, o Cristo ressuscitado, Jesus abençoado, Deus todo poderoso, afirmo que a Santíssima Trindade não aprovaria esse crime ambiental. Será que serei mais solidário, mais justo, mais caridoso c/ meus irmãos só porque vi o Papa? Espero que a Igreja assuma essa destruição da bondosa natureza, recuperando a floresta derrubada e outras que a justiça dos homens decidir devido.    

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