Quem vai negociar com uma horda?, por Rogério Maestri

por Rogério Maestri

Com as notícias que vem pingando sobre o desempenho da política internacional do governo golpista fica claro que a direita está com um sério problema, a existência de quadros com suficiente discernimento até para entregar as riquezas do Brasil mesmo a preço de banana.

Na época de Fernando Henrique Cardoso já se verificou algo semelhante com as suas privatizações, quando se colocou a venda um sistema de telefonia num país das dimensões do Brasil, coisa que com preço baixo, como foi vendido seria um filé para imperialistas globais, o que chegou no Brasil em termos de empresas de telefonia? Empresas americanas, inglesas, francesas ou alemãs? Nenhuma delas, simplesmente empresas espanholas, portuguesas, italianas e mexicanas!

Por que acontece isto? Achei a resposta num destes canais do YouTube onde um professor, que nem vale a pena dizer o nome, reclama com toda a sua sapiência do domínio da esquerda, que ele chama dos “comunistas”, no meio intelectual. Ele fica indignado porque após o golpe contra a Presidenta Dilma já surgiram vários livros falando do assunto, e sempre contra o golpe. Ele fica indignado que no futuro daqui a quarenta anos quando lerem os livros sobre o passado só se terá livros “comunistas”.

O besterol deste professor segue adiante, e vou poupar a todos das bobagens que seguem, porém o mais notável é que o mesmo atribui esta avalanche de livros “comunistas” a uma enorme teoria da conspiração que à esquerda, algo monolítico se uniu com este intento. Como um amador em arqueologia, que quando enxergam uma maravilha da arquitetura que nossos antepassados construíram, fica mais simples no lugar de pesquisar e entender como foram feitas atribuir tudo a ET’s. Da mesma forma esquece de procurar explicações lógicas para a grande capacidade dos “comunistas” dominar a cultura nas últimas décadas.

Da mesma forma no lugar de atribuir que o “centro de massa” do pensamento mais intelectual está se deslocando naturalmente para a esquerda, ou seja, como não se fazem mais à velha intelectualidade reacionária que havia há décadas ou séculos passados é mais fácil adotar uma teoria da conspiração.

Há coisas que foram internalizadas no discurso comum que não eram tão evidentes no passado. Crianças trabalhando era algo que tinha sua aceitação na sociedade ocidental do século XVIII, porém já alguns reis de principados alemães neste mesmo século achavam pouco correto isto, o primeiro livro de Thomas Malthus e parte do trabalho de David Ricardo no século XIX foram dedicados a uma imensa pregação contra as chamadas “Old Poor Laws”, a bolsa família que já existia na Inglaterra desde 1610 (mil seiscentos e dez). Apesar dos belos e “bem” baseados argumentos para a época, a lei continuou sendo ampliada dali para diante com pequenos passos para trás e grandes passos para frente.

Direito à saúde, a educação e outros são palavras correntes na imensa maioria da população, estes direitos vão se tornando inalienáveis para todos. Claro que há recuos, claro que se encontra algumas mentes congeladas nos ideais liberais do passado, porém mesmo estas mentes escondem em parte seus propósitos de tão anacrônicas que se tornaram as suas idéias. Porém estes liberais, que saem de suas tocas em determinados momentos da vida econômica e política encontram-se ilhados da mesma forma que grupos mais à esquerda ficaram durante o período militar, e quando estes grupos ficam ilhados a capacidade de montar raciocínios mais complexos, de elaborarem teorias mais exatas baseadas em fatos reais torna-se mais difícil, ou seja, a extrema direita vai perdendo conteúdo e capacidade analítica.

Com isto tudo, não temos mais um Roberto Campos na economia e um Paulo Francis na TV, Roberto Campos foi substituídos por Constantinos e Reinaldos da vida, com uma perda de substância no pensamento conservador que faz deslocar o “centro de gravidade” da cultura econômica mais para a esquerda. Assim acontece nas artes, na filosofia, na história e nos demais setores das ciências humanas.

Por que? Perguntaria o professor que acima citei sem dar o nome? Simplesmente porque inexoravelmente a civilização caminha. Liberdade, Igualdade e Fraternidade que eram palavras revolucionárias em 1789 parece um discurso já internalizado na cabeça das pessoas, a dúvida ainda paira na intensidade destes conceitos, sendo que para uns o conceito de igualdade não é exatamente o mesmo do que para outros, mas a discussão já é sobre a sua intensidade.

Agora voltando ao governo dos golpistas, para defendê-los o presidente chama um rapaz que há poucos anos só se interessava por videogames e agora acha que a vida é um destes jogos. Se ele for colocado à frente que qualquer intelectual moderno que o professor chamaria de “comunista” seu discurso é esvaziado em minutos. Simplesmente porque a sua base é fraca e mais axiomática do que racional.

Interessante notar que grande parte do pensamento destes modernos pensadores de direita não se expressam geralmente em textos escritos, mas sim em vídeos do YouTube ou no máximo em blogues em que seus textos não passam de algumas linhas. Há uma dificuldade em achar inteligência na direita liberal e esta direita liberal não é muito afeita a textos longos. Desenterram um economista pró-fascista austríaco que foi simplesmente execrado pelos economistas de todas as linhas já há quase um século, para basear seus textos. Ou seja, nada de moderno surge, porque moderno é coisa de “comunista”.

Com todo esta aridez de pensamento inteligente no atual governo golpista brasileiro, colocam um anti-social para chefiar um ministério das relações exteriores, um bispo para falar de indústria e comércio, um advogado de clientela no passado nada correta para o ministério da justiça e aceitam um ator de filmes pornô para dar idéias sobre educação. Em resumo é um verdadeiro show de horrores.

Estes senhores não notam que não estão na mesma posição que estavam em relação a sociedade do passado de cinqüenta ou mais anos, pois simplesmente a sociedade está se deslocando e eles parados estão se tornando pontos fora da curva.

O que resulta tamanha obtusidade na política, um caos que para quem estava só acostumado a viver a custa de discursos baratos e propinas caras, quando chegam para negociar com o resto do mundo civilizado são vistos como criaturas toscas e incivilizadas que nem conseguem propor a venda das riquezas de seu país. Chamam os empresários, os governantes e demais pessoas importantes dos outros países como chamam seus correligionários para repartir o butim. Uma verdadeira horda de insensatos.

O próprio comportamento de horda, sem preparação, sem comedimento, sem discernimento não passa um ar de confiabilidade, pois como ninguém dialoga de fato com seus cachorros, fica pouco credível negociar com o governo atual.

Talvez do México, da Colômbia, da Albânia ou da Sicília apareçam alguns interessados de comprar parte do país a preço de banana.

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Redação

15 Comentários

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  1. Como eu escrevi

    Como eu escrevi anteriormente, a direita no seu país é incompetente. Eu admito que os republicanos (a extrema direita* por aqui) não são um exemplo de inteligência mas os seus “republicanos” conseguem ser muito piores, uma “ralé” atrasada, egocêntrica e realmente estúpida que não consegue nem perceber quando é polidamente chutada para escanteio como aconteceu recentemente com Temer na Rússia e no Japão.

    E é por essa razão que eu recomendo que vocês deveriam reagir com luta armada contra os conspiradores, é porque vocês não estão lidando com seres racionais com os quais pode-se argumentar. Vocês estão lidando com seres pouco melhores que homens das cavernas.

     

    * Eu coloquei “extrema” direita porque na prática não existe uma esquerda nos EUA, o que temos aqui é direita ou extrema direita.

    1. Idiotas são os outros…

      Me perdoe, mas a hierarquização proposta por você não tem sentido algum. A direita representa um senso comum conservador, porque teve anos e anos para construir tal estamento, e depois, como causa e efeito, esses pólos se alimentam.

      A direita e seu senso idiotizante são fenômenos universais, sendo que os arranjos nacionais são apenas divisão de tarefas.

      Aí e aqui, a indigência da direita é igual, o bush jr é algo muito melhor que bolsonaro, ou trump é algo melhor que tiririca?

      Eu apanho dois filmes dos EUA para ilustrar a auto-imagem que alguns lúcidos têm sobre isso:

      Forrest Gump e Godfather.

      No primeiro, é uma crítica de mão dupla da idiotia estadunidense, que tanto serve para louvar essa condição como algo: “o homem médio idiota é quem faz o país” ou a “história é uma sucessão de atos idiotas por gente que se acha mais esperta que a maioria dos idiotas”.

      Já o GodFather, a luta de Al Pacino é para ser visto como alguém de “bem”, o que nunca acontece.

      Esse último filme serve para ilustrar que aqueles que fazem o trabalho sujo (policiais, bandidos, golpistas, militares) sempre são tratados com desdém por quem os tem sob controle.

      A diferença da direita daí 9ou da Europa) e daqui é escala (grana) e tempo histórico. E talvez só nesse sentido (da covardia e preguiça de nossa elite) você esteja certo, mas no campo intelectual ou nos atributos de interação social são a mesmíssima merda.

  2. registrado!

    Exato, segurança juridica não é apenas – Ah, fiz uma lei aqui, olha, pode comprar que “la garantia soy Jo”.

    Vieram picaretas e mais picaretas estão atras de lucro rapido e facil e sabem que uma hora terão que pular fora! Tai a resposta para os “grandes” não terem participado dos ultimos leilões do petroleo!  Tic tac, quanto tempo para o terceiro e “definitivo golpe”?

  3. Sintese deste “governinho interino” que está ai

    “Com todo esta aridez de pensamento inteligente no atual governo golpista brasileiro, colocam um anti-social para chefiar um ministério das relações exteriores, um bispo para falar de indústria e comércio, um advogado de clientela no passado nada correta para o ministério da justiça e aceitam um ator de filmes pornô para dar idéias sobre educação. Em resumo é um verdadeiro show de horrores.”

     

    Bem sintetisado!

  4. pequena correção,

    os americanos até vieram para cá. mas logo saltaram fora, mci comprou a embratel e depois revendeu pro slim. e a intelig foi montada pela sprint e france telecom, e revendida também.

    mas gostei da visão, só ficaram os coisa ruim.

    1. A tecnologia das empresas que vieram era pior do que as….

      A tecnologia das empresas que vieram era pior do que as estatais.

      Em 1990 eu estava em Valência na Espanha, a terceira cidade mais populosa do país que nos mandou a “excelente” Telefónica.

      Era tão avançada que simplesmente não havia DDI para o Brasil (???), coisa que na época já tinhamos para cidades de porte médio e mesmo pequenas na maior parte do Brasil, a ligação tinha que ser feita via telefonista, que para não fugir a regra as telefonistas internacionais não compreendiam português de alguém da região sul e com o hábito de falar portunhol com nossos hermanos do Plata.

      Por outro lado o primeiro celular que adquiri no Brasil ainda foi da CRT, Companhia Riograndense de Comunicações, quando passou para a “brilhante” Claro do “fantástico” Carlos Slim, fiquei seis meses sem que a empresa conseguisse enviar a FATURA para receber o que eu devia (imagina, se não conseguiam enviar a fatura para receber o que faziam com as coisas para pagar?). Depois de seis meses mandaram uma Mega Fatura com seis meses de telefone celular que era extremamente caro na época (ainda mais caro dos que nos dias atuais).

      Só para complementar, a CRT foi o resultado da Encampação da subsidiária local da International Telephone and Telegraph Corporation (ITTC) norte americana pelo governo do governador Leonel de Moura Brizola em 16 de fevereiro de 1962, e o mais interessante de tudo é que a ITTC entrou em tribunais norte-americanos para pedir reçarcimento de que ela achava que tinha direito. Devido ao Estado do Rio Grande do Sul, provar que os serviços da multinacional norte-americana eram tão ruins que os tribunais deram ganho de causa para o Estado!

  5. Não estou sozinho

    Muito bom o artigo, pois vai na direçãoque já percebi fazem anos, de que a esquerda é mais criativa por ter mais liberdade do que a direita, que segue o dinheiro que paga o que eles escrevem, como no livro “quem pagou a conta”. Consciencias amoedadas ficam sem liberdade de pensar, e criar. Estão engessadas.

  6. Excelente! só uma coisinha…


    Excelente, mas só uma coisinha. Acho sim, que tivemos influencia de outros povos ( ETs, no caso) em nosso desenvolvimento ancestral. E acho que a tendência a esquerda ( para os bons, é lógico) é fruto de muitos pensadores de esquerda do passado, dentre os quais um tal de Jeshua Ben Youssef.

  7. isolados

    Obama não foi discursar na abertura da assembléia geral das nações unidas para não ter que cumprimentar o Golpista, que discursou antes. Obama mandou um sub do sub…

    No encontro dos bRICS, o Brasil foi solenemente ignorado.

    No japão o Golpista foi de pires na mão e levou um esporro de primeiro-ministro  japonês, pois as indústris japoneses tiveram prejuízos enormes por causa dos golpistas/Moro/MPF. Saiu do Japão rapidinho.

     

    Ninguém respeita golpistas, quanto mais negociar com eles.

  8. Desculpe o transtorno, ou, porque falamos de golpe.

    Vamos repisar o “Velho”: A História se repete primeiro como farsa, e depois como tragédia…

    A indigência intelectual da direita, que apenas tem breve intervalo em momentos específicos da nossa existência (como nos bons exemplos citados no texto), é decorrência direta de sua condição hegemônica.

    E isso não é apenas uma crítica desqualificante, mas uma constatação incômoda, na medida que hegemonia é construída como domínio (ideológico) do senso comum, que sabemos todos, é conservador e limitado.

    Isso não quer dizer que haja sempre um senso conservador retrógrado, caso contrário, partidos de esquerda não conseguiriam obter vitórias nas urnas.

    É mais embaixo.

    Mas ainda que o senso comum oscile para posições mais avançadas, se observarmos o pêndulo da História, esses momentos se dão após crises intensas e dramáticas do establishment econômico conservador, algo como, “agora que roemos até o osso, é com vocês!”

    Sei que é uma simplificação grosseira, e desculpem-me Gramsci, Weber, Bordieau e tantos outros que trataram do temas ideologia, comunicação, legitimação, etc.

    O fato é:

    Como a esquerda tem sempre que justificar a si mesma e seus atos, ainda que esteja limitada por acordos de governabilidade que JAMAIS ameaçaram o status quo (como é o caso de Lula e Dilma e o PT), normal que sejamos mais prolíficos na produção da compreensão da dinâmica da História.

    Quem tem que convencer pela mudança somos nós, e a tarefa fica hercúlea se considerarmos que a elite sempre recorreu (seja o Imperio Romano, seja o pessoal da Citi) ao fatalismo histórico (vontade dos deuses, vontade do mercado, fim da História, e blá, blá, blá) como castigo pela heresia de desafiar privilégios e interesses.

    No entanto, ainda que reconheçamos certo capital intelectual em quadros que o comentarista citou, a verdade é que esse capital todo só serviu para ilustrar teses cretinas, algo como canibais comendo de talheres e com algum senso de etiqueta, porém o menu estava  e estará sempre definido: patrimônios estatais, direitos sociais e subserviência geopolítica.

    Não é à toa que, na maioria das vezes, nos países periféricos, o estofo acadêmico da direita só floresça quando há regimes baseados em consensos impostos, ou de autoritarismo e exceção, com pouca margem para dissensos.

    A postura acadêmica da direita é voltada, por sua natureza, à conservação de certezas que legitimem  a manutenção do estado de coisas (incômodas), por isso o apelo recorrente a “crenças fatais”, enquanto do discurso de esquerda tende a ser justificativo, algo como aquelas plaquinhas de obras em vias públicas, mas que poderiam ser lidas assim:

    Desculpe o transtorno, estamos trabalhando para reformar as merdas do capitalismo.

    Nesse sentido, é comum ler por aqui as súplicas por auto-críticas improváveis, e dentre essa súplicas, as que paraecem seduzir mais sâo aquelas ligadas a nossa (in)capacidade de comunicar nossos feitos e mudar o senso ideológico da sociedade.

    Não é um dilema (apenas) moral e “individual” da esquerda, de ter ou não condições de comunicar, ou de construir consensos.

    Paradoxalmente é uma “questão moral”, por outro lado, onde devemos nos perguntar: Até onde estamos dispostos a ir?

    Para construir tal memória coletiva conservadora, a direita matou, esfolou, roubou, violentou e fez o cara*ho.

    São séculos de violência simbólica e real.

    Sem nos apropriarmos dessas ferramentas, as bandeiras da justiça social ficam sem mastros.

     

     

     

  9. Fica deveras difícil negociar

    Fica deveras difícil negociar com qualquer um se no título já exortas um AD HOMINEM como um templo.

    HORDA?

    Para buscar analises desde um prisma da direita sobre o mercado da telefonia desde a sua privatização, não sei como você acha que Olavo de Carvalho vai dar uma explicação no minimo razoável. É como buscar em  frei beto ou leonardo boff analises dos mercados bursáteis. Não não cola. Não é um equivoco. Esta bem calculado esta analise assimétrica do que é a direita e como ela pensa. Como mínimo você está sendo desonesto.

    Contudo concordo que a intelectualidade acadêmica/jornalistica está sim dentro de um passo esquerdista, porém a sociedade esta dando sinais muito claros que o próximo salto sera à direita: Le Pen, Trump, Brexit, 2.000.000(dois milhões) na paulista, não ao acordo de Paz na Colômbia. Nomes da direita estão saltando ao mercado editorial brasileiro: Morgenstern, Alexandre Borges, Gustavo Nogy, Francisco Razzo, enquanto a esquerda se definha nas bancas de mestrado e doutorado em busca de uma medíocre exposição. Movimentos culturais onde as ideias de Misses, Hayek, Ayn Rand são melhores divulgadas que em qualquer semana cultural universitária.

    Sobre o governo: Fora TEMER! São velhos políticos. São conservadores de conservação de poder, não sabem o que é o conservadorismo e nem quem foi Russel Kirk. E pelo visto você também não sabe, ou sim e deu aquela típica escorregada de esquerda.     

    1. A leitura sobre Le Pen, Trump e no caso da GB o Nigel Farage

      Primeiro alinhar simplesmente Marine Le Pen, Trup e Nigel Farage como resultado de uma virada a direita da população mundial é de um  primarismo total e de quem não entende muito de política internacional, principalmente que a direita internacional é comandada pelos grandes conglomerados que estão sendo questionados pelos europeus e norte-americanos, ou seja, o que estes povos não aceitam mais é a política dos grandes tratados.

      O que diferencia Marine Le Pen e Nigel Farage da direita tradicional é principalmente o euroceticismo, pois estes partidos mais nacionalistas não veem com bons olhos a perda da autonomia dos Estados Nacionais frente a globalização. Também Trump pode se considerar na mesma direção, ou seja, a miopia da direita brasileira não entende a sutileza que leva partidos como o Front Nacional começar a ter atitudes frontalmente anti-liberais e aceitação da imigração desde que este assumam a identidade francesa.

      Poderia escrever muito sobre isto, porém para quem ainda está atolado nas ideias de Misser e demais, mostra a indigência intelectual da direita brasileira.

      O eleitorado europeu e norte-americano está mudando e mudando numa direção contra os paradigmas dos liberais tradicionais ou mesmo contra a direita tradicional. Talvez os partidos de esquerda que primeiro notaram isto e se posicionaram frente a esta mudança foram os portugueses. porém vou parar por aqui pois como se diz aqui no Rio Grande do Sul, não se deve desperdiçar pólvora em chimango.

      Em resumo, meu caro, a direita tradicional atolada até o pescoço na união carnal com a globalização, vai perder espaço, até que a esquerda se realinhe num novo discurso e se levantar de novo. 

      “Olha aí nóis outra veiz.”

  10. A novidade

      UM bilionário egipcio adquirindo a OI, que veio ao Brasil ciceroniado pelo impoluto empresário Naji Nahas, algume que dispensa apresentações desde a decada de ’80, então meu caro, imagine o que vem por ai.

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