Alterações no Código de Processo Civil são sancionadas pela presidente

Da Agência Brasil

Dilma sanciona alterações no novo Código de Processo Civil

Por André Richter

A presidenta Dilma Rousseff sancionou hoje (5) a Lei 13.256/2016, que faz alterações pontuais no texto original do novo Código de Processo Civil (CPC). O código foi sancionado no ano passado e entrará em vigor no dia 16 de março. Com o novo texto, os juízes não serão obrigados a seguir ordem cronológica de julgamento de ações cíveis. As mudanças foram feitas pelo Congresso após críticas de magistrados e parlamentares.

O texto original, sancionado no ano passado, previa que os juízes deveriam obedecer à ordem cronológica para proferir sentenças. Com a alteração, os magistrados devem dar preferência à ordem de entrada.

Outra mudança aprovada com o novo texto é a análise prévia, pelos tribunais estaduais, de recursos submetidos aos tribunais superiores, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF). Se a medida fosse mantida, o STJ receberia o dobro de recursos que recebe atualmente, sem dispor de estrutura para receber a carga de processos.

De acordo com a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), o fim da obrigatoriedade de julgamentos conforme a ordem cronológica é um dos avanços do novo CPC. Para a entidade, a medida confere alternativas para que o juiz possa administrar as ações que recebe.

A AMB considerou retrocesso o veto ao artigo que previa julgamentos virtuais para agilizar os processos nos casos em que a lei não admite sustentação oral. Segundo o desembargador Marcos Alaor Grangeia, membro da comissão que participou da elaboração do código, o modelo eletrônico de julgamento não fere as prerrogativas dos advogados.

“Temos toda uma estrutura de PJE [processo judicial eletrônico] e de processos digitais. A era é da modernidade. O dispositivo possibilitaria que houvesse uma celeridade muito maior”, afirmou o magistrado.

O Novo CPC substitui a norma antiga, sancionada em 1973. Em 2010, uma comissão de juristas foi criada para discutir e formular o anteprojeto do novo código. A comissão realizou 100 audiências públicas e recebeu cerca de 80 mil emails, além de contribuições da acadêmicos e de juristas.

Redação

3 Comentários

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  1. sou leigo nesse assunto, não

    sou leigo nesse assunto, não entendo lhufas, mas parece mais alterações para agilizar etc e tal.

    o que é preciso urgentemente é uma mudança clara, uma lei claríssima,

    sobre a necessidade aliás constituconal do  judiciário seguir as regras do direito

    garantista, e não inventar e partir para  o uso indiscriminado do tal famigerado direito do inimigo…

    é essa a essencia da questão hoje em dia, que permite ao judiciário

    rebelar-se a torto e a direito, na verdade à direita, fazer conluios

    com setores da pf e tucanos etc e tal e ficarm impunes…

     esse conluio, esse conhavo,  quer mesmo é a derrocada do governo popular…..

    desse jeito não é difícil prever uma futura tragedia nacional por causa

    dessa interferencia descabia e infame……

     

  2. Ordem cronologica ou de entrada?
    Melhor que isso seria dar um prazo para a decisao do juiz, para evitar engavetamento eterno de processos em busca de PROPINA para a liberacao dos mesmos.

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