Sugerido por José Carlos Lima
Do Escrevinhador
“Veja” é a barbárie: jornalismo justiceiro
“A “Veja” é a barbárie. A “Veja” – se pudesse – prenderia o pescoço do povo brasileiro no poste. Mas não vai conseguir. Vai perder – de novo.”
por Rodrigo Vianna
Nas redes sociais, tarde da noite de sexta-feira, jornalistas afinados com o tucanato e militantes da esquerda extremada se esparramavam em elogios à capa da “Veja”. Eu, que procuro manter distância sanitária da revista, aproximei-me da capa. E só consegui enxergar um gesto de oportunismo barato.
A “Veja” expõe a imagem – chocante, lamentável, triste – do rapaz preso pelo pescoço num poste na zona sul carioca, e aproveita a cena não para refletir sobre a tradição oligárquica brasileira, não para pensar sobre nossa história de 300 anos de escravidão, ou sobre nossa elite que reclama de pobres nos aviões e clama sempre pela resposta fácil do liberalismo de araque e da violência de capatazes. Não. “Veja” usa a foto terrível em mais uma tentativa para desgastar a imagem do Brasil; e também – que surpresa – para culpar o “governo”. Que governo? Ah, não é preciso ser muito esperto pra descobrir…
Emoldurando a foto triste, “Veja” berra em letras garrafais: “Civilização” e “Barbárie”. E depois acrescenta a legenda malandra, velhaca: “A volta dos justiceiros, criminosos impunes, colapso no transporte, caos aéreo. Onde está o Brasil equilibrado, rico em petróleo, educado e viável que só o governo enxerga”.
Certamente, o Brasil “equilibrado” não está nessa revista. “Veja” pratica o jornalismo da barbárie, um jornalismo que escreve “estado” assim – com “E” minúsculo – numa espécie de bravata liberal fora de época. “Veja” envenena o país todos os dias, com blogueiros obtusos, asquerosos, que falam para um Brasil pretensamente senhorial, como se ainda estivéssemos antes da Revolução de 30.
Curioso, também, ver a “Veja” falar em “barbárie” e em “criminosos impunes”. Logo essa revista, tão próxima do bicheiro Cachoeira, pautada pelo bicheiro, amiga do bicheiro. A tabelinha com Cachoeira é – sim – um exemplo perfeito desse Brasil de criminosos impunes.
A “Veja”, que tenta pegar carona na imagem do rapaz preso pelo pescoço, pratica um jornalismo justiceiro – que invade quartos de hotel, “julga” e “condena” sem provas, inventa fatos, publica grampos sem áudio, alardeia contas no exterior e dólares em caixa de whisky. Tudo falso, falsificado. Um jornalismo que acredita em boimate e Gilmar Mendes.
A revista não tem moral para falar contra a “barbárie”, nem contra os “justiceiros”. E não tem, precisamente, por praticar um jornalismo que é a própria encarnação da barbárie, da falta de escrúpulos, um jornalismo justiceiro.
O Brasil do lulismo tem muitos problemas. Isso é evidente. Mas não venha a “Veja” querer apresentar a receita de “Civilização” ao Brasil. A receita da “Veja” é a mesma que os EUA oferecem à Ucrânia.
Está claro, por essa capa oportunista e velhaca, qual é a pauta dos setores que não aceitam o Brasil um pouquinho mais avançado dos últimos anos: é jogar tudo no “caos”, na “barbárie”, na insegurança. O Brasil é a jóia da coroa na América Latina em 2014. Tão importante quanto a Ucrânia no leste europeu, tão estratégico quanto a Síria no Oriente Médio.
Não sejamos ingênuos. A velha imprensa brasileira – que se reúne com embaixadores dos EUA às escondidas (isso desde 64, mas também em 2010 – como nos revelou o Wikileaks) – é parte decisiva no jogo pesado que veremos em 2014.
A oposição brasileira não tem programa. A economia não afunda como gostariam os urubulinos. Portanto, é preciso produzir a pauta do caos. Esse é o caldo de cultura em que podem prosperar candidaturas “justiceiras” que a “Veja”, os mervais e outros quetais estão prontos a lançar.
Para retomar o Estado brasileiro, eles pouco se lixam se o preço a pagar for a ebulição social. Aécio e Eduardo não darão conta dessa pauta da “ordem contra a barbárie”. A pauta do caos e do Brasil “inviável” (que está na capa da “Veja”) é boa para aventuras autoritárias – semelhantes ao janismo de 1960.
Quem pode encarnar esse figurino? Quem? O terreno vai sendo preparado…
Não creio que o povo brasileiro – equilibrado, sim! E que trabalha duro para construir um país “viável”, sim – não creio que a maioria de nosso povo embarque na aventura da “ordem contra a barbárie” – proposta pela revista. Mas a direita asquerosa e velhaca vai tentar.
O roteiro está claro. É preciso estar atento. E não cair na esparrela de acreditar que a “Veja” – de repente – converteu-se à “Civilização”.
A “Veja” é a barbárie. No jornalismo, na política, na vida do brasileiro comum.
A “Veja” – se pudesse – prenderia o pescoço do povo brasileiro no poste. Mas não vai conseguir. Vai perder – de novo.
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blap blap blap
Pior vira!
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Essa é a veja pós cachoeira, ou segue essa linha ou desaparece pois ela já habituou seus leitores a isso.
Também não devemos culpar somente a veja né, os governos Federal, Estadual e Municipal abastecem o grupo com muito dinheiro.
O pior é o governo federal, que é perseguido diuturnamente pela revista e além de lhe encher os cofres não promulgam a Lei dos Médios como na Argentina foi feito, ainda não consegui me esquecer daquela capa do Presidente da República (Lula) tomando o pé na bunda. Eles não respeitam nada nem ninguém.
Essa porcaria deveria ser fechada, por tudo de ruim que fizeram se compara a uma organização criminosa.
A Veja é pior que a Naspers
Não sei o que a Naspers está fazendo na Abril. Na África do Sul eles deram apoio discreto ao CNA e hoje investem em toda a África. Não tinham outra saída e souberam aproveitá-la.
Aqui a Veja está à direita dos Boers. Vão queimar dinheiro até quando?
Algurm ainda leva esse
Algurm ainda leva esse pasquim a sério?
A veja tambem tem o seu
A veja tambem tem o seu poste. Ao contrário dos postes do Lula , que continuaram com a missão de iluminar o país , o poste da conservadora revista produz , apenas , o obscurantismo , traduzido por uma indecente hipocrisia salvacionista …
Eles (Veja) e outros não
Eles (Veja) e outros não passam de incentivadores de tudo de ruim que estamos assistindo quase que diariamente. São essas capas. essas “palavras do órdem” que contribuem para a barbárie que anda acontecendo, enchendo a cabeça de gente s/ nenhum conhecimento de política, não passando de massa de manobra, sair por aí bradando contra tudo e contra todos, mas com máscaras contra gases e tapando o rosto. A Veja com certeza vai vender bastante, voltando, neste número aos seus gloriosos tempos de sócia do Cachoeira. E a culpa todinha será jogada nas costas da Presidente.
Veja = Lixo
Na minha opinião é o meio informativo impresso mais deformador e irresponsável da mídia brasileira.
Meu filho estuda em uma conceituada escola que, ao que tudo indica, fechou um acordo com a editora para que todas as edições da (In)VEJA ficassem disponíveis aos alunos. Já elertei-o das más intenções desta revista para com a sociedade brasileira. Tenha senso crítico meu filho!
Mais do mesmo
Eh a unica forma de chamarem atenção, de mostrarem que o semanario dos Civita ainda existe. Quem lê e acredita no que a Veja propaga são pessoas com pouco conhecimento politico ou saudosistas dos tempos dos barões. No mais, a gente prefere ler gibi no dentista que perder tempo com um jornalismo tão vil. E a Veja vai ficando para tras.
Veja
Concordo. Prefiro ver mil vezes a “Turma da Mônica” do Mauricio que essa publicação irresponsável que denigre a imagem do país.
O POVO BRASILEIRO NÃO ESTÁ
O POVO BRASILEIRO NÃO ESTÁ SABENDO FAZER A LEITURA DE TUDO ISSO QUE VEM OCORRENDO. ELES (A NOSSA TRADICIONAL ELITE) QUER VOLTAR 100% AO PODER, POR ISSO, NOSSA MÍDIA QUE EM VEZ DE DAR ESPAÇO NO QUE DE BOM VEM OCORRENDO NO BRASIL, FICAM CRIANDO MATÉRIAS PARA DEMONSTRAR ESSE HORROR, COMO SE O BRASIL ESTIVESSE EM UMA PÉSSIMA SITUAÇÃO.
MILHÕES DE BRASILEIROS MELHORARM SUAS VIDAS.
TRABALHADOR AGORA PODE ANDAR DE AVIÃO.
OS JOVENS DA PERIFERIA TAMBÉM PODEM PASSEAR E CONSUMIR NOS SHOPPINGS.
MILHARES DE BRASILEIROS ESTÃO NAS UNIVERSIDADES, NOS IFS.
MAS A MÍDIA NÃO MOSTRA.
A MÍDIA MOSTRA AS FESTAS PELO BRASIL, ESPERANDO SER ANUNCIADO A COPA NO BRASIL E ESSA MESMA MÍDIA NOTÍCIA AGORA AS MANISFESTAÇÕES CONTRA A COPA.
ACORDA POVO BRASILEIRO.