Com votos de Gilmar e Lewandowski, procurador e advogado delatados pela JBS são soltos

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil

Da Agência Brasil

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (1º) conceder liberdade ao procurador da República Ângelo Goulart Villela e ao advogado Willer Thomaz, presos pela Polícia Federal (PF) em maio a partir de investigações envolvendo as delações da JBS.

Os acusados foram beneficiados pela soltura devido ao empate de dois votos a favor e dois contra a liberdade, ocorrido na votação. Nesses casos, de acordo com norma interna do STF, o empate favorece os acusados.

Durante a votação, o relator do caso, Edson Fachin, e Celso de Mello votaram pela impossibilidade de análise da legalidade da prisão por uma questão processual. Os ministros Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes votaram pela concessão da liberdade por entenderem que o procurador e o advogado podem responder ao processo em liberdade. Dias Toffoli não participou da sessão.

Com a decisão, Villela e Thomaz deverão cumprir medidas cautelares, como comparecimento periódico à Justiça, proibição de deixar o país e não manter contato com os demais investigados. O procurador também deverá ficar afastado do cargo, mas poderá receber salário de R$ 28 mil.

Para as defesas do procurador e do advogado, as prisões foram decretadas com base em “inverdades” dos acordos de delação e “desprovidas de indícios mínimos capazes de atestar o eventual cometimento dos ilícitos”.

De acordo com as investigações, Villela atuava como informante do empresário Joesley Batista, dono e um dos delatores da JBS, nas investigações que envolvem a empresa na Justiça Federal em troca de recebimento de R$ 50 mil mensais. Willer Thomaz também é investigado pelos mesmos fatos.

Antes de ser preso, o procurador atuava como assessor da Procuradoria-Geral Eleitoral junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e também participou da força-tarefa do caso Greenfield, que apura suspeitas de irregularidades em quatro dos maiores fundos de pensão do país, processos nos quais a JBS é investigada.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. Demorou, hein!?

    Prezados leitores,

    Contra o senador Aécio Neves há fartura, excesso de provas, não só de mando  como de práticas criminosas. O mesmo se diga de Michel Temer, Rodrigo Rocha Loures, José Serra, Eduardo Cunha e vários outros. Mas contra esse procurador, Ângelo Goulart Villela NENHUMA prova dos crimes de que le foi acusado foi apresentada. Contra o advogado Willer Thomaz também não foram encontradas provas dos crimes a ele imputados. Por que, então, Aécio Neves, José Serra e Rodrigo Rocha Loures não forma presos ou foram libertados poucos dias após a prisão e o advogado e o procurador mantidos encarcerados por mais de dois meses?

    Que justiça é essa, que mantém presas preventivamente pessoas contra as quais não se encontraram provas, mas que liberta outras pegas em flagrante delito? Esses casos confirmam aquilo que sabemos: que o judiciário não pratica justiça, mas pune seletivamete os que não pertencem às oligarquias escravocratas, plutocratas, cleptocratas, privatistas e entreguistas ou que não tem ‘costas quentes’ com os líderes destas. O PJ braileiro é, por natureza, oligárquico, plutocrata, cleptocarta, escravocrtata, corrupto, privatista e entreguista.

  2. soltou? tudo bem, mas

    Porque não soltam também as milhares de pessoas presas sem sentença, indefinidamente em prisão preventiva? E as mulheres que cometeram delitos menores e têm filhos pequenos? Esses aí têm cacife para suas solturas (tudo bem, não sou a favor de ficar mandando gente a torto e a direito para a prisão, deveria ser o último caso), mas há milhares que ficam naquele inferno sem ter a mesma possibilidade. Até uma pessoa tão perigosa para a sociedade como a mulher que roubou ovo de páscoa foi presa preventivamente. É duro engolir essa discrepância.

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