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Impeachment, pecado original da redemocratização
por Danilo Thomaz
A Argentina realiza suas primárias para as eleições legislativas, que ocorrerão no final de outubro. Populismos e retóricas à parte, nosso vizinho segue com seu calendário eleitoral intacto e o jogo sendo disputado dentro das regras já estabelecidas, com dois lados claros da disputa. O mesmo vale para o Chile, onde, da impopularidade de Bachelet renasce a direita derrotada nas últimas eleições presidenciais. Tudo conforme o jogo – nos dois países que tiveram as piores ditaduras da América de cá e serviram de laboratório para o neoliberalismo
E por que aqui – e na Venezuela – não é assim?
Sempre acreditei que o fato de os dois países terem investigado a fundo suas ditaduras lhes ajudou a solidificar a democracia.
Mas acrescento um novo dado: a Argentina e o Chile, ao contrário do Brasil e da Venezuela, se redemocratizaram sem a mácula de um processo de impeachment. Na Argentina houve o “que se vayan todos”, em 2001, mas era uma circunstância muito específica.
>A crise política que levou a Chavez e, agora, a Maduro começou com o impeachment de Carlos Andrés Pérez (1989-93), que desestabilizou o sistema político local de tal modo que levou a uma solução autoritária à esquerda em 1998. Autoritarismo este que se intensificou a partir da tentativa de golpe a Chavez em 2002.
O impeachment de Perez, por sua vez, dificilmente teria ocorrido se o maior país do continente não houvesse derrubado sem provas cabais seu primeiro presidente eleito desde 1960. Como Dilma, Collor – absolvido pelo STF em 2014 por falta de provas – foi punido por não dar as respostas econômicas que o país queria escutar.
Quis a Fortuna que, na ocasião, Itamar assumisse e promovesse a transição que levou à estabilização da economia. Esse dado positivo, contudo, encobriu o pecado original da nossa redemocratização e levou o país a crer que um processo traumático como o impeachment é uma solução rápida à vista. Tanto é que Lula e o PT tentaram repetir o remédio em 1999, na época da crise cambial; o PSDB e o DEM em 2005, com o escândalo do Mensalão, e, em 2015-16, o PMDB/ PSDB, judiciário e imprensa o consumaram diante da crise econômica e política do governo Dilma Rousseff.
O que ocorre na Venezuela não pode – ainda – ser comparado ao que acontece no Brasil. Mas o golpe só começou no dia do afastamento de Dilma.
Em pouco mais de um ano, desmontou-se a cadeia de óleo e gás, precarizou-se o trabalho, aumentou-se o desemprego, os juros reais continuam a subir e as eleições de 2018 serão moldadas de forma a não deixar espaço para Lula, PT ou qualquer outra agremiação à esquerda.
Afinal, para que dar um golpe senão puder consumá-lo?
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que lixo..
.. esse texto é lixo puro.. uma pena encontrá-lo por aqui..
Então ..eu teria APOIADO –
Então ..eu teria APOIADO – pelo conjunto da obra – via RECALL com voto popular, a interrupção do governo de Mama Vana com chamamento pra novo pleito
Agora, com o impeach dado por aquela sucia que se auto denomina Congresso, ai fica dificil ..aliás, lembro que COLLOR seria outro que teria seu mandato abreviado por ter se mostrado INSENSÌVEL e INAPTO ao cargo
Quanto a se discutir o Regime Militar ..DISCORDO, aliás, acho que foi um dos erros dos colegas de esquerda daqui ao proporem a tal “comissão da verdade” vista mais por um dos lados (isso, com tanto passivo social por se resgatar) ..o erro de IGNORAREM o que outras gerações de líderes se conseguiram com o “armistício e a pacificação” via lei de amistia
inclusive contra argumento dizendo que de lá pra cá o desenvolvimento encontrado pelo BRASIL foi bem maior que o dos vizinhos Argentinos que, vire e mexe, se perderam em discussão estéreis e até agora não acharam o prumo
Eu pensei em rebater item a
Eu pensei em rebater item a item desse texto…. mas, para quê perder tempo ? Não passa de uma divagação tresloucada sem a menor pesquisa sobre a Venezuela.
É o petróleo, …
Nem a Argentina, nem o Chile tem tanto petróleo quanto o Brasil e a Venezuela.
Na Argentina venceu o Macri. Se tivesse perdido tava IMITANDO o aÉBRIO, tentando impeachment até agora.
É o PETRÓLEO. Simples assim.
Texto fraquíssimo…
Esse texto tinha que estar com o título de OPINIÂO e nem devia estar na página principal…
Erro factual que compromete a pretensa análise
Prezados,
Neste curto post identificamos um erro grave de narrativa; erro factual grosseiro. Querem ver?
“Tanto é que Lula e o PT tentaram repetir o remédio em 1999, na época da crise cambial;”
Ora, em NENHUM momento Lula pediu ou incentivou a deposição de FHC, embora motivos sólidos para isso não faltassem, já que dois anos antes, houve comprovadíssima compra de votos para aprovação da PEC da reeleição, que beneficiou FH diretamente. Notem que o autor sequer fala nisso, mas menciona a crise cambial de 1999, decorrência direta do primeiro golpe – essa mudança na CF/1988, para benficiar o grupo que estava no poder.
Para minar ainda mais qualquer credibilidade da análise, o autor afirma que Collor foi absolvido por ‘falta de provas’, embora sejam de conhecimento público as orgias na Casa da Dinda e a suspeitíssima morte de PC Farias e Suzana Marcolino – uma queima de arquivo clara, pois eles, em parceria com Eduardo Cunha, então aprendiz da patifaria, poderiam destrinchar todo o esquema e mostrar as vísceras da máquian de corrupção que marcou o governo do playboy que governou Alagoas, antes que uma campnha de marketing do PIG/PPV o lançasse candidato e o fizesse presidente da república. PC e Suzana eram os ‘arquivos’, as pessoas que sabiam do esquema de corrupção em que Collor estava metido; por isso é que foram eliminados.
Embora muitas lideranças do PT aproassem uma campanha para deposição de FHC, pelos motivos que mencionei, Lula JAMAIS encampou essa idéia. Desafio o autor deste post a apresentar alguma declaração de Lula pedindo o impeachment de FHC. O papel e a tela do computador aceitam tudo, inclusive absurdos como esse.
Comentarios
Nassif.,
Me parece que os bots do 247 se instalaram por aqui tbem. Comentarios tipo … lixo de artigo…. sao sintomaticos. A direita realmente esta desesperada !