O aquecimento dos candidatos rumo a 2014

Há exagero de ambos os lados nas avaliações das pesquisas eleitorais. O Estadão de hoje dá manchete interna  falando em “estagnação” da presidente Dilma Roussef nas pesquisas. Com mais de 40% de aprovação, em final de governo, mantendo-se acima dos 40%, um jornal mais rigoroso usaria a palavra “estabilização”.
 
Na outra ponta, há a celebraçao com o aumento da rejeição de Aécio Neves e Eduardo Campos. Não significa nada. Significa apenas que mais eleitores de  Dilma passaram a enxergá-los como adversários.
 
O jogo mal começou. Os três candidatos têm pontos fortes e fracos que serão trabalhados daqui para frente. E cada eleição obedece a dinâmicas próprias, muitas vezes imprevisíveis devido a alguns fatores comuns: o efeito manada buscando o candidato favorito (na situação ou na oposição), uma declaração infeliz, algums evento econômico ou político.
 
O imprevisível é o imprevisível. Os candidatos se enfraquecem quando não trabalham os movimentos previsíveis.
 
Para complicar mais a análise, há uma evidente segregação de público: o empresariado, as classes médias urbanas, as classes populares, os públicos regionais.
 
Vamos a algumas avaliações prévias das três candidaturas principais:
 
Dilma Rousseff
 
Pontos fortes – penetração nas classes C e D, onde consolidou imagem de governante solidária com os pobres. Resultados para entregar nos programas de combate à miséria. Imagem de seriedade. Apoio de Lula. Estrutura partidária nacional. Palanque em todos os estados.
 
Pontos fracos – dificuldade em assimilar as lições de junho passado. Avaliou que bastaria algumas reuniões com setores críticos para superar as resistências. Não tocou no Ministério, não mudou a maneira de governar, continua desperdiçando conflitos com sua resistência a políticos, empresários e movimentos sociais. Está-se formando de novo uma bola de neve que poderá virar avalanche em caso de agravamento da crise econômica, ainda mais em um quadro em que os grandes grupos jornalísticos partirão para seu definitivo tudo-ou-nada.
 
Providências – reduzir pontos de atrito, mostrar-se menos auto-suficiente e promover uma reforma ministerial que sinalize sensibilidade para os novos tempos
 
Aécio Neves
 
Pontos fortes – em relação a Eduardo Campos, estrutura partidária maior, base forte em Minas (devido ao aecismo) e em São Paulo (devido ao anti-petismo).
 
Pontos fracos – não conseguiu desenvolver um discurso minimamente consistente. Insiste demais em críticas pontuais a qualquer declaração ou ato de governo, comprometendo a imagem de conciliador e reforçando a de crítico superficial.  Está preso à armadilha de radicalização da mídia. Especialmente jornais de São Paulo reforçam a guerra política sem quartel, como única maneira de viabilizar a moribunda candidatura José Serra. Para manter apoio, Aécio embarca em uma retórica que afeta sua imagem e reforça o discurso de Serra. Tem penetração zero nas classes C e D.
 
Providências – o PSDB oficializar imediatamente sua candidatura, eliminando o fator deletério Serra. Definir propostas de governo criativas. Mostrar mais o governo de Minas Gerais. Definir com urgência um discurso social propositivo.
 
Eduardo Campos
 
Pontos fortes – até agora tem o discurso de oposição mais consistente, sabendo bater nas vulnerabilidades do governo sem o padrão “terra arrasada” que tem marcado o PSDB. Tem resultados a mostrar em Pernambuco e alguma penetração no nordeste.
 
Pontos fracos – até agora, nenhuma penetração nos estados do sudeste e o fato de ser governador nordestino não parece abalar o prestígio de Dilma na região. Na última pesquisa em Pernambuco, manteve empate técnico com Dilma. Nos demais estados, não tem palanque, nem mesmo em estados governados pelo PSB. Há flagrante inconsistência entre o receituário econômico do PSB e o de Marina “tripé econômico” Silva. E um discurso que impressiona classes A e B, mas não sensibiliza as C e D.
 
Providências – definir melhor as propostas econômicas. Cortejar as bases tucanas, para apostar mais à frente em um eventual efeito-manada. Definir alianças que ampliem os palanques nacionais. Desenvolver um discurso social.
Luis Nassif

46 Comentários

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  1. Análise fraca.

    Fala da estrutura partidária de Aécio e não fala da mesma em relação ao PT, muito mais forte. Menciona que Dilma não assimilou as  lições de junho passado, um erro. Ao chamar os movimentos, ao propor a Constituinte da reforma política, ao aumentar astronomicamente os recursos para os transportes públicos, ao conseguir aprovar os royalties para a educação, Dilma chama para ela todas as propostas até agora feitas pela sociedade e age. Dilma tem apoio em parte do  empresariado. Aécio em MG, vá lá; mas em SP com a resistência de Serra e o aumento da aceitação do PT demonstrada nas eleições da capital e outros redutos que o PSDB perdeu no interior. O discurso de Campos é de continuação e não de oposição.

      1. Clareou bastante

        E em relação as medidas apontadas que Dilma tomou em relação aos movimentos de junho?

        E Aécio, com votação em SP que reequlibre o fraco desempenho dele no resto do país?

        Possíveis chances de aumento dos índices estão em Dilma e em Campos, mas a tendência é que os votos brancos, nulos e eleitores que deixarão de votar continue muito alto, o que irá favorecer uma reeleição ainda no primeiro turno, salvo se surgirem mais dois ou três candidatos à disputa. Gangorra de votos se dará entre Aécio e Campos, Dilma não perderá essa frente de mais de 40%.

        1. Com relação às manifestações

          Com relação às manifestações de junho: elas não foram exclusividade do Brasil. Testemunhamos fenômenos semelhantes como o Occupy Wall Street, a Primavera Árabe, etc; cada uma com suas particularidades.

          No caso brasileiro, a Dilma deu uma resposta perfeita:

          1) reconheceu a legitimidade das manifestações.

          2) entendeu os fatores que motivaram as manifestações: corrupção e precariedade dos serviços públicos.

          3) apresentou propostas concretas: reforma eleitoral, investimentos em saúde (Mais Médicos), transporte, etc.

          Dizer que ela não entendeu ou não respondeu à altura é ignorar o que vem acontecendo ao redor do mundo.

           

    1. Equilíbrio e sensatez

      Discordo totalmente, a análise do Nassif é na verdade muito equilibrada e sensata. Dilma é muito forte, tem marcas a mostrar sim, não sei se a todas as camadas da sociedade, mas tem, além de contar com o aparato estatal e o Lula. Não é imbatível mas é possível dizer que uma possível derrota sua seria um evento muito incomum, mas como foi falado, “o imprevisível é imprevisível”. Quanto ao Aécio, em Minas deve abrir uma boa vantagem, em São Paulo (como no Sul) vai depender do efeito manada, o anti-petismo vai votar no candidato mais forte, aqui haverá uma boa disputa entre ele e o Eduardo. Além de Pernambuco, acredito que o Eduardo se encaminha para uma força razoável no Rio, o palanque com Marina pega bem com a classe média carioca, além da força que ela ter junto ao eleitoradado evangélico, isso sem contar o provável apoio de Silas Malafaia, que gostem ou não, tem uma certa influência no Rio. Mas o que falta aos dois candidatos é uma homogeneidade nacional, por mais que sejam fortes em regiões específicas, nestas mesmas regiões a presidente já deve ter uma votação considerável.

      Quanto à assimilação das manifestações e as respostas indagadas pelo Assis Ribeiro:

      1 – Chamar os movimentos: Não vejo como enquadrar isso como resposta a altura das manifestações. O mínimo que todo governante deve fazer, em momentos de crise, é conversar com a sociedade. Mas a conversa é só o ponto de partida, dessa conversa devem nascer frutos. A pergunta que se faz é, a conversa que Dilma teve com os movimentos sociais resultou em que? Sim, foram feitas proposições posteriores mas onde ficaram as proposições que nasceram dessa discussão? O que você elencou, além do Mais Médicos, já estava na cabeça da presidente muito antes das manifestações (sem questionar o mérito das mesmas, inclusive sou favorável ao Mais Médicos). Quando se conversa com um movimento social em uma crise, devem nascer ideias para resolvê-la, não se trata de só ouvir as angústias do movimento. Isso se encaixa perfeitamente ao que o Nassif falou, vamos ouvir os movimentos, vamos encontrar soluções junto a eles.

      2 – Propor Constituinte: Aí entra outra questão, não adianta somente propor, o governante deve ver meios de viabilizar a proposta, não adianta lançar ao vento e falar pra platéia que fez sua parte. Governar é mais complexo que isto. 

      3 – Aumentar astronomicamente os recursos para os transportes públicos: Mas de que adianta aumentar os recursos sem melhora da gestão pública? Vamos descentralizar a máquina pública, confiar nos gestores e criar métodos objetivos de aferição de resultados. O Brasil é muito grande para que a presidente tenha que se debruçar sobre cada projeto de infraestrutura.

      4 – Royalties para educação: Excelente proposta, mas já tinha sido apresentada antes das manifestações.

  2. Considerações

    Dilma

    Considero pontos fracos, sua falta de iniciativa política e o seu ministério muito ruim.

    Não acredito em agravamento da economia, Dilma acertou em desvalorizar o câmbio e adotar medidas intervencionistas (criticadas pelos financistas), ao mesmo tempo as concessões, a manutenção da políticas do BNDES e BC demontram falta de estratégia e planejamento a longo prazo.

    Na parte política, apesar da falta de credibilidade dos grupos jornalísticos, Dilma herdou uma herança maldita do governo Lula, uma coalizão ampla com interesses conflitantes. O preocupante é que a presidenta parece não estar preocupada em formar uma base de apoio mais homogênea e mais á esquerda (parece até que ela tem medo de um fortalecimento do PT).

    Aécio 

    Até 2008 tinha alguma coisa para mostrar, com a crise mostrou estar refém da lógica mercadista e foi incapaz de adotar políticas anti-cíclicas (diferente do governo federal).

    O que vai explicar ao eleitor em relação a sua contrariedade a queda das tarifas de energia? Enquanto em estados governados por petistas (Bahia e Rio Grande do Sul) a conta de luz caiu até 30% e a indústria cresce o dobro do país.

    Até mesmo o discurso do pacto federativo que é relevante e prometia ser a menina dos olhos de Aécio sumiu de sua agenda. No mais as perspectivas tucanas em SP e MG já foram melhores, o choque de gestão se exauriu.

    Em relação ao Eduardo a análise está perfeita…

      1. Em todo caso, por toda a

        Em todo caso, por toda a historia de Brizola, sabemos que seria um presidente e tanto. Imaginem a Rede Globo ? A imprensa hoje, talvez, estivesse num patamar mais civilizado. 

        E acho que dentre todos, a Dilma é quem poderia ser chamada de herdeira do brizolismo, ainda que com outro temperamento e os tempos, também, sejam outros. 

  3. “O imprevisível é o
    “O imprevisível é o imprevisível. Os candidatos se enfraquecem quando não trabalham os movimentos previsíveis.” Não adianta falar em imprevisível. O imprevisível é uma constante, pode acontecer para todos. O que nós podemos fazer é analisar os fatos conhecidos. E, diante dos dados, a candidatura da Dilma está fortíssima. Não se trata de cantar vitória antes da hora, ou entrar na disputa de salto alto. Mas reconhecer o óbvio. Em 2010, a desconhecida Dilma Rousseff enfrentou a mais dura campanha midiática jamais vista contra um candidato. A ação foi orquestrada: Veja no sábado, Jornal Nacional no domingo, Folha e Estadão durnte a semana. A militância, graças à internet, não desanimou. Ao contrário: os ataques serviram para unir e fortalecer a blogosfera. Mas Dilma era desconhecida, e as acusações de incompetência e desonestidade ajudaram a alimentar a “onda verde” de Marina. Resultado: mesmo com tudo isso, a Dilma *quase* levou no primeiro turno. Em 2014 temos um cenário completamente diferente: Dilma é conhecida; é vista como uma pessoa séria, honesta e competente. Sua avaliação pessoal é melhor do que a do Governo, pois os eleitores sabem que existem circunstâncias políticas, concessões que precisam ser feitas, etc. A base da qual a Dilma parte é, definitivamente, a vitória no primeiro turno.  “Providências [da Dilma] – reduzir pontos de atrito, mostrar-se menos auto-suficiente e promover uma reforma ministerial que sinalize sensibilidade para os novos tempos” Tenho a impressão de que você está misturando seu lobby pessoal pela reforma ministerial com análise política. Em primeiro lugar: não se faz uma mudança desse porte no último ano de governo, às vésperas das eleições. Se a Dilma quisesse fazer uma reforma dessas, seria depois. Além de inconveniente, a reforma não é necessária. O Brasil não está em crise. Está, no máximo, patinando. Mas esta “patinação” se dá para o andar de cima; a população, como um todo, está sendo beneficiada, com pleno emprego, aumentos reais do salário mínimo, e melhorias de qualidade de vida. E esta é a verdadeira “sensibilidade para os novos tempos”: ouvir as demandas da sociedade e promover a redução da desigualdade.  

    1. Concordo

      Bom comentário, foo, concordo.

      De toda forma, é importante estarmos cientes de que o jogo nem começou.

      O jogo começa quando os candidatos estão definidos (março do ano da eleição).

      A massa dos eleitores decide seu voto, mais ou menos, nas últimas 03 semanas antes da votação. 

  4. Blindagem tucana virando pó.

    Aécio Neves forte em SP? Onde? Quando? Como?

    O eleitorado paulista e paulistano hoje é muito mais anti-psdb do que anti-pt. Isso já ficou evidente na eleição de 2012 quando o PT venceu em TODAS as principais cidades da região metropolitana, mais a capital.

    Aécio, Serra e Alckmin estão mortos politicamente. E  não há “grupos jornalísticos” que consigam reverter isso invocando um anti-petismo. A própria “rebelião” que está havendo no Ministério Publico paulista contra os engavetadores tucanos,  já é um indicativo que a blindagem ao PSDB está se desmanchando, tal a quantidade de roubalheiras bilionárias que escorrem por todos os propinodutos.

    A imprensa amiga, ainda de forma desesperada e atabalhoada, tenta confundir os mais incautos envolvendo nome de petistas nos escândalos tucanos. Não está funcionando.

    Eduardo Campos continuará inexpressivo. Talvez a Marina conseguisse atrair os votos de quem está cansado de PSDB e PT  em um primeiro momento. Mas com a falta de segurança que ela passa, um discurso mezzo ecológico, mezzo fundamentalista com pitadas de neo-liberalismo, será difícil empolgar o povo a ponto de trocar a atual presidenta por ela.

  5. Eleições no Brasil

    O pior das eleições no Brasil não são só os candidatos,mas sim o fato de sermos OBRIGADOS A VOTAR.

    Até quando ???

    FIM DO VOTO OBRIGATÓRIO NO BRASIL !!!!!!

  6. PIG

    Perfeito. A situação do pais, em todos os sentidos, esta estabilizada, não obstante a vontade e a ação do PIG em desestabiliza-la. O PIG é hoje a maior força de terrorismo irresponsavel e vai pagar por isso, la, mais na frente.

  7. Eleição 2014
    Pelo que percebo da analise de Nassif e dos comentários é bastante provavel a reelição da Presidente Dilma e do PT.

    Ainda bem que o povo nao caiu na onda dos espertalhoes TUCANALHAS. Esse pessoal teve a maior oportunidade, nos oito anos comprados por FHC, de fazer as mudanças que o pais reclamava naquela oportunidade. E o que fizeram? Todos sabem. Diminuiu o Brasil. Agora, querendo voltar ao poder, a qualquer custo, pousam de salvadores da Pátria e se acham nio direito de criticar tudo que foi feito, a bem do povo e do PAIS, durante os quase 12 anos de PT.

    Não fosse a crises frequentes do Exterior esse podia mudar de profissão, pois da politicagem, certamente, nao viveriam mais

  8. Se conseguirem esconder a

    Se conseguirem esconder a Marina como fizeram com Collor, ela terá chances. O governador de Pernambuco, terá a desconfiança de quem sufragou Collor em 1989, a maioria, vivos. Elogiam seu governo, mas todos sabem que foi bom graças ao apoio que Lula e Dilma lhe deram. Vai passar as eleições defendendo-se das acusações de Calabar. Aécio, esse não sei, mas sei que seu governo em Minas foi uma nulidade. Foi eleito senador com expressiva votação graças ao efeito “patriotismo mineiro”, que é muito forte. Afinal de contas, pondo de lado certos vícios proibidos por lei e o mau-hábito de bater em vagabundas nas saídas das boates, qual é a diferença política entre Eduardo Campos e Aécio Neves? Eu não sei, sinceramente. Por enquanto, todas as vantagens são de Dilma Rousseff. Mas não se esqueçam de Milan Kundera, “Tudo o que é sólido desmancha no ar”. Se eu tivesse de apostar minhas fichas, seriam 80% em Dilma, 15% na Marina e, 3% no Aécio e  2% no Eduardo Campos. Muita água ainda passará sob as pontes dos rios Capibaribe e Beberibe antes das eleições. Mas se o candidato do PSDB for Serra, como acho que será, e Marina, a única com condições de roubar votos de Dilma, ficaria assim: 46% Dilma, 35% Serra, 14% Marina Silva e o restante dividido entre os nanicos. Segundo turno seria uma repetição do segundo turno de 2010, sem o efeito “Erenice Guerra”. Se não houver nenhuma desgraça que se possa despejar nas costas largas de Dilma, acredito que Dilma será reeleita. Se FHC o foi, com um governo absolutamente medíocre e com desemprego a 22%, por que Dilma não o seria?

  9. A grande mãe

    Penso que os governos Lula e Dilma introduziram de forma quase irresistível a pauta das questões sociais na  agenda das eleições presidenciais. Quem fugir desse tema, terá muita dificuldade em convencer as classes C e D. Assim, as oposições, se quiserem ser competitivas, precisam mostrar ao país que sabem fazer melhor que o PT as 2 coisas mais urgentes e indissociáveis para o momento: reduzir as desigualdes sociais e fazer o Brasil crescer.

    Precisam também evitar a agenda de críticas destrutivas, porque ninguém suporta gente assim, tipo Beato Salú, anunciando o fim do mundo.

    Não por outro motivo, Dilma vem construindo, lentamente, mas de forma intencional, a imagem da “mãe de todos os brasileiros”. Aquela que, acima de tudo, zela e cuida de seus filhos. Uma mãe exigente e brava, que tem pelos filhos imenso afeto. A história já mostrou que isso dá certo. “Lulinha Paz e Amor” para o povo e “Carta aos Brasileiros” para o mercado asseguraram a 1ª eleição de Lula.

    É marketing, mas funciona quando corresponde à realidade. Lula realmente é um cara do bem, da paz e do amor e cumpriu tudo o que prometeu na Carta. No caso de Dilma, a imagem da mãe trabalhadora corresponde também.

  10. Nassif: ” Providências – o

    Nassif: ” Providências – o PSDB oficializar imediatamente sua candidatura, eliminando o fator deletério Serra.”

    Aécio: “Deixem o Serra trabalhar em paz, são absolutamente legítimas as viagens que o Serra faz; é positivo que ele possa ser mais uma voz permanente de oposição ao governo, não há nenhuma tensão entre nós.”

    1.   Nunca pensei que fosse

        Nunca pensei que fosse concordar com você, o troll mais descarado deste blog.

        Vai, Serra! FORÇA, que a candidatura é sua!!! Mostra quem é que manda no PSDB!

  11. QUE LIÇÕES?

    Nassif apontou como um dos pontos fracos de Dilma a “dificuldade em assimilar as lições de junho passado”.

    Que lições são essas? Contra a corrupção, todos somos; contra a Política, só os ignorantes são; a favor da melhoria da saúde, da educação, da segurança pública, todos somos.

    Para mim e para muita gente, a única lição deixada por aquele movimento foi ter aberto caminho para os vândalos e para a baderna que se instalou em grande parte do país. 

     

  12. Chamei a mana

    Juro que tentei segurar

    mas o comentário QUE LIÇÕES? 

    do Gilson Raslan, atiçou!

     

    http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/A-volta-por-cima-de-Dilma-Rousseff/4/29228

    A volta por cima de Dilma Rousseff

    As chances de ganhar já no primeiro turno aumentaram muito. Se resistir às idiossincrasias do “tripé econômico” reverenciado por Marina Silva.

    Maria Inês Nassif

    A presidente Dilma Rousseff deu a volta por cima. Para quem apostava nas suas deficiências de virtude e fortuna – as duas qualidades fundamentais para um governante que se pretenda condutor dos destinos de um povo, segundo Maquiavel – suas respostas às manifestações de junho, e os fatos que se sucederam a elas e antecederam ao prazo legal final para filiação partidária dos políticos com pretensões eleitorais, mostram que a presidenta pode não ser uma Pelé da política, mas é capaz de jogar um bolão quando se dispõe a entrar em campo. E que a sorte que, no passado, a fez emergir de um ministério técnico e ser guindada ao principal gabinete do Palácio do Planalto, não a abandonou.

    Comprar a briga pelo Programa Mais Médicos foi uma aposta arriscada, pois foi feita no momento em que as bandeiras empunhadas por milhões de manifestantes eram muito dispersas e existia o risco de que se confundisse a reivindicação de Saúde Pública de qualidade com os vetos corporativos das entidades de classe dos médicos. Foi o que aconteceu, por exemplo, com a jogada do Ministério Público, que conseguiu contrabandear o veto à PEC 37 na lista de reivindicações populares sem que as pessoas que arriscaram a pele indo às ruas soubessem o que isto vinha a ser efetivamente. Desta vez, ao comprar a briga por um programa com razões mais do que justas – levar médicos estrangeiros para os rincões do país onde os brasileiros não queriam ir –, o governo acabou expondo a avareza das razões corporativistas e da oposição ao programa liderada pelas associações médicas. Dilma ganhou porque insistiu (e devia ter insistido em outras questões), e ganhou marginalmente devido à incompetência política dos conselhos de medicina.

    Ganhou mais uma vez, quando manteve Alexandre Padilha à frente do Ministério da Saúde, identificou-o com essa briga e depois o liberou para a disputa ao governo do Estado de São Paulo no próximo ano. Nessa luta eleitoral, certamente deve ter aceitado as sugestões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que desde o ano passado monta cuidadosamente as peças de um jogo destinado  a quebrar a hegemonia tucana no Estado. Desde a primeira vitória eleitoral do partido ao governo do Estado, em 1998, peessedebistas se sucedem no Palácio dos Bandeirantes, e ao longo deste período conseguiram, com êxito, amoldar um eleitorado, na sua origem de centro-esquerda, ao programa neoliberal que era comandado pelo governo central no período FHC. Houve uma intersecção perfeita entre esse eleitorado intelectual que caiu em depressão (ou se aproveitou da onda) após a queda do Muro de Berlim e o abraço da socialdemocracia europeia ao neoliberalismo, e aderiu às teorias liberais como se elas fossem a única garantia possível de liberdade, e uma elite paulista que estava despossuída de partidos e convicções no pós-Collor.

    A “cola” que juntou agentes políticos antipetistas de diferentes origens em torno do tucanato paulista, um discurso conservador justificado por um moralismo hipócrita, baseado na máxima de que governos petistas são corruptos, e os tucanos não o são, aproxima de sua data de vencimento, com o estouro do escândalo do “propinoduto” do PSDB, enraizado no setor de transporte de sucessivos governos tucanos, desde o primeiro mandato de Mário Covas (1998-2002). O governador Geraldo Alckmin, candidato à reeleição, é parte inseparável do esquema: foi um vice-governador atuante no primeiro mandato de Covas e assumiu o governo por praticamente todo o segundo mandato, devido ao falecimento do titular do cargo. As investigações sobre o escândalo, que se iniciaram no Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade), embora sejam cuidadosamente publicadas pela grande imprensa – que dificilmente cita governadores ou o PSDB quando relata capítulos dessa novela – dificilmente escaparão da campanha eleitoral, cujo início não está tão longe que apague da memória dos adversários esta mácula.

    A aliança montada para eleger como prefeito da capital o prefeito Fernando Haddad, na medida em que Dilma se consolida como a grande favorita da disputa presidencial, tende a ser transferida para Alexandre Padilha, já consagrado como o candidato petista ao governo. Alckmin vai para a campanha eleitoral com alianças frágeis e um candidato presidencial fraco. Nunca antes, desde a primeira eleição ganha para governador de São Paulo, o PSDB tem condições tão desfavoráveis.

    Sorte de Dilma. Quanto maiores as chances de o PT fazer o governador de São Paulo, mais ela tem condições de recuperar, com alguma folga, os votos que pode perder em Minas, com a candidatura de Aécio Neves (PSDB) a presidente. Sorte dupla é a de Marina Silva ter refluído de sua candidatura para apoiar Eduardo Campos (PSB). Marina teria maiores chances de subtrair votos de Dilma em São Paulo e no Rio; Eduardo Campos não terá o mesmo apelo para os paulistas insatisfeitos com a polarização reiterada das eleições entre PT e PSDB; e Aécio, um tucano de fora do circuito paulista, chega para disputar esse voto junto com as denúncias trazidas a público pela Siemens – não é exatamente o que um eleitorado cultivado pelo PSDB no discurso moralista acha interessante. No Rio, as chances do PT sobem na proporção direta do desgaste de Sérgio Cabral – sorte do PT por ter encontrado pela frente o senador Lindberg Faria, que não recuou de sua candidatura quando Cabral ainda não era cachorro morto. Agora, dificilmente Cabral pode impor a candidatura de seu vice para o PT.

    Em junho, como consequência direta das manifestações, ficou arriscada a aposta numa vitória de Dilma já num primeiro turno. As chances de ganhar já na primeira votação aumentaram muito. Se resistir às idiossincrasias do “tripé econômico” reverenciado por Marina Silva e não girar mais o torniquete, o que acabaria desaquecendo ainda mais a economia. Se mantiver o país em crescimento, mesmo em ritmo lento, ela chegará ao processo eleitoral com adversários muito fracos e oposição com argumentos bastante limitados.

    1. As datas do governo Mario Covas estão erradas

      1º governo: 1995-1998,

      2º governo 1999-2002, com a morte dele em marçon 2001, o Vide Alkmin acabou o termo em 31/12/2002.

  13. Desarmando bombas – Discurso Propositivo

    Aposto 10 pra 1 que esse papo de candidato Propositivo está sendo ventilado para fortalecer a oposição.

     

    Há um movimento forte no mercado financeiro (já vi em mais de uma fala de medalhoes) da ideia de busca do candidato que vai apresentar propostas para melhorar a vida do povo.

     

    Daí, do nada, durante a campanha eleitoral, aparece Aécio ou Campos com varios projetos marqueteiros angariando votos da população.

     

    Em paralelo, baterão na tese que o governo federal não traz ideias novas (tese da inovação), o que será amplamente repercutido pela grande mídia.

     

    Tudo para provocar um segundo turno!

     

    Alea jacta est

  14.   Com todo esse dinheiro da

      Com todo esse dinheiro da máquina e esse populismo barato que sufoca e afoga a classe produtiva (todos os trabalhadores que relmente querem trabalhar, e não mamar), o governo Dilma mostra a sua incopetência nos números de desenvolvimento consistente do país e, daqui a pouco, a barca da oportunidade (aquela em que o Lula nadou de braçada e não fez o que tinha que fazer) vai passar e aí ficaremos iguais a Argentina, Equador e Venezuela, pouco produtivos e sem condições de competir com ninguém no mercado mundial.

      Mas, como esperança é a última que morre, esperamos que as informações cheguem aos mais necessitados e que algum dos opositores consiga ganhar essa eleição e mudar o rumo do país, antes que a barca da oportunidade vá-se embora de vez.

    1. Vai sonhando com papai noel,

      Vai sonhando com papai noel, coelhindo da páscoa, capitão américa, superman…. KKKKKKKKKKKKKKKKKKK!!!!!!!! Muito primário o raciocínio!!!!

      1.   Pois é, o colega aí em cima

          Pois é, o colega aí em cima é puro delírio! Que coisa de doido… aposto dez pra um que ele considera o Bolsa Família uma “ajuda pra vagabundo”. Bom só ele mesmo, além daquele ex-presidente que arrebentou o país três vezes.

  15. Sem entrar no ponto

    Sem entrar no ponto principal, e tocando em outro mais marginal, porém relevante por ser aparentemente desconhecido de quem analisa política na perspectiva sudestina.

    Não existe essa entidade NORDESTE. Isto é apenas um construto social e político. Fico vendo análises como se por ser de Pernambuco, o governador teria penetração na região Nordeste. Outras que apontam para o fato de que APESAR de ser nordestino, a penetração não é grande, ou ainda não é, etc. Ambas pesrpectivas pressupõe um amálgama qualquer chamado NORDESTE, como se este construto, fortemente difundido nas mentes e mídias do Sudeste, fosse REAL. Uma única coisa ou espírito. O construto é tão forte que serve até para os nordestinos se projetarem de alguma forma, porém nada mais errôneo que pensar que haja essa identidade NORDESTINA. Há, obviamente, traços culturais muito fortes compartilhados entre os habitantes da região, mas daí esperar um nível de identificação tal que alguém do estado A seja visto como próximo de alguém do estado N, é de uma ingenuidade pueril. Digo mais, é mais fácil que esse alguém seja visto como ameaça do que como parceiro. Não esperem de um pernambucano que ele veja um baiano como aliado, ou vice-versa. É desconhecer a História de Rivalidades entre Pernambuco e Bahia. Ou de um cearense que veja um alagoano como alguém que lhe irá de alguma forma beneficia-lo. É um raciocínio falho na origem, pois parte da premissa que haja essa entidade NORDESTE. É possível que exista identidade mais forte entre os sertanejos de BA, SE, AL, PE, PB, RN, CE, PI e MA, ou da região Agreste ou Zona da Mata dos estados. MAs essa identidade que vejo na midia sudestina, não existe.

  16. Se o Aécio crescer

    Se o Aécio crescer eleitoralmente esvazia a candidatura Edu Campos. Caso o Eduardo melhore ameaçando o PSDB acaba-se o pacto de não agressão,e aí meu, salve-se quem puder.

    Por estes motivos vejo pintando 1º turno. Atacar a Dilma pode não dar resultado, porque a imprensa faz isso há anos e a presidenta mantém altos índices de aceitação popular.

    Só mesmo o imprevisível, que me parece imprevisível.

  17. Nassif, para os tres, as

    Nassif, para os tres, as providências são as mesmas:

    – Dudu, se livrar da mala (Marina).

    – Aécio, se livrar da mala (Serra)

    – Dilma, se livrar das malas (várias)

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