O presidencialismo e a conspiração vermelha, por Mauro Santayana

Enviado por Terezan

Do blog de Mauro Santayana

O presidencialismo e a conspiração vermelha
 
Mauro Santayana
 
Informações publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, na semana passada, dão conta de que a Procuradoria Geral da República teria enviado ao STF pedido de reversão da decisão do Ministro Teori Zavascki, de afastar da órbita da Operação Lava Jato, ações que não pertencem à sua jurisdição, como a relacionada à Eletronuclear, já encaminhada para o Juiz Marcelo Bretas, da Sétima Vara Federal, no Rio de Janeiro.
 
O pedido estaria baseado em duas justificativas, a de que “aponta “ação” (sic) de uma “sistemática” (sic) criminosa igual à investigada na Petrobrás” e a de que “um esquema único de “compra” de apoio político teria nascido na Casa Civil em 2004, com o objetivo de garantir a governabilidade e a permanência no poder. Para isso, segue o texto, “teriam sido distribuídos cargos em diferentes áreas do governo, gerando uma “máquina” “complexa” e estruturada de desvios para financiar partidos, políticos e campanhas eleitorais.”
 
Ora, se a questão é a “sistemática” ser igual, todos os crimes de latrocínio, por exemplo, deveriam ser investigados por um mesmo grupo e julgados pelo mesmo magistrado, já que têm uma mesma mecânica e um mesmo resultado.

Um único juiz ficaria responsável por todos os crimes de tráfico de drogas do país; a outro, seriam encaminhadas todas as ações relacionadas a estelionato, e vários inquéritos, envolvendo corrupção e financiamento indireto de candidatos e partidos, como o Mensalão “Mineiro”, o escândalo dos trens de São Paulo, e dezenas de outros, ainda dos tempos das privatizações, nos anos 90, também deveriam ser encaminhados ao Juiz Sérgio Moro, se – como demonstra a sua atuação no Caso Banestado – ele viesse a agir com o mesmo “rigor” e “empenho” com que está agindo agora.
 
Neófitos em política – ou exatamente o contrário – os procuradores que encaminham o pedido ao STF (segundo a matéria, “ligados” ao Procurador Geral da República, Sr. Rodrigo Janot); assim como os seus colegas e o juiz que estão envolvidos com a “Operação Lava Jato” tentam, já há tempos, transformar, aos olhos do país, em uma sofisticada e acachapante conspiração, o que nada mais é do que o velho Presidencialismo de Coalizão em seu estado puro.
 
Um sistema com todos os defeitos e eventuais problemas de uma democracia em funcionamento pleno, que se desenvolve – como em qualquer lugar do mundo – na base da negociação de interesses de indivíduos, grupos de pressão, partidos políticos, funcionários públicos de confiança e de carreira e empresas estatais e privadas.
 
Sem obras – casas, pontes, estradas, refinarias, usinas hidrelétricas, ferrovias, navios, plataformas de petróleo – não há desenvolvimento e não existem votos.
 
Desde que o mundo é mundo, e não desde 2004, como quer nos fazer acreditar a Operação Lava Jato, votam-se verbas para obras – aí estão as emendas parlamentares que não nos deixam mentir – indicam-se diretores de estatais, loteiam-se cargos entre partidos aliados, apresentam-se empreiteiras para a sua execução, realizam-se os projetos e as empresas – preventivamente – para evitar ficar de fora das licitações, ou antipatizar-se com gregos e troianos, financiam partidos e candidatos de todas as cores e de todos os matizes, porque não têm como adivinhar quem vai ganhar que eleição, ou qual será a correlação de forças que sobrevirá a cada pleito.
 
Esse esquema funciona, assim, desde os tempos do Império e da República Velha e se repete nos Estados, com as Assembleias Legislativas, e nos municípios, com os executivos e câmaras municipais, e, se o PT conspirou ou conspira para “manter-se no poder”, na essência e na lógica da atividade política, ele não faz mais do que faria qualquer outro partido;
 
Ou há alguém que acredite existir agremiação política que tenha como “objetivo” programático o abandono do poder?
 
Nisso, o PT, e os outros partidos, fazem o que sempre fizeram os chefes tribais, desde que deixamos de ser coletores e caçadores e nos reunimos em comunidades, ou os políticos gregos, ou os imperadores romanos, ou os reis medievais, ou os partidos e forças que antecederam a ascensão do próprio Partido dos Trabalhadores ao Palácio do Planalto, que, para manter-se nele, chegaram até mesmo a mudar o texto da Constituição Federal, para passar no Congresso – em polêmica e questionável manobra – o instituto da reeleição.
 
A Democracia – e o Presidencialismo de Coalizão, ou o Parlamentarismo, em que muito menos se governa sem negociação e conciliação de interesses – pode ter defeitos, mas ainda é o melhor sistema conhecido de governo.
 
Tendo, no entanto, problemas – e sempre os terá, em qualquer país do mundo, pois que se trata mais de um processo do que de um modelo acabado – cabe à classe política, que, com todas as suas mazelas, recebeu a unção do voto – todo poder emana do povo e em seu nome será exercido, ou já nos esquecemos disso? – resolvê-los e não ao Ministério Público, ou a um juiz de primeira instância fazê-lo.
 
E, muito menos, inventar com esse pretexto, uma teoria conspiratória cujo único objetivo parece ser o de garantir que se lhe transfira, a ele e ao seu grupo, cada vez mais poder e força.
 
Até mesmo porque, como todos os cidadãos, os jovens procuradores da PGR, assim como os da Operação Lava Jato e o juiz responsável por ela, têm, como qualquer brasileiro, suas preferências políticas, simpatias ocultas, idiossincrasias, seu time de futebol do coração, sua confissão religiosa, seu piloto preferido de Fórmula Um.
 
Afinal, como diz o ditado, o que seria do azul, se todos gostassem do amarelo?
 
O que não se pode esquecer é que, se quiserem fazer política, devem candidatar-se e ir atrás de votos e de um lugar no Parlamento, e não misturar alhos com bugalhos, ou querer exercer atribuições que não têm, e que não podem ter, nesta República, pois que não lhes foram conferidas por mandato popular.
 
Deve, portanto, quem está à frente da Operação Lava Jato, limitar-se, sem paixão, parcialidade, vaidade ou messianismo, tecnicamente, ao seu trabalho, que pode ser exercido por quaisquer outros policiais, procuradores ou juízes, em outros lugares do país, respeitando-se a jurisdição, as regras e os limites impostos à sua atuação, porque nem mesmo a justiça pode se colocar – como muitos parecem ter se esquecido nos últimos tempos – acima da Lei e da Constituição, cujo maior guardião é, como reza o seu próprio nome, o Supremo Tribunal Federal.
 
Ninguém discute a necessidade de se combater a corrupção, de preferência – como nem sempre tem ocorrido – a de todos os partidos.
 
Ninguém também vai querer botar a mão no fogo com relação a partidos que, depois de chegar ao poder, deixaram entrar toda espécie de oportunistas, oriundos de outras agremiações, ou nomeados por governos anteriores, que depois fizeram falcatruas no cargo que estavam ocupando.
 
Como qualquer partido político, o PT teve acertos e erros nos últimos anos, e deve pagar por eles, até mesmo porque a imensa maioria de seus militantes é correta, nacionalista e não andou por aí prestando “consultorias”.
 
O que não se pode aceitar é pôr ao alcance de apenas uma pessoa, de um único juiz, um imenso universo de milhares de empresas que realizaram negócios com o governo federal nos últimos anos, em qualquer lugar ou circunstância, colocando, automaticamente, sob suspeição, qualquer pessoa que tiver, em princípio, feito negócios com qualquer uma dessas empresas.
 
Também não se pode agir, como se partidos de oposição não tenham estado envolvidos, antes e depois de 2004, em alguns dos maiores escândalos de corrupção da história recente, dos mais antigos, como o do Banestado, passando pelos mais simbólicos, como o do Mensalão “Mineiro”, aos mais novos, como o do Trensalão Paulista – cujo inquérito está completando seu primeiro aniversário na gaveta do Ministério Público de São Paulo – todos abafados, ou conduzidos de forma a prescreverem, ou não se punirem os seus principais envolvidos, não lhes acarretando – por parte da justiça, ou da mídia, até agora – quase que nenhuma conseqüência.
 
Também não se pode acreditar que só o governo federal possa corromper, porque, como explicam os que acreditam nessa fantasiosa teoria conspiratória, é a União que teria a “caneta”.
 
Como, se, por acaso, a oposição também não tivesse a sua, em alguns dos principais estados e municípios do país, como é o caso, emblemático, de São Paulo, unidade da Federação na qual arrecada – e administra – aproximadamente 150 bilhões de reais por ano em impostos, há mais de duas décadas.
 
Não podemos agir como se a corrupção, no Brasil, tivesse sido inaugurada com o estabelecimento de uma espécie de Protocolo dos Sábios do Sião, do PT, ao urdirem uma conspiração nordestino-bolchevista internacional, com estreitas ligações com o “bolivarianismo”, e o “perigosíssimo” Foro de São Paulo, para dominar a América Latina, e, quem sabe – como o “Pink” e o “Cérebro” do desenho animado – o mundo.
 
Uma conspiração “comunista” que passou o país da décima-terceira economia do mundo, em 2002, para a oitava maior, agora; que pagou, rigorosamente, sem contestar, toda a dívida que tínhamos com o FMI; que emprestou generosamente – e por isso também tem sido acusada – dinheiro do BNDES para empresas privadas, não apenas nacionais, mas também multinacionais; que acumulou mais de 370 bilhões de dólares em reservas internacionais, aplicando-as majoritariamente em títulos do seu, teoricamente, arqui-inimigo, Estados Unidos da América do Norte; que deu aos bancos alguns dos maiores lucros de sua história; que praticamente duplicou a porcentagem de crédito na economia; e diminuiu a dívida líquida pública pela metade nos últimos 13 anos.
 
Como se, anteriormente, partidos não negociassem alianças e coligações, nem as financiassem, como fez o PT, no caso da Ação 470, ajudado em um empréstimo, pago, depois, a um banco, obtido pelo Sr. Marcos Valério, que, claro, para o Ministério Público, ao que parece, é como se nunca tivesse trabalhado para o PSDB antes.
 
Como se os 12 Sábios do Sião do PT, reunidos, bebendo cachaça, em algum boteco do ABC, tivessem resolvido, inédita e insidiosamente, em certo encontro secreto, primitivo e clandestino, corromper a pobre classe política nacional – tão ingênua e impoluta como um bando de carneiros – e também o empresariado brasileiro.
 
Como se, anteriormente, nenhuma empreiteira fizesse doação de campanha, ninguém fosse a Brasília para conseguir obras, não existisse lobby nem Caixa 2, políticos e ex-políticos não prestassem “consultorias” a empresas particulares, e nem se montasse a negociação de partidos para aprovação de medidas provisórias, como, ou de emendas, como, por exemplo, lembramos mais uma vez, a da reeleição do Sr. Fernando Henrique Cardoso.
 
E a Nação dormisse, inocente e serena, sonhando com flores e passarinhos em berço esplêndido, e tivesse sido despertada violentamente, de repente, por um emissário do inferno, vermelho e barbudo como o diabo, que chegou do Nordeste de pau de arara, para acabar com o seu sono e conspurcar-lhe, covarde e impiedoso, a virginal moralidade que ostentava antes.
 
Finalmente, se formos nos deixar dominar pela imaginação e pelo delírio conspiratório, qualquer um poderá pensar e afirmar o que quiser.
 
Até mesmo que pode haver, mesmo, uma conspiração em curso.
 
Mas não para entregar o Brasil ao PT ou ao comunismo.
 
Mas para derrubar, usando como biombo uma campanha anticorrupção pseudo moralista, seletiva, dirigida e paranóica, um governo legitimamente eleito há pouco mais de um ano.
 
Trabalhando deliberadamente para chegar, de qualquer forma, e o mais depressa possível, à Presidente da República, na tentativa de tirá-la do Palácio do Planalto da forma que for possível, com um jogo escalado e proposital de prisões sucessivas e de “delações”.
 
Uma espécie de “corrente” no qual uma pessoa é presa – seja por qual motivo for (na falta de provas, muitos podem imaginar que se estejam produzindo “armadilhas”, suposições, ilações, combinações) e delata outra, que também é presa e passa a participar, obrigatoriamente, da trama, delatando também o próximo da “fila” – ou o novo degrau de uma escada que até mesmo no exterior já se imagina aonde vai chegar – sob pena, caso se recuse, de permanecer anos e anos na cadeia sem nenhuma garantia ou perspectiva real de proteção por parte do direito ou da justiça, enquanto bandidos apanhados com contas de milhões de dólares no exterior vão sendo, paulatina e paradoxalmente, soltos.
 
 
Redação

25 Comentários

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  1. Santayana sempre!

    “PT conspirou ou conspira para “manter-se no poder””

    ““objetivo” programático o abandono do poder?”

    Sob essa ótica, Janot NÃO deveria ter lutado para permanecer no cargo.

    Em nome da pluralidade, do republicanismo, da renovação, deveria ter recusado a prorrogação do “emprego”.

    Quebra da continuidade dos outros é “refresco”.

  2. ditadura

    Estamos vivendo a ditadura daqueles que querem fama e dinheiro com a desgraça alheia. Se os MPs e juízes da vida querem governar, que se candidatem e não transgridam a lei como seus pares eleitos sempre fazem.

  3. “O que não se pode esquecer é

    “O que não se pode esquecer é que, se quiserem fazer política, devem candidatar-se e ir atrás de votos e de um lugar no Parlamento, e não misturar alhos com bugalhos, ou querer exercer atribuições que não têm, e que não podem ter, nesta República, pois que não lhes foram conferidas por mandato popular.”

    Podem ter certeza que o Sr. Moro, principalmente, e alguns dos procuradores aloprados e policiais federais fanfarrões estão em plena campanha. Aguardem os próximos pleitos. Em 2018, Moro para presidente, obviamente por algum partido imaculado.

  4. Suponho que o objetivo do

    Suponho que o objetivo do Moro é exatamente o mesmo na Lava Jato, livrar a cara do amigo doleiro, o maior criminoso do Brasil, em troca de delações onde o delatado deve ser sempre quem o juíz pedir. Se delatar alguém de sua amizade ele simplesmente dirá. “isso não vem ao caso”.

  5. Disputa pelo Poder.

    Texto primoroso, mais uma vez, do mestre Santayanna. Pena que um pouco tarde, a meu ver. Assim como o do Nassif sobre a marcha da insensatez… Ela começou bem mais lá atrás…

    O desfecho, porém, é certeiro e cortante.

    O fato é que passados os primeiros instantes dessa operação lava jjato, ficou mais que claro que o objetivo era político parltidário, e não o de combater a corrupção coisíssima nenhuma. Nem é necessário mais lembrar a desigualdade de tratamento dado à cunhada do Vaccari e aos atos cometidos pelos mesmos Cerverós, Baruscos e Costas antes de 2002, pois quem ainda nao compreendeu isso nao vai compreender nunca…

    A importação da ridícula tese do “projeto de poder” não deixa a menor dúvida – afinal, tudo que acusam nos outros é que eles próprios fazem, essa é a “lógica” de se inventar bodes expiatórios –  de que o objetivo é a tomada do poder proscrevendo uma determinada força política que promoveu a valorização do salário mínimo, a defesa do patromônio e do conteúdo nacional e a ampliação dos direitos das minorias. Reacionarismo puro e simples. O resto é pura retórica pra enganar os mesmos trouxas de sempre. Daí a declarar o cargo de Presidente vago é fácil fácil pra essa gente horrorosa e boçal.

    Vejam o que mais acontece no Paraná.

    canalhas

  6. O esquema é asqueroso, sim,

    O esquema é asqueroso, sim, mas, o menos ruim para o país. Esses videodiotas, no entanto, ostantem o que de pior pode ocorrer à qualquer povo: a criminalização da política como um todo, mas, como sempre, em favor de outros criminosos políticos. Não adianta, os brasileiros – salvo honrosas exceções – nunca foram democráticos. E, na pequena burguesia de direita facilmente influenciável (diria o Argéu Santarém), pode-se contar nos dedos de única mão as honrosas exceções. Conjuração, conspiração, assalto. Pobre Brasil.

  7.  
    Da Série “Tudo a Ver Não

     

    Da Série “Tudo a Ver Não Vir ao Caso”!

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    A estranha reação do STF

    segunda-feira, 30 de novembro de 2015

    O debate sobre as flagrantes inconstitucionalidades que marcaram o encarceramento do senador Delcídio Amaral está deixando passar a grande questão do episódio: por que prender o indivíduo agora? Por que não processá-lo nos ritos normais, que acabariam inevitavelmente arruinando sua carreira política e seu apoio no Congresso?
    A tese de “obstrução da Justiça” é ridícula. Ora, depois que o Judiciário conheceu o teor das gravações, a chance das tramóias vingarem desintegrou-se. Réu nenhum conseguiria fugir. Além disso, do ponto de vista estratégico, seria mais inteligente acompanhar as manobras de Amaral, apanhando todos os envolvidos no auge da ação criminosa.
    Então repito: por que interromper um conluio fadado ao fracasso, diminuindo assim o alcance das investigações? Que tipo de malefício Amaral poderia causar conspirando à toa, sob a fiscalização atenta das autoridades?
    Isento e probo como é, o STF não precisa temer ilações maldosas…
    (…)
    Alguém parece ter decidido recolher o falastrão antes que o caldo entornasse de vez.

    FONTE [LÍMPIDA!]: http://www.guilhermescalzilli.blogspot.com.br/

  8. O único projeto de poder

    O único projeto de poder permanente e inconstitucional no Brasil (o que torna ainda maior a hipocrisia) é o da mídia hegemônica, que faz dobradinha com esses mesmos procuradores, o juizeco e os delegados vazadores, que estão ai, conspirando contra a democracia e o estado de direito. Não passarão.

    1. É por esse motivo que o troll

      É por esse motivo que o troll tucano mente dizendo-se “apartidário”.

      Ele não precisa defender seu partido (embora faça-o com unhas e dentes quando alguma crítica é dirigida aos tucanos), não precisa se preocupar com coerência.

      Basta atacar sem parar e desqualificar qualquer pretenção de justiça e isonomia, basta atacar e xingar o outro lado sem parar. Coerência não0 é necessário, já quesão críticas “apartidárias”. Críticas que cobra dqueles que ataca e “não vem ao caso” em relação àqueles que defende dissimuladamente.

      Esse troll mentiroso faz assim. Se alguém questiona seus ataques ao PT então o cara é petista, partidário e sua argumentação não tem valor. Se alguém criticar o PSDB então o cara é petista, pártidário e sua argumentação também não tem valor.

      Até as ocupações feitas pelos estudantes esse troll mentiroso diz ser uma “coisa do PT” e afirma que as reivindicações não tem nenhum valor.

      Agora quando ELE critica o PT, aí ninguém pode chamá-lo de tucano, pois seria “dicotomizar” a política. ELE sim pode dicotomizar à vontade chamando qualquer crítica ao PSDB de “coisa do PT” e desqualificando quem critica por chamá-lo de petista e partidário. MAs ELE defender o PSDB não significa que ele é tucano, qualquer um defender o PT significa sim que o cara é petista e portanto não se deveria considerar seus argumentos.

      Enfim, esse cara de pau é a pior bosta que tem termos de trollagem que tem neste site.

      HIPOCRISIA é exigir dos outros aquilo que não se pratica. E é isso que esse troll nojento faz.

      1. $

        Sr. Ruy,

        Troll é pago para isso: 

        para irritar e ocupar espaços.

        Nem todos são pagos?

        É verdade. Esses trabalham “de graça”, mesmo.

        Afinal existe bobo para tudo!

      2. Eu ataco o governo (que é do

        Eu ataco o governo (que é do PT),e eu defendo a oposição.

        Porque eu critico o governo, porque do meu ponto de vista ele é prejudicial e nefasto para a população.

        Eu tenho que defender a oposição a revelia de qualquer juizo de valor, porque é oposição que se tem,  não a que se deseja.

        Não existe incoerência nisso, nem desonestidade.

  9. .

    Toda vez que começo a ler um texto e ele se prolonga… se prolonga… aparentemente interminavelmente, ja desconfio de que se trata de vies pra esquerda e lembro dos discursos quilometricos do Brizola, do Fidel e outros assemelhados. É batata.

    Este texto todo pode ser sintetizado numa frase curta.

    É simples questão de divisão do butim.

    Qdo um grupo deseja pegar tudo pra si mesmo da problema.

  10. Lava jato é a SAMARCO da

    Lava jato é a SAMARCO da política, faz contenção de sujeiras grossas de um lado  e vai liberando a que dá IBOPE, de acordo com o lado conspirador. Só que sujeirada represada causa danos ambientais e graves. Essa não vai ser diferente. E vai atingir os domínios do judiciário, da PGR , da mídia corporativa e da oposição que rouba descaradamente, pedala descaradamente, exibe uma incompetência administrativa e política de forma exuberante (olha a destruição da educação e da saúde nos domínios da oposição), dissimula escandalosamente quando o ministério suíço aponta os malfeitos do trensalão paulista, dos sonegadores de alta patente e por aí afora. A quem esses tontos pensam que enganam?

  11. atingimos a esculhambação de tudo…

    e em qualquer sistema democrático

    quando alguém decide impor um padrão decisório

    E eu que pensava que a prioridade máxima dessa força tarefa cagá e destruidora fosse apenas tumultuar as relações entre o executivo e o legislativo

    felizmente não passarão, pois é humanamente impossível tornar mais ativa e inteligente a oposição medíocre que protegem

    1. aos poucos é que se percebe…

      o capo di tutti capi

      o último que conseguiu impor

      tinha que tê guru para tanta asneira e abuso

      e muita grana também

  12. O FASCISMO COMEÇA COM BOAS

    O FASCISMO COMEÇA COM BOAS INTENÇÕES – Os movimentos de “causa” onde um grupo pretende salvar o Pais são o inicio de todos os fascismo, ideologia oportunista que se aproveita da fraqueza do Estado em determinado momento.

    O fascismo italiano  teve inicio com uma Italia desintegrada pela Primeira Guerra, alto desemprego, economia em destroços, desorganização do governo. O fascismo português nasceu de uma situação economica caotica onde a convocação de um professor de economia da Universidade de Coimbra parecia ser a solução. Da modestia da convocação ao pleno governo autoritario não levou dois anos.  O fascismo espanhol desencadeado por um movimento  (“alzamiento”) militar visava a colocar ordem em um estado “social”  mal gerido por um Presidente de coalização, Manuel Azaña ainda por cima homosexual, algo raro na Espanha dos anos 30, um um governo cercado por intelectuais, greu que irrita qualquer fascista.

    O nacional socialismo, um fascismo de patamar mais totalitario, nasceu de um desemprego de 40% provocada pela crise de 1929 e com objetivos de colocar odem nas ruas alemãs, agitadas por comunistas, socialistas e espartaquistas.

    As causas sempre parecem de inicio razoaveis, a degeneração vem progressivamente com a consolidação do poder do grupo que assume o Estado. As vitorias nos primeiros passos gera autoconfiança no grupo e aumenta a audacia no enfrentamento dos reais ou imaginarios inimigos, prisão de todos que se lhes opõe, depois chegam às execuções.

    O impressionante no Brasil atual é a perda de neutralidade dos juizes, a “causa” passa a suplantar a “justiça”, juizes de causas não são juizes de processo, o ativismo judicial é incompativel com a Justiça.

    A palavra de ordem da Ministra Carmen Lucia “os criminosos não passarão” é aterradora. É uma expressão cuja origem, o slogan ” No pasarán” da agitadora Dolores Ibarruri do lado republicano na Guerra Civil Espanhola, tem DNA de ativismo radicial e nada tem a ver com justiça. Juiz não é um combatente contra o crime, juiz é um arbitro de conflitos, não pode ter causa nem lado, juiz não tem lado e não tem causa, o Estado lhe da sua alta função com imensas prerrogativas e garantias apenas para dirimir situações de conflito e nunca para ser combatente de um ação politica que ele escolheu pessoalmente.

    A narrativa excelente de Mauto Santayana enfeixa todas essas questões, o autor é um jornalista de larga experiencia, já viu tudo em 50 anos de vivencia na politica brasileira, esse acumulo de conhecimentos lhe dá uma visão impar dos desmandos e descalabros que estão acontecendo a luz da majestade do Judiciario, sob aplaudo de uma midia interesseira

    e comprometida, ativista desde sempre , avida por influenciar os acontecimentos e agradar aos bem pensantes.

    Nessas situações de esgarçamento do sistema politico aparecem todas as disfunções do carater humano. No episodio Delcidio a incrivel atuação de seus colegas e de seu partido, todos o transformando em “boi de piranha!, deixa ele se ferrar para que nós nos salvemos, a “nota” do PT é um dos documentos mais abjetos da historia politica brasileira, um Partido largar o ferido jogado na trancheira sem lhe dar o conforto da solidariedade minima da agremiação da qual era lider até a vespera, um ato raro na longa historia de todas as politicas pela sua sordidez. O Senado não percebeu o arreio que o STF lhe colocou e aceitou perder sua independencia com uma facilidade inacreditavel, o que estava em jogo não era a prisão do Delcidio, era a logica do Estado do Direito e do equilibrio dos tres poderes. Se é possivel o Judiciario ser policia do Senado, porque o Senado não deve ser policia do Judiciario, julgando juizes corruptos e apenando-lhes?

    A registrar a incrivel desunião do empresariado, sua cegueira institucional, ninguem tem consciencia politica, a FEBRABAN não tem nada a dizer sobre um de seus lideres mais importantes ser preso, não o defende?

    O maximo é a Odebrecht ter seu presidente preso sem prazo e sem objetivo , sob aplausos frenéticos do Sistema GLOBO,

    Sardenberg acaba de escrever um artigo com o sugestivo titulo VIVA A LAVA JATO e a Brasken, controlada pela Odebrecht, continua a anunciar alegremente na Tv GLOBO, sustentando a emissora “comadre da Inquisição”, aquelas que

    colocavam cadeiras em frente à fogeuira para ver o herege queimar.  Na Odebrecht não tem uma cabeça pensante?

    A classe média não percebe que a anulação das garantias individuais da Constituição não vale só para um desafeto, vale para todos, uma vez quabrada não se cola mais, vale tudo, ninguem mais tem garantia e entramos no Estado autoritario

    onde já estamos, sob aplausos da classe media, assim como aplaudiram Mussolini no começo,  vinte anosdepois o penduraram em posto de gasolina de cabeça para baixo mas no entremeio ele arrasou com a Itlia.

    O proximo Presidente da Republica pode vir do Judiciario, o palco está sendo armado nessa direção, o futuro dirá.

    Parabens a Santayana que do alto de sua cultura e visão de mundo e de Brasil nos dá aulas de cidadania.

     

    1. ANDRÉ ARAÚJO,TE AMO CARA,(MEU

      ANDRÉ ARAÚJO,TE AMO CARA,(MEU NEGÓCIO É MULHER VIU!!) P MIM

      ESSE COMENTÁRIO É MUITO AGREGADOR,POIS COMENTO AQUI NESTES DIAS SOBRE JUSTIÇA FASCISTA

      SEM TER UMA IDÉIA MUITO CLARA DO QUE É,ME ESCLARECEU 100 POR CENTO,VAALEU!!!!

  13. 3 poderes e 3 agendas de relacionamento público…

    sendo apenas 2 eleitos, o terceiro só pode sobressair como uma tirania atenuada pela opinião que se quer pública sendo apenas publicada

    judiciário transbordando o noticiário confirma o complô

  14. ESTAMOS DIANTE DE UMA

    ESTAMOS DIANTE DE UMA DITADURA JUDICIÁRIA, ONDE NÃO SE RESPEITA A CONSTITUIÇÃO NEM MESMO O CÓDIGO PENAL E PROCESSUAL PENAL.

  15. Procuradores tucanos caras de

    Procuradores tucanos caras de pau.

    A corrupção na Petrobrás foi instalada durante o governo do PSDB, de FHC. Os ex-funcionários da Petrobrás presos na Lava Jato, inclusive Delcídio, foram ocupantes de cargos de direção na estatal durante o governo FHC. Se o PT tivesse aparelhado a empresa, como o PSDB faz, e demitido todos os cargos de confiança nomeados no governo anterior, de FHC, o esquema do cartel teria sido desarticulado em 2003, mas a ingenuidade do PT fez com que se mantivesse esses funcionários nomeados no governo tucano continuassem agindo no governo do PT, até que o esquema fosse descoberto e combatido ainda no governo do PT. O Valerioduto do PT (mensalão) não foi tão grave quanto o Valerioduto do PSDB (que o ministério públco e o STF retardaram o andamento a ponto de até hoje não ter sido julgado, já estando em vias de prescrever). No Valerioduto do PSDB (mensalão tucano) além do caixa 2 também houve desvios de dinheiro de estatais e corrupção, ao contrário do Valerioduto do PT, que nunca se comprovou ter havido desvios de dinheiro público, somente comprovou-se caixa 2 – dinheiro de campanha não contabilizado. No julgamento do Mentirão foi encenada a farsa da compra de votos no Congresso, com argumentação débil, primária, ridícula, tratando os brasileiros como idiotas. Agora, na Lava Jato, encena-se a farsa novamente, mas como não houve caixa 2, as doações foram todas registradas de acordo com a lei e as regras eleitorais, vão mais fundo no exercício da estultícia (ou seria da esperteza?), tentando criminalizar também o caixa 1 petista. Com que argumentos? Os de que seriam de corrupção as doações empresariais de empreiteiras investigadas na Lava Jato à campanha eleitoral do PT. Mas como, se as mesmas empreiteiras doaram valores equivalentes a candidatos da oposição? Que lógica acusatória contraditória e tosca é essa? Então, esses procuradores e todos mais que falam em “esquema único de “compra” de apoio político (que) teria nascido na Casa Civil em 2004, com o objetivo de garantir a governabilidade e a permanência no poder” mostram o quanto são politiqueiros, partidários, anti-petistas, ligados intimamente à oposição derrotada no voto. Isso é uma vergonha, pois a Justiça e o Servidor Público tem obrigação moral e legal de ser independente, imparcial, apartidário e transparente. Não pode ficar fazendo politica partidária  utiliando-se das prerrogativas do cargo pelo qual é muito bem remunerado pelo povo brasileiro. Perseguindo um partido e protegendo o outro. É uma vergonha que esses procuradores tenham feito essa afirmação e esse pedido ao STF.

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