Após acordo firmado entre o governo Nicolás Maduro, da Venezuela, e um setor da oposição, durante encontro em Bridgetown, Barbados, sobre um roteiro eleitoral, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (18) a emissão de “quatro licenças gerais” para suspender “sanções selecionadas”, segundo comunicado publicado pela entidade em seu site.
Em declarações recolhidas sob a assinatura do subsecretário para o Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian E. Nelson, é indicado que Washington “saúda” o acordo e que, “em resposta a estes acontecimentos democráticos”, decidiu autorizar “transações envolvendo o setor petrolífero e o setor de gás e ouro da Venezuela, além de remover a proibição do comércio secundário”.
A administração de Joe Biden disse, porém, estar preparada “para modificar ou revogar autorizações a qualquer momento”, caso os representantes governamentais não cumpram os seus compromissos, ao mesmo tempo que indica que permanecerão em vigor outras coerções impostas pela Casa Branca.
O documento divulgado autoriza as transações por seis meses, com possibilidade de renovação desde que o governo Maduro cumpra o roteiro eleitoral assinado em Bridgetown.
Mineração estatal
A segunda licença geral abrange as operações da mineradora estatal Minerven e, segundo o Tesouro, “teria o efeito de reduzir o comércio de ouro no mercado negro”. Não foi especificado por quanto tempo essa autorização será válida.
Por último, referiu-se à “modificação” de duas licenças para eliminar “a proibição de negociação secundária de certos títulos soberanos venezuelanos e dívida e capital” da Petróleos de Venezuela (PDVSA), sem implicar a negociação de títulos venezuelanos no mercado primário.
Os EUA modificaram ainda uma licença para autorizar a participação de Trinidad e Tobago num projeto offshore de gás com Caracas.
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