Observatorio de Geopolitica
O Observatório de Geopolítica do GGN tem como propósito analisar, de uma perspectiva crítica, a conjuntura internacional e os principais movimentos do Sistemas Mundial Moderno. Partimos do entendimento que o Sistema Internacional passa por profundas transformações estruturais, de caráter secular. E à partir desta compreensão se direcionam nossas contribuições no campo das Relações Internacionais, da Economia Política Internacional e da Geopolítica.
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O Tsunami Milei, por Juan Araya

O candidato da ultradireita, Javier Milei, aparece como o mais sério postulante a entrar à Casa Rosada em 10 de dezembro.

Reprodução Twitter – via Uol

do Observatório de Geopolítica

O Tsunami Milei

por Juan Araya

Argentina amanheceu hoje com um panorama eleitoral surpreendente e imprevisto de cara às eleições gerais de outubro próximo, onde deverá se decidir o sucessor do Presidente peronista, Alberto Fernández.

Erguido pelo contundente respaldo que lhe deram as urnas eleitorais nas PASO (Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias), o candidato da ultradireita, Javier Milei, aparece como o mais sério postulante a entrar à Casa Rosada em 10 de dezembro.

Milei ganhou em 16 das 24 províncias argentinas, desvirtuando os vaticínios que advertiam sobre sua precária organização eleitoral nas regiões.

Se à sua votação acrescenta-se a obtida por Patricia Bullrich na primária da coligação opositora Juntos por el Cambio, a direita argentina chegará à eleição de outubro com 60 por cento das preferências.

Incluso pode se dar o cenário, até pouco impensado, que uma eventual eleição a disputem Bullrich e Milei, se o candidato da situação, o atual ministro de Economia, Sergio Massa, não consiga remontar o terceiro lugar conseguido neste domingo.

O vencedor da jornada eleitoral mantém uma boa relação com Bullrich até o ponto que em algum momento se falou de uma aliança entre eles. Ambos propõem a desmontagem profunda do aparelho do Estado e a eliminação dos programas sociais que beneficiam a milhões de argentinos.

Os analistas concordam que o partido Libertad Avanza, de Milei, obteve resultados excepcionais em algumas províncias, como Córdoba, Santa Fé, Rio Negro, Misiones e a Patagônia.

O que impediria Milei ganhar no primeiro turno, em outubro é a menor votação que obteve na Capital Federal e a Província de Buenos Aires. Esta última concentra 37 por cento do padrão eleitoral. Para ganhar no primeiro turno, o candidato mais votado deverá obter 45% dos votos ou 40% e uma diferença de 10 pontos sobre o segundo.

O único prêmio para o oficialismo é o triunfo nas PASO do atual governador de Buenos Aires, Axel Kiciloff, que pertence ao rim do Kirchnerismo.

(Juan Araya, jornalista chileno)

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