
Foto: Beto Barata/PR
Do blog de Antonio Lassance
por Antonio Lassance
Conluio entre procuradores, juízes e políticos; compactuação com a violência policial; supersalários garantidos e, internacionalmente, sem paralelo.
Estes são alguns dos resultados investigados na tese de doutorado de Luciana Zaffalon, que apresenta um retrato da Justiça e do Ministério Público do Estado de São Paulo, de onde saíram gente da estirpe de Michel Temer, Alexandre de Moraes e Luiz Antonio Fleury Filho.
No artigo
O consórcio bandeirante dos Três Poderes (21/07/2017), Maria Cristina Fernandes, a colunista de política do jornal jornal
Valor Econômico, resume a tese. Segundo a articulista,
Luciana Zaffalon mostra uma clara e prejudicial politização do Judiciário, que acaba anulando o papel de contrapeso que o sistema de justiça poderia e deveria fazer contra abusos.
O ineditismo de sua tese está na demonstração de como a elite judiciária de São Paulo, ao mesmo tempo em que blinda a política de segurança pública do Executivo, tem garantido uma política remuneratória que se vale de subterfúgios para extrapolar o teto constitucional. O dueto é avalizado pela Assembleia, em prejuízo do contribuinte e, principalmente, da democracia. (Maria Crisitina Fernandes, O consórcio bandeirante dos Três Poderes).
Em seu artigo, Cristina Fernandes lembra também de outro expoente, nacionalmente celebrizado, Renato Nalini, do Tribunal de Justiça do Estado, que assim justificou o salário estratosférico de desembargadores:
“Hoje o juiz brasileiro ganha bem, mas tem 27% de desconto de imposto de renda, tem que pagar plano de saúde, tem que comprar terno e não dá para ir toda hora a Miami para comprar terno, a cada dia da semana ele tem que usar um terno diferente, uma camisa razoável, um sapato decente, tem que ter um carro”.
Nalini também “argumentou” que os salários de juízes e desembargadores precisam ser altos para evitar que eles tenham depressão.
A tese de
Luciana Zaffalon só não conseguiu descobrir em que planeta vivem alguns desses desembargadores. No nosso é que não é.
Leia a tese de
Luciana Zaffalon, da Fundação Getúlio Vargas,
Uma Espiral Elitista de Afirmação Corporativa: Blindagens e Criminalizações a partir do Imbricamento das Disputas do Sistema de Justiça Paulista com as Disputas da Política Convencional.
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o “ministério público” do estado de sp…
… uma vergonha !
Evite conviver com gente desse tipo, … afaste sua família da influência dessa gentalha !….
E o foguete ?
Que passou de secretario de justiça de SP , para Ministro da Justiça de Temer ( que poderia ser despedido ), para o STF, com cargo vitalício ?. E tudo isto num piscar de olhos. Penso que tem o mesmo Borogodó do Aécio, aquele que vai morrer sem passar pela prisão, e jamais delatarão nada, nem ninguém. A recompensa é muita ! Vale a pena ser xingado e vaiado.
Alto lá
Acho melhor a autora parar por aí com essa pesquisa, senão daqui a pouco vai descobrir que Democracia, Estado Democrático de Direito, República, etc., é tudo uma grande farsa.
Um acordão entre uma minoria letrada e com posses, para viver as custas de uma maioria desprovida de bens culturais e materiais.
Excelente. Faz tempo que
Excelente.
Faz tempo que critico o Judiciário brasileiro.
http://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/o-poder-dos-juizes-por-fabio-de-oliveira-ribeiro
http://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/o-judiciario-como-instrumento-de-vinganca-partidaria-por-fabio-de-oliveira-ribeiro
http://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/a-terceirizacao-no-judiciario-por-fabio-de-oliveira-ribeiro
http://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/reflexoes-sobre-o-espetaculo-da-lava-jato-por-fabio-de-oliveira-ribeiro
http://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/hannah-arendt-e-o-mal-intencional-dos-promotores-e-juizes-brasileiros
http://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/repressao-e-mimese-social-no-brasil-por-fabio-de-oliveira-ribeiro
http://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/racismo-com-forca-de-lei
Mas eu não tenho nem tempo nem condições de descer aos detalhes. Fico feliz que alguém tenha feito isto.
O estudo das relações ocultas e potencialmente criminosas entre o Judiciário e o governo tucano de São Paulo pode ter aberto todo um novo campo de pesquisa.
Mas não se enganem. Os juízes logo logo tentarão censurar pesquisas semelhantes, inclusive se elas abordarem a colusão entre eles e os crimes de sangue cometidos por policiais e militares durante a ditadura.