A direita liberal foi a grande vencedora das eleições 2020, por Vitor Souza

Os partidos que mais elegeram prefeituras foram o MDB, com 784, seguido por PP, com 685, PSD com 654, PSDB com 520, o DEM, que subiu de 266 para 464 e o PL com 345.

A direita liberal foi a grande vencedora das eleições 2020

por Vitor Souza

Ficamos felizes ao ver que o bolsonarismo tomou dois grandes revezes em 2020. Um com a derrota de Trump nos EUA, o que deixará Bolsonaro completamente isolado a nível internacional. Outra foi que nas eleições de 2020, onde a grande maioria dos candidatos apoiados por Bolsonaro não se elegeram. Com destaque para Crivella no Rio e Russumano em São Paulo, evidenciando a redução de seu capital político.

Por outro lado, a esquerda também perdeu. Saiu menor nessas eleições e é preciso frieza na análise, para não deixarmos nos levar pela emoção de ver o bolsonarismo encolhendo e achar que será a esquerda a ganhar com isso.

O PT continua encolhendo. Não venceu nenhuma capital. E depois de eleger 630 prefeitos em 2012, seu melhor momento, reduziu para 254 em 2016 e 183 em 2020.

O PDT encolheu embora pouco. Passou de 331 em 2016 para 314 em 2020.

O PSB em encolheu de 403 em 2016 para 252 em 2020.

O PCdoB encolheu, passando de 80 para 46 prefeituras.

Apenas o PSOl cresceu, passando de 2 para 5 prefeituras, o que inclui uma capital, Belém, o que nem de longe compensa a queda dos outros partidos de esquerda.

Os partidos comunistas: PSTU, PCB, UP e PCO não tem expressão eleitoral e não elegeram nenhum prefeito, nem vereadores.

Quando analisamos o total da população governados pela esquerda a nível municipal, também observamos significativa redução, puxado principalmente pelo PT.

Quem foi então a grande vencedora foi a “direita liberal” não tão associada a Bolsonaro.

Os partidos que mais elegeram prefeituras foram o MDB, com 784, seguido por PP, com 685, PSD com 654, PSDB com 520, o DEM, que subiu de 266 para 464 e o PL com 345.

Isso nos mostra que a “direita liberal”, (as aspas se devem ao fato que eles apoiaram Bolsonaro quando era conveniente e a maioria continua, de fato, apoiando), foi a grande vencedora dessas eleições e com o enfraquecimento do bolsonarismo e o apoio da grande mídia, serão o principal loco político para 2020.

O grande líder desse bloco é Rodrigo Maia, que tem feito um hábil trabalho de unificar o chamado (pela mídia burguesa) “centrão”, que na verdade é direita sangue puro, fazer este bloco crescer, e fazer um jogo de apoio às pautas econômicas de Bolsonaro e se posicionar publicamente contra as asneiras que este fala, ganhando mais simpatia da população e se firmando como um dos políticos mais poderosos do país.

Agora a direita (alta burguesia, grande mídia, partidos de direita), produzirá um nome “apolítico”, para agradar o eleitorado que odeia o PT, não gosta dos políticos, mas também não quer um estúpido como Bolsonaro no poder. Este se apresentará como “representante da sensatez, sem os radicalismos de Bolsonaro, em da esquerda”.

A mídia já começou seu trabalho pedagógico na produção desse nome ao falar de uma chapa “Luciano Huck e Moro”, que se encaixam em no perfil ‘apolítico” induzido pela própria mídia que demoniza a política para louvar o mercado, o capitalismo.

Fiquemos atentos: um novo herói nacional será produzido pela direita já em 2021, que se apresentará com um salvador da desgraça que Bolsonaro deixará em 2022.

Redação

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