Guedes, a arma de destruição em massa que prepara a invasão, por Frederico Firmo

Guedes já articula a ocupação do pais por empreiteiras internacionais, como a notória Halliburton, que ocupou o Iraque depois da guerra.

Guedes, a arma de destruição em massa que prepara a invasão

por Frederico Firmo

Todos se perguntam, como e porque Guedes não tem um plano para economia. Guedes tem um plano de negócios, e para realizá-los precisa de uma destruição total da economia produtiva, adequar as leis à exploração do trabalho e às leis do mercado. Enquanto nossos economistas continuam batendo palma para  o tal Ajuste Fiscal, os interesses externos e internacionais se movimentam e nossa economia real vai se dirigindo a um abismo. Nossos parvos economistas repetem os mesmos mantras em defesa das bandeiras liberais.  Alguns parecem acreditar na cartilha. A idolatrada Argentina seguiu a cartilha e seu naufrágio não é suficiente para mudarem suas análises.   E nesta toada  a Argentina de hoje será o Brasil amanhã. E Guedes continuará  mantendo a estagnação da economia metodicamente, para que seja mais fácil introduzir as tais reformas e manterá a economia estagnada  até que tenha justificativas suficientes  para  o retorno ao FMI.

O verborrágico e agressivo presidente enunciou de forma clara que está no poder para destruir tudo o que existiu anteriormente. Bolsonaro e Guedes paralisam de forma proposital a economia e estimulam o alto desemprego, que passam a ser a justificativa para a pilhagem de direitos trabalhistas e a criação de oportunidades para investidores estrangeiros. Para o sistema financeiro a promessa ainda não realizada da capitalização da previdência não vai ser abandonada. Esta é a reforma das reformas.

Sem sequer dissimular o desemprego conjuntural é a justificativa para retirar o 13 salário e direito a férias, etc.. Empregados cujas aposentadorias são individualizadas e dependem de fundos de pensão, sem décimo terceiro, sem vários direitos trabalhistas, sem direito a indenização, sem sindicatos, sem saúde pública são o retrato do operariado americano. A tal carteira verde amarelo é na verdade a carteira azul, branco e vermelho, cheio de estrelinhas e vai ser a preferida das empresas estrangeiras que já chegam ao Brasil.

Guedes já articula a ocupação do pais por empreiteiras internacionais, como a notória Halliburton, que ocupou o Iraque depois da guerra. A Halliburton já está no país garantida por pequenas leis e decretos que foram ampliando cada vez mais direitos para companhias estrangeiras. No discurso oficial isto significa abrir o mercado para aumentar a competitividade, porém sabemos que a abertura é acompanhada de ataques à Oderbrecht e outras, o que deixa a Halliburton mais a vontade e sem competição. Nas páginas do google a Halliburton Brasil já oferece empregos. Mas provavelmente contrata apenas quem tem carteira verde amarelo.

Outro objetivo  do projeto golpista é  destruir e ou controlar integralmente a produção de conhecimento e de tecnologia no país. Depois do ataque a tecnologia nuclear, com a criminalização do Almirante Othon, da compra da Embraer, da entrega da tecnologia de exploração do petróleo do pré-sal, a destruição da Universidade da Petrobrás e de seus departamentos de pesquisa o alvo agora são as Universidades Federais e Institutos de Pesquisa.

Alegando a impossibilidade do estado financiar a Educação, usam o orçamento como arma de chantagem para destruir os centros maiores de produção de conhecimento científico e tecnológico, as Universidades. Isto compromete o futuro do país, tirando as chances do país competir científica e tecnologicamente e nos colocando numa condição subalterna. O objetivo é tornar o país um mero consumidor de tecnologia e transformar a educação superior no Brasil num amontoado de empresas privadas geridas pelas tais Organizações Sociais .

Weintraub  assecla de Guedes na educação não tem um plano ou projeto de educação mas sim um plano de negócios. Propõe mudanças administrativas através das quais vai descaracterizar completamente os objetivos e finalidades de Universidades equiparando-as a uma empresa. Surfa no imaginário conceito de que tudo que é privado é melhor administrado. (Este conceito sobrevive até mesmo com as notícias de corrupção , falência e gestão fraudulenta das empresas). Como método para implantação propõe favorecer os setores internos da universidade que já convivem com o mercado que de há muito prestam serviços e consultorias a empresas privadas. Estes setores, muitos dos quais distantes da pesquisa científica e tecnológica estão no momento na franja da universidade, e são principalmente consumidores e ou adaptadores da tecnologia criada alhures e consultores, que sequer convivem bem com os pesquisadores de suas instituições. O tal Future-se é apenas uma forma de, através de mudanças aparentemente administrativas, transformar a Universidade num centro de geração de consumidores de tecnologia com uma administração empresarial. Guedes é sócio de uma empresa educacional que acaba de abrir seu capital para o mercado de ações. Em breve veremos propostas de Universidades geridas por Organizações Sociais de capital aberto, com ações na bolsa de Nova York. Mais uma vez este caminho vai ser pavimentado através dos cortes no orçamento que vão criando nas universidades um estado de penúria e fragilização que as obrigue aceitar o “F -se”. Em mais um exemplo de que “A hora do lucro é a hora do sangue e caos nas ruas.”

A mudança da forma de gestão as Universidades é um passo estratégico similar ao dado com a PEC do orçamento. Enquanto a PEC destrói a possibilidade de um Estado de Bem Estar Social, o FUTURE-SE destrói as possibilidades do país num era onde o conhecimento é a única arma. Vão transformar nossas universidades em meros Colleges.

Não deixa de ser irônico que a Halliburton tenha sido a empresa que toma um Iraque totalmente destruido pela guerra. No Brasil a arma de destruição em massa se chama Guedes que leva a tiracolo  sua arminha chamada Bolsonaro.

Redação

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