Entre as várias funções que um ex-presidente da República pode e deve exercer, uma das mais nobres e singulares consiste na prática do aconselhamento da nação, do povo e dos demais políticos, principalmente em momentos de crise. A experiência e a maior prudência que adquiriu no exercício do cargo o torna voz autorizada para desempenhar esse papel, desmobilizando a marcha da insensatez política que as disputas imediatas e apaixonadas provocam e indicando, com serenidade, caminhos de superação de crises e de construção de um futuro melhor.
Os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Lula parecem viver dois momentos opostos em relação aos seus respectivos legados. Fernando Henrique, que saiu desgastado de seu segundo mandato, age para valorizar seu legado, tarefa que é ajudada pelas crises do governo Dilma e do PT. Lula, por sua vez, vê parte do seu capital político sendo erodida. Tem margem estreita de ação para salvá-la, pois a perda é provocada mais pelas crises do PT e do governo do que propriamente pela ação dele. Na medida em que cada um ainda está escrevendo páginas de sua biografia através da ação politica e como é preciso um distanciamento temporal para que a historiografia possa fazer seu trabalho com serenidade, seria presunçoso emitir juízos axiológicos sobre o legado dos dois ou até mesmo juízos comparativos.
Fernando Henrique e Lula, cada um pelo seu lado, goste-se ou não, ainda são os dois maiores líderes políticos do país. São eles que ainda exercem a maior autoridade política e moral junto a seus respectivos interlocutores e a diversos setores da sociedade. São eles ainda que conseguem perceber, melhor que os outros, a “realidade efetiva das coisas” e de interpor-se à marcha da insensatez política.
Foi Lula, por exemplo, que, durante a campanha eleitoral do ano passado, percebeu a crise do PT, afirmando que o partido havia caído na vala comum, que havia se igualado aos outros partidos, que havia se transformado numa “máquina de fazer dinheiro” e que havia se corrompido. É Fernando Henrique, agora, que se manifesta contra as iniciativas do PSDB acerca do impeachment de Dilma, indagando “como pode um partido pedir o impeachment antes de um fato concreto? Não pode!”. Em Comandatuba, FHC aproveitou a deixa também para posicionar-se contra a redução da maioridade penal, patrocinada pela bancada federal do PSDB.
Degeneração do PT e do PSDB
O fato é que o PT e o PSDB do final dos anos de 1980 e início de 1990, quando Lula e FHC exerciam influência mais direta em suas agremiações, eram melhores do que o PT e PSDB de hoje. Ambos os partidos se corromperam e se degeneraram politicamente. O PSDB se desfigurou enquanto partido que carregava a promessa da social-democracia. O PT se desfigurou enquanto partido de esquerda, que prometia uma revolução social e a ética na política. O PSDB foi tomado de assalto por grupos de interesses particulares, por interposições evangélicas, pela bancada da bala etc. O PT abrigou esquemas corruptos, se afastou do povo e assumiu uma ideologia de “novo rico”. A degeneração do PT e do PSDB bloqueou o processo reformador da sociedade e do Estado brasileiros.
A dialética da disputa saudável e democrática, reformadora das instituições, que os dois partidos poderiam ensejar se transformou em uma dialética de disputa de interesses particulares e de assalto a determinadas partes do Estado para locupletar setores partidários e de seus respectivos satélites. De partidos reformistas que se anunciaram, PT e PSDB se tornaram prisioneiros do atraso, governaram com o atraso e se tornaram o atraso.
Ao reduzir as disputas apenas do poder pelo poder, PT e PSDB deixaram de lado o conteúdo programático e estratégico. O PT sustentou a disputa baseado em slogans vazios: “herança maldita”, “neoliberais” etc. Quando essas fórmulas ocas se tornaram não funcionais e carentes de significados para a sociedade, o partido deixou de ter o que dizer. O PSDB de Aécio Neves pregou o “desaparecimento do PT” e semeou o ódio partidário pelo país. A última campanha eleitoral foi uma das mais andrajosas em termos programáticos e de debate acerca do futuro do Brasil.
Para Sair da Crise Política
Na medida em que a proposta de impeachment namora com o golpismo institucional e que as manifestações de rua começam a perder fôlego, é necessário buscar uma saída para a crise. Cabe ao governo consertar os erros da política econômica cometidos no primeiro mandato. Mas cabe aos partidos, aos líderes políticos e à sociedade civil buscar uma saída para a crise política.
A superação da crise política passa pela reforma política. Sem reformar nossas instituições políticas e eleitorais e aumentar sua eficácia, as crises políticas serão intermitentes. Porém, uma reforma política minimamente eficiente não será realizada apenas pela pressão social. Como não há consensos mínimos para viabilizar uma reforma política adequada, será necessário um acordo político para que ela se torne possível.
É aqui que os ex-presidentes Fernando Henrique e Lula são chamados a exercer o papel de conselheiros da nação. Somente eles são capazes de bloquear a insensatez e o sectarismo e patrocinar um entendimento capaz de possibilitar a reforma política. Evidentemente, outros líderes, a exemplo de Michel Temer e representantes de outros partidos, deveriam participar desse processo. A sociedade civil, que já discutiu propostas e criou fóruns pela reforma política, também deveria participar dessa concertação. É preciso aproveitar esse momento que a crise suscita para reformar as nossas instituições políticas. O Brasil não pode continuar convivendo com essa agonia sem fim, marcada por instituições que não funcionam.
Aldo Fornazieri – Professor da Escola de Sociologia e Política.
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Não acredito que FHC e Lula
Não acredito que FHC e Lula farão esse papel moderador. A história política brasileira mostra que não há limite para a guerra política entre as liderenças civis. O golpe de 64 veio não para impedir uma revolução estilo cubana aqui. Essa é a versão que só cabe a mentes toscas como Lobão e Bolsonoro e gente da Veja. A “justificativa” dos militares para o golpe é que eles julgaram que a guerra entre as principais lideranças civis do país (Magalhães Pinto, Ademar de Barros, JK e o mais incendiário de todos, Lacerda) poderia lançar o país num caos institucional. Basta lembrar que Lacerda fez de tudo para impedir a posse de JK e só e não o conseguiu por causa do general Lott – personagem da política brasiliera infelizmente quase caído no esquecimento hoje.
“Neoliberalismo” é um slogan
“Neoliberalismo” é um slogan vazio? Vá dizer isso na frente de um grego, sr.Aldo.
Outros equívocos do texto: O PSDB era melhor na década de 80, sim, mas não por causa do FHC. Isso era mérito de figuras como Covas, Montoro e Bresser Pereira.
Até vou deixar para lá o fato do articulista reduzir o PT ao seus pecados, como a burocratização que gera corrupção, e omitindo que foi o partido que promoveu uma das mais rápidas transformações sociais da história contemporânea.
Textos como esse não contribuem em nada. Primeiro porque acredita que FHC, viiking da terceira idade, segundo o Nassif, possa ser um baluarte do anti-golpismo. Isso só porque na milésima declaração que dá na imprensa, diz que o impeachment não cabe (agora).
Segundo porque vem com o blabláblá interminável de reforma política, sem tocar no “consenso mínimo’ que está aí na cara de todos. A doação de empresar privadas para partidos, e que o Gilmar não devolve.
Mas o que é Neoliberalismo
Mas o que é Neoliberalismo para você?
Neoliberalismo
Neoliberalismo significa “só o meu grupo pode roubar, o seu não”.
TUCANOS!!!!!
TUCANOS!!!!!
juliano,, veja esse
juliano,, veja esse trecho:
“O PSDB foi tomado de assalto por grupos de interesses particulares, por interposições evangélicas, pela bancada da bala etc. O PT abrigou esquemas corruptos, se afastou do povo e assumiu uma ideologia de “novo rico”.”
ou seja, o PSDB foi vitima de interesses de terceiros, enquanto o PT partiu pra corrupção.
é a velha historia do barboza, moro e gilmar mendes: o PT inventou a corrupção.
as privatizações e seus economistas virando banqueiros, etc não aconteceu pelo motivo de que o PSDB tinha esquemas corruptos, aconteceu pois o “inocente partido “era sim tomado por interesses de terceiros.
ou seja, um texto claramente na linha da criminalização de um só partido, a linha da midiazona, porem travestido de “intelectualidade isenta”.
e digo isso pois me abstraí de FHC em seus discursos pos eleitorais, teoria do sangramento, etc. Agora que ele volta atras, na undecima hora, quando ve que as manifestações refluiram e o golpismo tá mais pra malucos e “impolutos corruptos” , ganha a chancela de ex presidente-baluarte a combater o regresso civilizatorio.
sinto muito, mas este texto enviesado não consegue limpar a barra do FHC pois , queiramos ou não, este senhor tem jogado na manipulação e golpismo atraves de seu pupilo aecio , sem falar na hipocrisia udenista, e por isso faz parte do REGRESSO CIVILIZATORIO
Enfim, o que é
Enfim, o que é a esquerda?
Várias vezes neo ateus se opõem ao que escrevo de forma indignada, dizendo algo como “O Luciano quer dizer que nós somos de esquerda, mas eu não sou marxista”.
Por isso, já passou do tempo de esclarecer bem a questão da esquerda, e EXATAMENTE o que trato quando cito a esquerda.
Uma forma melhor de tratar a esquerda, como um todo, seria como sistema humanista de governo.
O humanismo, naturalmente, não nos diz como gerir economicamente um país, mas dá uma base para todas as ideologias da esquerda.
O humanismo é a crença na idéia de que o homem, por sua ação, poderá criar um mundo perfeito, isento “de males”.
Daí, os sistemas de governo da esquerda traziam a idéia: “Então vamos inchar o estado para fingir que lutamos por esse mundo”. Simples assim.
Muitos religiosos duvidam do paradigma humanista, pois simplesmente acreditam que o ser humano é falível. Digamos que para o religioso o ser humano é um pecador em potencial.
Para chegar à essa constatação, não precisamos nem da religião, pois até alguns filósofos ateus concordam exatamente com a mesma proposição. Como exemplo, John Gray e Arthur Schopenhauer.
Para John Gray, a idéia de que o homem poderá criar um paraíso em Terra através “da ciência” não passa de uma ilusão, um ranço que vem dos tempos do positivismo. E John Gray usa em sua teoria apenas a teoria da evolução. (Por isso, nem todo ateu é humanista, mas quase todo humanista é um esquerdista, e o neo ateu é um humanista radical)
Qualquer conservador, em essência, duvida de qualquer sistema de governo humanista. Portanto, por tabela duvida de qualquer sistema da esquerda.
Marxismo, liberalismo social e social democracia são as três principais alternativas para um sistema de governo de esquerda. E todos são derivados logicamente do humanismo.
O marxismo promete o mundo sem divisões sociais através da luta armada. Já a social democracia promete o mesmo mundo, mas obtido a partir de uma luta democrática. O liberalismo social é o mais facilmente vendável, e hoje atinge o PSDB no Brasil e o governo Obama nos Estados Unidos (lá eles atendem pelo nome de “Democratas” ou “Liberais”), e foca na luta por um mundo sem fronteiras, com “justiça social” e o blá blá blá de sempre.
O neo ateísmo é uma vertente liberal de anti-religiosidade, surgida com o fim de aumentar o poder político dos “seculares”, uma “tropa de elite” de humanistas seculares mais agressivos, sempre com o viés globalista, mania de todo liberal. (Não vamos confundir com liberalismo social, dos “liberais” da esquerda, com o liberalismo econômico, dos conservadores)
Em um post que que fiz em 15 de setembro, Brasil: Game Over OU O Começo da Ditadura Formal, Licorne Negro fez algumas perguntas extremamente relevantes:
Gostaria de saber qual a origem desse delírio esquerdista de achar que todo partido que está na situação é de direita, não importa que seja de esquerda e aja com uma agenda de esquerda, adaptando apenas pontos mínimos (geralmente na economia) devido à necessidade de agir de forma minimamente realista. Isso viria da época de Dom Pedro, em que se dizia que não há nada mais conservador que um liberal no poder? Ou isso faz parte da estratégia gramsciana? Também gostaria de saber porque no Brasil tratamos o PSDB como direita? E porque muita gente diz que nos Estados Unidos só há partidos de direita, mesmo que os Democratas tenham se mostrado esquerdistas em todo seu modo de agir?
Excelente questão, diga-se.
Os fatos são os seguintes.
O PSDB é de esquerda (da linha do liberalismo social) e o PT também (da linha marxista).
É importante notar que o fato do PT ser de linha marxista não implica em que eles tenham que usar a política soviética exatamente como foi feita por lá.
Pelo contrário. De acordo com a estratégia gramsciana, eles podem até utilizar preceitos liberais, uma política de mercado para alguns setores e até aliança com mega-empresários (Eike Batista, Abílio Diniz, Silvio Santos), tudo em nome da obtenção do poder.
Já o PSDB que aparenta ser de “direita” (somente no discurso dos marxistas puristas), no final das contas defende a mesma coisa, só que fez algumas privatizações.
Mas todas as privatizações feitas pelo PSDB foram insuficientes diante do inchadíssimo estado brasileiro.
É aí que temos o cerne da esquerda, da qual ambos fazem parte. Toda a esquerda tem como pilar o estado inchado.
Pois o estado inchado será o “meio” através do qual esses auto-declarados “iluminados” fariam a “justiça social”.
Mas toda essa idéia de que PSDB é de “direita” é derrubada com uma análise de debates recentes dos dois candidatos à presidência.
Dilma Rouseff ataca José Serra dizendo que ele é um “privatizador, que vai privatizar a Petrobrás”. Serra responde que não vai “privatizar a Petrobrás e nem o Banco do Brasil de jeito nenhum”.
Isso é sinal de que temos dois esquerdistas debatendo.
Alguém de direita já diria algo do tipo: “Sim, eu sou a favor de privatizar a Petrobrás, e também o Banco do Brasil, para que o estado receba impostos de ambos, agora como empresas privadas, empresas estas que não poderão mais serem usadas como cabide de emprego para partidos políticos. Em resumo, em um governo meu, as oportunidades de aparelhamento de estado cairiam ao mínimo, pois nas empresas privadas vocês não podem fazer a mesma bandalheira que fazem em empresas estatais”.
Qualquer resposta com um tom menor que este não é de direita.
Quem é de direita simplesmente NÃO CONFIA nas propostas humanistas, que geraram as ideologias da esquerda.
Quem é de direita NÃO CONFIA na Petrobrás nas mãos do estado, pois sabemos que eles utilizarão a empresa como máquina de cargos distribuídos para militantes.
Para alguém de esquerda, é normal a noção de que uma empresa desse porte fique nas mãos do estado. Pois o militante esquerdista tem a CRENÇA de que alguns homens (seriam os “anjos” em Terra, como diria Friedman) estão na missão de levar a “justiça social” através de sua ação, usando para isso “o Estado”.
Assim, não há como confundir esquerda ou direita.
E quando um petralha diz que “PSDB é de direita”, ele está simplesmente executando a Estratégia das Tesouras, de Stalin.
Olavo de Carvalho nos dá mais detalhes, conforme visto em seu texto “A Mão de Stálin está sobre nós”:
A articulação dos dois socialismos era chamada por Stalin de “estratégia das tesouras”: consiste em fazer com que a ala aparentemente inofensiva do movimento apareça como única alternativa à revolução marxista, ocupando o espaço da direita de modo que esta, picotada entre duas lâminas, acabe por desaparecer. A oposição tradicional de direita e esquerda é então substituída pela divisão interna da esquerda, de modo que a completa homogeneinização socialista da opinião pública é obtida sem nenhuma ruptura aparente da normalidade. A discussão da esquerda com a própria esquerda, sendo a única que resta, torna-se um simulacro verossímil da competição democrática e é exibida como prova de que tudo está na mais perfeita ordem.
Resumindo: quando tratamos o PSDB como “de direita”, já caímos na fase em que a estratégia das tesouras está bem desenvolvida em nosso país.
Aqui, no máximo o DEM poderia ser quase um partido de direita.
Mas as declarações de Índio da Costa no mês de agosto, dizendo que “é de esquerda”, causam algum desânimo. E o partido quase inexiste politicamente.
Quer dizer, direita não existe. Temos uma QUASE direita com o minúsculo DEM.
E a partir dali, é tudo esquerda, e isso inclui PSDB, PMDB, PV, PT, PCdoB, PSOL e todo tipo de porcaria.
A pergunta que resta é: como pudemos chegar à esse estágio de dominação esquerdista?
Simples: estratégia gramsciana.
Em raros países a estratégia gramsciana foi executada de forma tão coordenada, utilizando-se inclusive de unidades especializadas de doutrinação em grandes universidades, como a USP.
O senso comum da população brasileira, mesmo que seja um povo inerentemente conservador, está “formatado” para ir pensando de acordo com as ideologias da esquerda.
Tanto que nesse novo universo mental, até mesmo diante de diferentes sistemas de esquerda se convencionou chamar um deles de “direita” e outra de “esquerda”.
Por isso, chegamos à esse estágio de declínio cultural em que grande parte da população sequer consegue saber o que “direita” significa.
Ser de direita significa ser conservador, um adepto do livre mercado, do estado enxuto, da meritocracia, de uma moral objetiva (e não uma “moral fluida” ou “moral discutida”), etc.
Tanto PSDB como PT não tem absolutamente nada do que se esperaria em um partido de direita.
Nos Estados Unidos, os Democratas são um partido de esquerda, e os Republicanos são um partido de direita.
Vemos isso claramente na obsessão pelo estado inchado dos Democratas, como com o “Obama Healthcare”. E a rejeição ao estado inchado é base das manifestações republicanas.
Enfim, a diferença entre direita e esquerda nos Estados Unidos é claríssima.
Quando um petralha diz que “nos Estados Unidos só há partidos de direita”, ele mente no mínimo duas vezes.
Primeiro, por que na verdade, nos Estados Unidos há direita e esquerda, e isso é visto na diferença radical entre as duas propostas.
Segundo, por que no Brasil, o máximo de “direita” que temos são partidos iguais aos Democratas norte-americanos, portanto não faz sentido chamar qualquer grande partido nacional de “esquerda”.
Enfim, aqui vão duas regras básicas para facilitar a classificação:
Se alguém defende o estado inchado, inclusive com manutenção de estatais como Banco do Brasil e Petrobrás na alçada do governo, é de esquerda; se defender a manutenção apenas do básico absoluto com o Estado (como a segurança pública), é de direita;Se vier com conversinhas como “nós lutamos pela justiça social”, é de esquerda, pois qualquer esquerdista tenta “se vender” fingindo que luta por todos, quando na verdade é só busca de autoridade; quem é de direita geralmente diz que “quem trabalha mais, merece mais”, o que pode parecer menos demagógico, mas é mais realista.
Aplicando essas duas regras, que podem ser sustentadas por qualquer investigação na literatura dos autores de esquerda, vemos que nem PSDB e nem PT são de direita.
Aliás, no Brasil, não há direita.
E precisamos de uma direita ativa para fazer a oposição à esquerda.
Até por que os ideólogos da esquerda estão na espiral da bobagem, até por que é difícil encontrar bobagem maior do que dizer que o PSDB é de “direita”.
Se daqui uns 15 ou 20 anos, tivermos uma elite conservadora para fazer contraposição aos ideólogos da esquerda, talvez deixem de falar tanta bobagem.
http://lucianoayan.com/2010/10/16/enfim-o-que-e-a-esquerda/
O mais atraente
Isto quer dizer que a esquerda foi muito mais competente politicamente para chegar ao poder, o discurso esquerdista é mais atraente do que o discurso direitista, mas, se olharmos para a descrição postada das vertentes politicas, o discurso direitista deveria ser muito mais popular, porque isto não aconteceu no Brasil?
Se fizer uma pesquisa popular appontando a proposta entre as duas facções, sera que a proposta da direita seria tão repudiada como quer parecer?
Porque somente a esquerda tem obtido sucesso e se coloca atraente para o eleitor.
Se alguém defende o estado inchado, inclusive com manutenção de estatais como Banco do Brasil e Petrobrás na alçada do governo, é de esquerda; se defender a manutenção apenas do básico absoluto com o Estado (como a segurança pública), é de direita;Se vier com conversinhas como “nós lutamos pela justiça social”, é de esquerda, pois qualquer esquerdista tenta “se vender” fingindo que luta por todos, quando na verdade é só busca de autoridade; quem é de direita geralmente diz que “quem trabalha mais, merece mais”, o que pode parecer menos demagógico, mas é mais realista.
Dentre estas alternativas a proposta da direita seria muito mais atraente, porque acontece o contrario?
O discurso populista seria potencialmente mais fascinador do que o direitista?
O que realemntte faz a roda da historia girar?
Um discurso populista tem
Um discurso populista tem mais sucesso que um discurso republicano, não importa se de direita ou esquerda.
So que nunca vi um de esquerda e republicano.
Republicanismo só existe na direita.
Republicanismo só existe na
Republicanismo só existe na direita.
Pos é, deve ser por isso que a Direita quer o impedimento.
Fala sério rapá!
Entendi. Quer dizer que não
Entendi. Quer dizer que não existiu a direita no Brasil. O Aldo tem razão.
Há uma maneira muito simples
Há uma maneira muito simples e limpa de tratar com a quadrilha tucana:
https://www.facebook.com/ICMSChairman/videos/956474834377894/
modelo norte-americano – o ideal
O modelo norte-americano parece, para mim, o melhor paradigma acerca do comportamento e do papel de ex-presidentes: saiu, um abraço e tchau.
De “homem mais poderoso do mundo” para um mero cidadão comum, que não mais podera imiscuir em absolutamente nada, nada e nada na dinâmica da politica de seu país. Poderão exercer funções APARTIDARIAS por meio de fundações, centros de estudos ou libraries que passam a levar o seu nome. MAS JAMAIS ter ascendencia sobre seu sucessor ou PALPITAR SOBRE QUESTÕES POLITICO-PARTIDARIAS e NEM ACONSELHAMENTO, CONSULTORIA, SUGESTAO OU QUALQUER TIPO “PITACO” que interfira na dinâmica do país.
Juízos axiológicos….!!!@
Juízos axiológicos….!!!@ Seria presunção emiti-los? O maior desemprego da nossa história à época do sociólogo sem sapatos, todas as nossas estatais, as construídas com o dinheiro dos impostos e dos empréstimos, entregues aos credores sem cobrir as dívidas, exceto Petrobras cujo timing da entrega foi jogado mais para diante, porém já em vias de se trocar S por X, o BB e CAIXA, pelas quais salivavam, de há muito, banqueiros impiedosos, inescrupulosos. Muitas famílias a mal se sustentarem, àquela época, com as merrecas dos aposentados, ditos “vagabundos”, velhos que mal podiam comprar remédios para as próprias dores. Humm, “juízos axiológicos”!!!???. Não se pode comparar? Memória axiológica conveniente? Às ruas contra a terceirizacão predadora, troglodita, que redundará na barbárie, no amordaçar da Justiça do Trabalho, em milhões de trabalhadores que serão atirados na avenidona da amargura. 1°de Maio de 2015.
PEDRO DE O LOBO NO CONGRESSO
PEDRO DE O LOBO NO CONGRESSO NACIONAL
Esta história é conhecida. Mas hoje será contada de uma maneira diferente.
Era uma vez num país distante uma oposição ridícula e sua imprensa desonesta que ficavam gritando:
“Impedimento, Impedimento, Impedimento”.
Eles haviam sido derrotados numa eleição. Mas insistiam em fazer a população acreditar que a Presidente era um lobo. A população corria na Internet para verificar o que estava ocorrendo e percebia que a oposição e sua imprensa estavam enganadas, que ambas é que deveriam ser impedidas de continuar a dar alarmes falsos ou falsear a realidade. Na semana seguinte, os alarmistas continuavam:
“Impedimento, Impedimento, Impedimento”.
Uma vez mais a população corre para a Internet. Descobre então que aqueles que acusam a presidenta são lobos velhos procurados pela PF e pelo MPF. Vários deles tem dinheiro sujo depositado na Suíça. A raiva da população foi crescendo. Mas os alarmistas continuaram:
“Impedimento, Impedimento, Impedimento”.
Esta história ainda não chegou ao fim. Se continuar gritando “Impedimento, Impedimento, Impedimento”, na pior das hipóteses os golpistas ficarão mais fracos do que já estão. Na melhor das hipóteses, os alarmistas conseguirão transformar a população no lobo que vai devorar o regime constitucional para poder devorar a própria oposição.
“Mas que boca imensa você tem, mas que olhos grandes você tem, mas que garras imensas você tem…” –disseram os jornalistas e os lobos velhos da oposição
“Ha, ha, ha… – respondeu o Loboviatã desperto – nós temos 180 milhões de olhos na Internet para devorar as mentiras que vocês contaram. E temos 90 milhões de bocas famintas para devorar os próprios alarmistas. Che reimbada inde! Jau ware sche!”
Falta de memória
A única crise real que existe é a de falta de memória histórica .
Vale a pena resgatar três reportagens que ganharam o premio ESSO de jornalismo , com uma distância de 10 anos entre cada uma delas . A única conclusão é que o país está parado no tempo .
1) http://www1.folha.uol.com.br/folha/80anos/marcos_do_jornalismo-03.shtml
Concorrência da ferrovia Norte-Sul foi uma farsa [Reportagem publicada em 13 de maio de 1987] – JANIO DE FREITAS
Empresas vencedoras : Lote 1A, vencedora a Norberto Odebrecht; 2A Queiroz Galvão; 3A, Mendes Jr.; (não existe o lote 4A); 5A, C. R. Almeida; 6A, Serveng; 7A, Egit; 8A, Cowan; 9A, Ceesa.; 1B, CBPO; 2B, Camargo Correa; 3B, Andrade Gutierrez; (4B não existe); 5B, Constran; 6B, Sultepa; 7B, Construtora Brasil; 8B. Alcino Vieira; 9B, Tratex; 10B, Paranapanema, 11B, Ferreira Guedes.
2) http://www1.folha.uol.com.br/folha/circulo/pre_mer_voto_1.htm
Mercado de Voto – Deputado diz que vendeu seu voto a favor da reeleição por R$ 200 mil – 13/05/97 – FERNANDO RODRIGUES
O deputado Ronivon Santiago (PFL-AC) vendeu o seu voto a favor da emenda da reeleição por R$ 200 mil, segundo relatou a um amigo. A conversa foi gravada e a Folha teve acesso à fita.
3) http://www.premioesso.com.br/site/premio_principal/2007.aspx
VOTO COMBINADO NA CORTE SUPREMA – 2007 – Alan Gripp – Francisco Leali – Roberto Stuckert Filho
No trabalho, os jornalistas revelam os bastidores da mais alta corte do país, no primeiro dia do julgamento da denúncia do “mensalão”, ao mostrarem troca de mensagens eletrônicas entre ministros. Após a publicação da reportagem, os ministros Lewandowski, Carmen, e outros citados nos e-mails alteraram seu entendimento, exposto nos diálogos, e aceitaram denúncias de peculato e formação de quadrilha, que cogitavam rejeitar, contra os 40 acusados de integrar o esquema de corrupção.
Destino ou acaso
Não existe êxito econômico sem uma boa condução política. Tem de haver comando político, senão a conexão entre os vários setores da sociedade fica rompido. É um paradoxo que dificilmente interesses conflitantes permitem uma resolução adequada. Se não existe o sucesso na área econômica o governo tem dificuldade de conduzir a politica e para conduzir a politica de forma satisfatória no regime de presidencialismo de coalizão é vital este sucesso. Naturalmente uma coisa exclui a outra e ao mesmo tempo as aproximam.
Para a oposição é interessante que o governo não consiga uma tranquilidade que os mantenha no poder indefinidamente e por outro lado igualmente não é adequado que o caos predomine. Resta ao grupo que esteja no poder equacionar a questão de forma que agrade estes interesses conflitantes. Como fazer isto?
Quem acredita em destino?
Diante do complexismo todo de que se compõem uma sociedade humana o que verdadeiramente dita as regras dos acontecimentos, dos eventos que registram a história da humanidade?
O governo atual sofre de dificuldades politicas quase intransponiveis, diante dos interesses da oposição. Ironia histórica, o governo sofre atualmente das mesmas dificuldades que passaram os governos anteriores diante da insistência e determinação da oposição em chegar ao poder. Os interesses próprios sempre predominaram em detrimento do conjunto da Nação.
A indústria e o setor de serviços são, cada vez mais, faces da mesma moeda. De fato, a mudança do padrão de consumo, a globalização e as novas tecnologias de produção e de gestão levaram a que os serviços passassem a ter crescente protagonismo nas economias.
Pois então, temos aqui um cenário claríssimo da importância daquilo que realmente estabiliza a economia, não há teoria econômica e teses que substituam efetivamente com os verdadeiros fundamentos de uma economia prospera, a saber, o equilíbrio entre a produção e o consumo. Numa ponta, a base da pirâmide que conta com os que ingressam no mercado, os jovens, as pequenas empresas, a atividade economica da informalidade da empresa familiar e na outra ponta a macro economia, que na maior parte do tempo torna-se o sorvedouro do esforço e da riqueza produzida. E no meio disto tudo o mercado financeiro que deveria arbitrar com os esforços agregados do serviço e da industria e é sabido que não é assim que vem se comportando.
Economia prospera é economia estável e no Brasil, isto infelizmente, esta longe de acontecer. Hoje é impossível um pequeno empresário passar a arrebentação das aguas da praia no intuito de navegar no mar aberto. Então a conexão que deveria existir entre as duas pontas que tornam uma economia estável e saudável, não existe. Não existe conexão entre as diversas áreas do espectro econômico, tornar isto possível é o desafio que até hoje tem se demonstrado inalcançável, e não é interessante para cada grupo tornar isto possível para o outro.
A ganacia e o individualismo falam mais alto.
É aqui que os ex-presidentes Fernando Henrique e Lula são chamados a exercer o papel de conselheiros da nação. Cada um a seu modo e interesse vem fazendo isto, nos finalmentes só nos resta ficar na torcida e não perder a Fé.
De novo a falta de noçao desse Aldo…
“seria presunçoso emitir juízos axiológicos sobre o legado dos dois ou até mesmo juízos comparativos”.
Fala sério! Realmente é muito difícil comparar o legado dos dois… Haja cara de pau!