Marisa Letícia, presente!
por Camilo Vannuchi
Neste 7 de abril, Marisa Letícia completaria 67 anos.
Fico imaginando a festança em outros tempos. Teria coelho a los fubangos no rancho de Riacho Grande, um dos muitos que nasceram depois que Baianinho resolveu juntar um macho e uma fêmea no quintal da Rua São João? Fariam um churrasco no Torto? A turma de São Bernardo se reuniria em torno da cachaça de cambuci enquanto planejava o Primeiro de Maio? Teria carteado? Jessé na vitrola? “Rimas, de ventos e velas / vida que vem e que vai / a solidão que fica e entra / me arremessando contra o cais…”
Tenho descoberto Marisa aos poucos, só agora, por meio das entrevistas e da pesquisa que comecei a fazer para escrever um livro sobre ela. Assisto a entrevistas gravadas em 1989, 2002, 2012, vasculho imagens de arquivo, álbuns de fotos, e Marisa, discreta, vai se aproximando de mim, frame a frame, cada vez mais nítida.
Foi em 2007 que fiz a ela o convite para uma biografia. Em 2014 voltamos ao assunto e em 2015 veio o sinal verde. Outros projetos, uma condução coercitiva, dois indiciamentos, uma campanha eleitoral, um PowerPoint e, finalmente, um derrame interditaram nossos planos e transformaram a história que iríamos contar juntos na produção compulsória de um livro póstumo. Vida que vem e que vai…
Tenho descoberto Marisa aos poucos, e me pergunto se sou o único. Marisa viúva no quarto mês de gestação. Marisa militante, fazendo formação política e trabalho de base. Marisa em série e escala, produzindo uma centena de camisetas por dia: o silkscreen mais rápido do ABC. Marisa no DEOPS, visitando o marido preso e transmitindo aos metalúrgicos mensagens de força e esperança. Marisa à frente da marcha das mulheres contra a intervenção nos sindicatos, em maio de 1980. Marisa cabo eleitoral, fazendo campanha, subindo em trios elétricos, acompanhando carreata: uma, duas, três… Marisa mãe e mulher, numa casa com cinco homens, segurando as pontas, zelando pela intimidade dos Silva. Marisa primeira-dama, recuperando o palácio e seu mobiliário, revitalizando a capela, vencendo infiltrações e recebendo elogios de Oscar Niemeyer. Marisa primeira-companheira, aconselhando o presidente mais popular da história deste país.
Por vezes, desconfio que o próprio Lula esteja descobrindo — ou redescobrindo — sua galega agora. Vida que vem e que vai…
Minha personagem torna-se mais fascinante a cada dia. Uma história para ser contada. É o que tenho feito. Certamente, não será um presente para Marisa, mas uma forma de fazer Marisa presente, antes do próximo aniversário. Dicas, orientação, memórias, a colaboração de cada um de vocês, familiares, amigos e apoiadores, será fundamental para o sucesso dessa jornada. Vida que vem e que vai.
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Grande mulher. Com grande
Grande mulher. Com grande emoção só digo: Parabéns !…
Marisa Leticia
Quero editar este livro.
Os anti-petistas sempre
Os anti-petistas sempre tentam diminuir a imagem de Mariza Letícia ao compará-la com Dona Ruth Cardoso, esta, coitada, que mantinha as aparências enquanto podia, para conviver com um homem que não a amava. Mariza pode até ter balançado quando a imprensa quis enfiar na ideia de todos uma mante de Lula, mas o que vimos até o dia em que ambos estiveram juntos foi uma união bonita de se ver. Lula e Mariza eram cúmplices em toda trajetória política dele. E essa foi a imagem que ficou do casal.
Fiquei muito tiste com a morte de Dona Mariza, e acho, como muitos, que aquele coágulo permaceria latente não tivesse ela enfrentado tantos dissabores, agressões e perseguições, em especial aquelas feitas à sua prole, porque uma mãe, que é mãe de verdade, suporta até a fome para não deixar o filho sem pão, mas sofrerá em demasia se vir seus filhos sofrendo.
Queria ser uma mosca pra ver o interior de Moro em relação ao luto de Lula. Pelo que ele tem demonstrado, não vejo dificuldade em crer na felcidade sentida com essa morte.
Parbéns Marisa! Grande
Parbéns Marisa! Grande mulher!
Marisa
Nao compreendo o porque de se escrever um livro sobre essa mulher… Marisa nunca foi nada na vida, nunca se engajou num movimento de ajuda social quando primeira dama; usava e abusava dos cartoes corporativos, pegava um aviao da FAB para fazer escova em SP… Mariza era um verdadeiro zero a esquerda
Leia o livro quando editado e quem sabe compreendera
Zero a esquerda para você. E ainda bem que Dona Marisa não entrou numa de “primeira-dama e trabalho social”. Ela não era uma sem noção como muitos e muitas por ai.
Parabéns Dona Marisa! Nossa
Parabéns Dona Marisa! Nossa eterna Primeira Dama! Na triste ocasião da sua internação, foi através tb de artigos do GGN, que tive a oportunidade de saber mais sobre a mulher que Dona Marisa foi . Fiquei encantada com tamanha firmeza, força e beleza! Uma super mulher, um exemplo pra nós mulheres! Por isso, desejo sorte e, sobretudo muita delicadeza e verdade no olhar e no escrever… Precisamos de biografias de mulheres como Dona Marisa, para nos inspirar! Vida que vem , vida que vai… mas que permanece eterna no nosso imaginário e nas páginas do livro…