Por que tantas mortes por covid-19 no Rio?, por Gustavo Gollo

É extremamente provável que a letalidade por Covid-19 no RJ venha sendo fortemente exagerada, assim como aconteceu no mundo meses atrás

Foto: Reprodução

Por que tantas mortes por covid-19 no Rio?

por Gustavo Gollo

O estado do Rio de Janeiro registrou nesta sexta-feira, 9 de outubro, mais 112 mortes por covid-19 e 1.936 novos casos da doença no período de 24 horas, que se somam a anteriores 19.222 mortes e 282.080 casos.

As comparações com dados de outras localidades mostram que tais números são desconexos: ontem, a França comunicou terem ocorrido 54 óbitos por covid em todo o país, menos de metade das mortes ocorridas no Rio.

O descalabro fica evidente ao considerarmos os 26.896 novos casos da doença registrados na França, um número mais de 13 vezes superior ao do estado do Rio. Conclui-se que a letalidade no Rio foi mais de 26 vezes superior à da França.

Pode-se supor que os lamentáveis números do RJ sejam decorrentes da pobreza, pretendendo tornar verossímil a desastrosa comparação com a França.

A letalidade do covid-19 no RJ, no entanto, é de 6,9%, quase 4 vezes a da Índia, ou 12 vezes a do Nepal, com 614 óbitos em 105.684 casos. A letalidade do covid-19 no Qatar é 0,17%, 40 vezes inferior à do Rio.

Na populosa China continental, desde 18 de abril até hoje foram registrados apenas 2 óbitos por covid, entre 2.800 casos relatados. A China, aliás, é quadragésimo nono país em número de casos, com apenas 0,2% dos casos no mundo.

A China é o quadragésimo nono país em número de casos de covid-19.

É extremamente provável que a letalidade por Covid-19 no RJ venha sendo fortemente exagerada, como vinha sendo no mundo inteiro, meses atrás, o que fica constatado ao se analisar a evolução da segunda onda na Europa, muito mais volumosa, mas muitíssimo menos letal que a primeira.

A possibilidade de que tais mortes estejam realmente ocorrendo no RJ é pavorosa, mereceria atenção imensa.

Em tempo: existem fortes indicações de que o contágio do covid ocorre precipuamente em locais fechados, com circulação de ar inadequada, absolvendo as praias de qualquer culpa sobre a epidemia carioca.

A letalidade da segunda onda na Europa é dezenas de vezes menor que na primeira.
Redação

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