China quer uma missão tripulada à Lua, dizem especialistas

Jornal GGN – Na última semana, a China se tornou o terceiro país a conseguir enviar com sucesso um rover à superfície da Lua, e especialistas acreditam que o país deve realizar, em alguns anos, sua primeira missão tripulada ao satélite natural da Terra. O programa espacial do país tem se desenvolvido tão plenamente nos últimos anos que, dentro de poucos anos, segundo especialistas, o mundo poderá ver uma nova corrida espacial. O avanço chinês no espaço está em debate nos Estados Unidos.

“Eu não estou dizendo que eles [os chineses] estão tentando militarizar o espaço ou ocupar e reivindicar a Lua. Mas há sempre que se considerar a relação entre os países”, avalia Paul Spudis, cientista do Lunar do Planetary Institute. Para ele, a questão não é a presença da China na região lunar, mas a ausência dos EUA. Ele se diz preocupado com um país que, segundo ele, não defende o livre mercado e o que isso poderia afetar como outras nações e empresas privadas operam no espaço. “Eu não acho que seja nada de pânico sobre, mas é algo para se pensar a sério”, diz Spudis.

John Logsdon, ex-diretor do Instituto de Política Espacial da Universidade George Washington, afirma que se a China costuma rivalizar com grandes potências na Terra, eles também o farão no espaço. Isso significa que, em algum momento, pode acontecer uma viagem tripulada à Lua em alguma nova missão chinesa.

A China também lançou vários satélites militares, o que também têm causado consternação entre especialistas norte-americanos. Mas Logsdon pensa que o programa da China tem causado um alarme desnecessário. O que os chineses têm feito, segundo ele, é impressionante, mas ainda há um longo caminho até o envio de uma sonda à Marte, por exemplo. “As pessoas têm extensões de atenção muito curtas. Um ano e meio atrás, os EUA conseguiram colocar um notável rover em Marte, que está produzindo todos os tipos de descobertas”, diz Logsdon.

Interesse dos EUA

Pascal Lee, cientista planetário do Instituto de Pesquisa de Inteligência Extraterrestre, afirma que não discordaria que o programa norte-americano ainda seja superior, mas defende que os recentes sucessos da China precisam renovar o interesse dos EUA no programa espacial porque o progresso de Pequim tem sido constante há anos e as suas missões, até agora, têm sido quase impecáveis.

Além disso, a China parece ter seus olhos em missões mais difíceis em futuro próximo. A missão Chang’e 3 é suficientemente grande para conter muito mais do que o rover Yutu pode armazenar, o que significa que os chineses poderiam usar um robô ainda maior e mais capaz na Lua. Com mais alguns ajustes, eles podem ser capazes de enviar uma ou duas pessoas ao satélite natural da Terra.

“A verdade é que esses eventos são realmente notáveis e eles precisam para obter a nossa atenção. Assim que vermos um astronauta chinês em uma caminhada na Lua, acredito que vai se tornar um interesse nacional dos EUA para voltar À Lua”, afirma Lee.

Com informações do Mashable.com

Redação

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