Human Rights Watch condena fechamento de bairros palestinos

Da Agência Brasil

A Human Rights Watch (HRW) condenou hoje (14) a decisão do governo israelense de fechar bairros palestinos no leste de Jerusalém, considerando que afeta a liberdade de movimento sem resolver um problema específico.
 
“Fechar os bairros de Jerusalém Leste violará a liberdade de movimento de todos os palestinos residentes sem ser uma resposta adequada a uma preocupação específica”, destacou a diretora para a região da organização internacional de defesa dos direitos humanos (HRW), Sari Bashi, em comunicado.
 
Para a entidade, os controles de Israel nas entradas desses bairros são “uma receita para o assédio e o abuso”.

 
O governo israelense decidiu de madrugada aplicar uma série de médias preventivas nos bairros do leste de Jerusalém, que Israel ocupa desde 1967, devido à série de violência que atinge a região desde o dia 1º, quando foram mortos sete israelenses e cerca de 30 palestinos, 11 deles após cometerem ou tentarem cometer atentados, segundo fontes policiais.
 
Entre as medidas mais polêmicas, pela conotação política e em termos dos direitos civis, estão as de isolar as populações palestinas da parte oriental da cidade, destruir as casas dos “terroristas” sem permitir que possam ser reconstruídas e revogar a residência e outros direitos básicos dos que desfrutam pelo seu estatuto de moradores de Jerusalém.
 
Segundo o jornal Yediot Aharonot, 16 dos 26 autores dos esfaqueamentos, das agressões e ataques com armas de fogo dos últimos 14 dias eram do leste de Jerusalém, o que lhes oferece a possibilidade de se deslocar por todo o território israelense.
 
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o seu Executivo ordenaram ainda um aumento do efetivo policial, o reforço, com seis companhias do Exército, da segurança, bem como a destinação de 80 milhões de shekels (cerca de 18 milhões de euros) para recrutar 300 guardas adicionais para proteger o transporte público em Jerusalém, após dois ataques em autocarros esta semana.

 

Redação

4 Comentários

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  1. Einsatzgruppe

    …Aí Benjamin Netanyahu decidiu: “Vamos fazer igualzinho como era em Varsóvia, Lodz, Lublin, Vilno,…Temos que reconhecer: os nazis entendiam da coisa.”

    O Exército Israelense virou uma gigantesca Einsatzgruppe.

  2. Se a ONU realemente não

    Se a ONU realemente não pertecensse ao empresariado multinacional, de origem americana, inglesa, japonesa, israelense e etc.. Já teriam enviado tropas para a região e neutralizado os ataques. Israel tem um poder militar enorme e pode estar dizimando os palestinos a anos e tomando o seu território. Mas é impressionante como estes países só invadem os países árabes e lhe toma os recursos… Está inversalmente proporcional a situação ou só está parcial essa situação?

  3. O levante do gueto de Jerusalém

    Mais um pogrom contra os Palestinos, mais campos de concentração e leis de confisco de bens da etnia considerada inferior pelo regime de apartheid de Israel, mais uma noite de cristrais usada para garantir o lebensraum da raça superior. E o mundo se cala como em Lídice e em outros genocídios, como Ruanda, Armênios, Índia etc. O Tribunal Penal Internacional só serve para julgar africanos e sérvios. Uma farsa! Os EUA estão dominados por financiadores de campanha israelenses, a ONU nada pode, controlada pelos EUA, Inglaterra e França. Até quando se estenderá tanta perversidade contra o único povo no mundo que não tem nacionalidade ou cidadania, os refugiados palestinos de dentro e de fora de Israel? Shame on you Israel e seus apoiadores perversos!

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