Rui Daher
Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor
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Facebookspan, alívio imediato para a dor, por Rui Daher

Facebookspan, alívio imediato para a dor

por Rui Daher

Em excelente texto, “Redes sociais e catarse coletiva”, Ion de Andrade, primeiro, “rouba” o tema que eu analisaria neste irresistível GGN; segundo, deixa espaço para algumas observações do BRD, meio no desvio, no vai-não-vai, sem a colaboração de Nestor e Pestana (N&P), que fecharam contrato de exclusividade com o Facebook depois de árdua disputa com o PSG.

O clube árabe-francês queria contratá-los para contarem quantas pessoas acessarão as bilheterias da Tour Eiffel usando a camisa de Neymar Jr. Ofereciam: dois meses num albergue de 10 euros por dia, camas separadas, banheiro no corredor, vigiado noite e dia por um liberiano que já estivera no Brasil e fora extraditado por assédio sexual a jotnalistas, mulheres ou não. Para a refeição uma baguete por dia para cada um, sobras de uma boulangerie. Salário: fixo mensal de 150 euros e prêmio de 10 euros a cada gol de Neymar Jr.

Passaram-me um WhatsApp perguntando o que eu achava. Perguntei ao Raí: “é fria”. Como não? Ele ficou lá alguns anos, fez sucesso, embora cronistas esportivos (sim, esportivos, não gostam?), insistem em comparar sua cultura à do moleque mais caro do mundo, que “desconfiam”, ao contrário do são-paulino, não irá visitar qualquer museu, não assistirá às palestras na Sorbonne, perderá a música que se faz nos jazz-clubs parisienses, detestará escargot. Aliás, alguns deles se dizem de esquerda. São mesmo, Trajano?

Mas, e o texto do Ion de Andrade aqui reproduzido?

https://jornalggn.com.br/blog/ion-de-andrade/redes-sociais-e-catarse-coletiva-por-ion-de-andrade

Seu faro, ao mesmo tempo em que repara e finaliza muitas discussões nas redes sociais, prolonga-as por muito tempo, até que o Brasil consiga tomar rumo ou, pelo menos ameaçar, não deixar tornarem fácil, a perpetuação do acordo de elites econômicas na confirmação das injustiças sociais.

E aí vou direto ao fígado de quem o nega: mas quem se não a internet e o Facebook, outras redes sociais, comentários em blog, anestesiaram os movimentos de enfrentarem a perda de seus direitos nas ruas? Como inanição, como comodismo, como conformação, desilusão, aceitação daquilo que nos está sendo retirado por uma quadrilha, hoje praticamente unânime em quere-los FORA! Barrigas vazias e nós esperando solução pela internet. calam-se  porque as elites em seus porta-vozes midiáticos mentem.

E o que fazemos, falo sem vergonha, a esquerda, ralhamos em infinitos posts o que sentimos? Pensamos vencer. Ora, à merda. Eles fazem o mesmo sem que ninguém precise se machucar ou morrer. Basta convencer que o perrengue que passamos deve-se ao fato de Lula e Dilma gastarem o que não tinham com os pobres. A culpa vem lá de trás, não da política que hoje fazem para os patrões, um dia, nos devolverem.

Vejam na Venezuela os confrontos e mortes. No Oriente Médio. Em países asiáticos. Os refugiados na Europa ganhando batalhas na porrada e na insistência. Que moleza é essa de ficar terçando palavras no Facebook, minhas ovelhinhas. Querem a sociedade de quarto grau nos seguindo e impedindo a palhaçada desta semana com Temer no Congresso? Pelo Facebook.

À merda! Fechem o Congresso na porrada, façam-no outro.  Haverá mortes? Intervenção militar? Claro e talvez. Ou vamos esperar em 2018 o Lula? Está fora, seus bobos, a eleição com ele candidato, não existe.

https://www.youtube.com/watch?v=T26TXTB0MQE]

[video:https://www.youtube.com/watch?v=NMKF-9ZZyQA

    

 
Rui Daher

Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor

13 Comentários

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  1. Eu me desfilieu

    Eu me desfilieu (descredienciei) do Facebook, grande fonte de alienação social.

    O fiz por não querer ser mais um.

    Preservo minha liberdade, saúde e integridade mental.

    Já há anos apenas encaminho matérias sérias a esse site (na esperança de alguém os leia) evitando ao máximo de acessar o endereço (minha conta) do facebook.

    Também não me alinho aos viciados em Redes Sociais e ao celular, também, instrumentos de alienação e submissão

    Uso o celular como um aparelho de telefone a ser utizado de forma a antiga (ao sair, por exemplo, deixo-o no veículo) ou em carater de urgência. Procuro ser senhor de meu tempo.

    Mas “quem se não a internet e o Facebook, outras redes sociais, comentários em blog, anestesiam os movimentos de enfrentarem a perda de seus direitos nas ruas?”

     

  2. Face, blogs e redes sociais em geral

    Pois é, Rui… Enquanto a esquerda faz catarse nas redes sociais em geral (tem gente que não sebe, mas sinto informar que inclusive este bog é também uma rede social), olha quem toma as ruas:

     

    1. Sem dúvida, Vânia

      Concordo e visto a carapuça, sem dúvida ao proletariado sempre couberam lutas mais específcas do que as mais gerais, estas das vanguardas.

  3. Acredito que muita gente que

    Acredito que muita gente que participa dos blogs de esquerda gostaria de sair às ruas. Mas para isso não seria necessário um comando que representasse esse anseio ? A globo leva a direita para as ruas quando lhe interessa. O poder da mídia corporativa é infinitamente maior. Nassif e Mino Carta não são líderes políticos. A esquerda nunca foi unida e, principalmente, não há um projeto de nação. A direita tem seu projeto: a destruição do estado de bem-estar social. Destruir é bem mais fácil. Por que a esquerda não elabora um projeto viável de país, unindo economistas como Beluzzo, Bresser Pereira e outros homens e mulheres dignos e honrados, de todas as áreas do conhecimento que desejam, de fato, uma sociedade menos injusta ? Tenho certeza que uma iniciativa desse tipo tem poder de mobilização, inclusive para bancar financeiramente esse projeto. Será que esperar isso é uma utopia ?  

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    1. acredito….

      “Seus bobos”, a Esquerda virou Elite. Ou melhor, o que venderam que era Esquerda.  Nunca houve Esquerda no Brasil, segundo Florestan Fernandes. Mas dirão, quem foi este Florestan?! Vaccarezza virou Kassab. Marta virou Maia. Agnello virou Miami. Delcídio virou bilionário. A Imprensa cheia de dinheiro e pedindo mais, para poder informar com méritos, mesmo com méritos não acreditar, insiste neste trauma tupiniquim fisio-ideológico. O Brasileiro não precisa acordar cedo e trabalhar. E defender a si próprio e a seus interesses e direitos. Precisa de um novo Salvador da Pátria. Inovadora esta Esquerda, não é mesmo?! 

    2. Sonho assim, WG

      Acordo, e só vejo as CUT, MTST, MST, UNE, fazendo o que sonhamos. A Globo trabalha nesse sentido, pelo menos, desde a derrubada de Jango. É mais de meio século construindo um ideário que agrade aos ricos e iluda aos pobres. De nosso lado, além dos poucos anos de democracia social, vive fragmentada, até por falta real de caminhos viáveis. Mas creio que algo como você propõe deveria ser tentado.

      Abraços 

  4. Nem tudo está perdido. Abriremos a barriga do lobo e a vovó….

     

    Rui Daher,

    Volto as nossas divergências. Parece-me que você não chegou a ler os três requisitos essenciais e necessários para que tenha ocorrido o impeachment da Dilma Rousseff e que eu vez ou outra apresentei aqui no blog de Luis Nassif. E mesmo que tenha lido, como um bom paulista, talvez você não os tenha aceitado. Apresento-os novamente.

    Se o Brasil apresentasse uma distribuição de poderio econômico e financeiro mais bem distribuído espacialmente, as forças econômicas e financeiras de São Paulo não desfrutariam do poder político que possuem junto ao Congresso Nacional e esse não representaria o que essas forças desejam.

    Se o Brasil apresentasse uma distribuição de renda mais bem distribuída socialmente no país, as camadas mais ricas não desfrutariam do poder político que possuem junto ao Congresso Nacional e esse não representaria o que essas camadas mais ricas desejam.

    E se a ex-presidenta às custas do golpe Dilma Rousseff fosse uma representante da direita, ela não sofreria o impeachment.

    Lá no post “Xadrez da prova que sumiu da Lava Jato, por Luís Nassif” de quarta-feira, 02/08/2017 às 00:35, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria dele, Luis Nassif faz a seguinte afirmação a respeito da atuação do Ministério Público na Operação Lava Jato:

    “E tudo isso se vangloriando de estar enfrentando as forças mais temíveis da Nação – na verdade, um governo mais indefeso do que freira carmelita em cabaré. Quando finalmente estiveram frente a frente com o poder, dançaram. Estão sendo comidos com pão e farofa.”

    Embora não fizesse referência explícita a esse parágrafo era a ele que eu me remetia quando finalizei assim um comentário que que enviei quinta-feira, 03/08/2017 às 00:24, para Luis Nassif lá para o post “Xadrez da prova que sumiu da Lava Jato, por Luís Nassif”. Terminei assim o meu comentário:

    – – – – – – – – – – – – – – – – – –

    “E um dia, . . . . quando aos beijos dos sol, sobrarem as colheitas,

    Quando, aos beijos do amor, crescerem, as famílias”,

    e a esquerda for maioria, e estiver no comando do poder ela terá que perceber que não poderá agir como age a direita diante dos mais fracos.

    – – – – – – – – – – – – – – – – – –

    O endereço do post “Xadrez da prova que sumiu da Lava Jato, por Luís Nassif” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/xadrez-da-prova-que-sumiu-da-lava-jato-por-luis-nassif

    Como houve oportunidade eu voltei ao post “Xadrez da prova que sumiu da Lava Jato, por Luís Nassif” e enviei para  Luis Nassif um comentário complementar, junto ao anterior que transcrevo a seguir:

    -/ -/ -/ -/ -/ -/ -/ -/ -/

    “Luis Nassif,

    Não deixei o link para o poema “O caçador de Esmeraldas” de Olavo Bilac de onde tirei o trecho reproduzido mais uma vez a seguir:

    “E um dia, . . . . quando aos beijos dos sol, sobrarem as colheitas,

    Quando, aos beijos do amor, crescerem, as famílias”,

    Ele (O poema “O Caçador de Esmeraldas”) pode ser visto no seguinte endereço:

    http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/conteudo/OlavoBilac/ocacadordeesmeraldas.htm

    E antes de terminar meu comentário anterior para você aqui neste post “Xadrez da prova que sumiu da Lava Jato, por Luís Nassif” de quarta-feira, 02/08/2017 às 00:35, era intenção minha deixar muito claro o que eu entendia como papel da esquerda e mostrar o quanto é limitado o espaço que ela – a esquerda – pode usar do mundo político, não só porque é minoria, mas porque os valores da esquerda são tais que, ainda que ela fosse maioria, ela não pode agir como maioria.

    E para deixar minha intenção bem clara eu pretendia remeter para o post “Para Deleuze, esquerda ou direita é uma questão de percepção” de segunda-feira, 18/04/2016 às 11:04, aqui no seu blog com chamada por sugestão de Jair Fonseca para vídeo de Gilles Deleuze falando sobre o que seria a esquerda. O endereço do post “Para Deleuze, esquerda ou direita é uma questão de percepção” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/para-deleuze-esquerda-ou-direita-e-uma-questao-de-percepcao

    Recentemente eu fui ao post e verifiquei que o link para o post já não mais existia. Em comentário que enviei sexta-feira, 26/05/2017 às 01:09, para Jair Fonseca, junto a comentário dele enviado segunda-feira, 18/04/2016 às 16:18, lá no post “Para Deleuze, esquerda ou direita é uma questão de percepção” eu deixei o link para outro vídeo que só traz a primeira parte da exposição de Gilles Deleuze. Em buscas posteriores que eu fiz eu acabei encontrando se não em vídeo, mas em transcrição, a segunda parte da exposição de Gilles Deleuze que deveria ser mais bem assimilada pela esquerda.

    Em comentário que eu enviei sábado, 03/06/2017 às 00:24, para Zé Sergio, junto ao comentário dele de quinta-feira, 01/06/2017 às 17:26, lá no post “Canja de galinha não faz mal a ninguém, por Fernando Horta” de quinta-feira, 01/06/2017 às 16:33, aqui no seu blog e de autoria de Fernando Horta, eu deixei o link para a segunda parte do vídeo da exposição de Gilles Deleuze que não estava mais disponível no link deixado lá no post “Para Deleuze, esquerda ou direita é uma questão de percepção”. Vou transcrever então a seguir trecho do meu comentário para Ze Sergio que avalio como pertinente aqui. Disse eu lá:

    – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

    “O que me interessava aqui era fazer referência a segunda parte da entrevista de Gilles Deleuze. Não sei onde há um vídeo disponível, mas há o texto a seguir que apresenta parte da segunda parte da exposição de Gilles Deleuze. O texto denomina-se “De Gauche” e é datado de 22/05/2004 e pode ser visto no seguinte endereço:

    http://1libertaire.free.fr/Deleuze04.html

    E trago a seguir a definição de Gilles Deleuze na segunda parte em que o conceito de ser de esquerda é com base não mais no problema da percepção, mas com base no problema de ser minoria. Transcrevo o trecho a seguir:

    “Deuxièmement, être de gauche, c’est un problème de devenir, c’est ne pas cesser de devenir minoritaire. La gauche n’est jamais majoritaire en tant que gauche. La majorité suppose un étalon. En occident l’étalon que suppose toute majorité c’est: homme, adulte, mâle, citoyens des villes… Par nature la majorité , c’est celui qui à tel moment ou l’ensemble qui à tel momment réalisera cet étalon. C’est à dire l’image sensée de l’homme adulte, mâle, citoyen des villes. Si bien que à la limite la majorité ce n’est jamais personne mais c’est un étalon vide.” [Traduzindo utilizando o Google Tradutor: “Em segundo lugar, ser de esquerda é um problema de se tornar, não é de parar de se tornar uma minoria. A esquerda não é jamais majoritária, sendo esquerda. A maioria supõe um padrão. No Ocidente, o padrão que assume toda maioria é: homem, adulto, macho, cidadãos das cidades … Por natureza, a maioria é aquele que em tal momento ou todo o conjunto que em tal momento realizará esse padrão. Ou seja, a imagem sensível do homem adulto, macho, cidadão das cidades. Assim, no limite, a maioria nunca é alguém, mas é um padrão vazio.”]”

    – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

    É dentro desse contexto do entendimento da esquerda exposto por Gilles Deleuze que eu defendi em meu comentário anterior que a esquerda não pode agir como a direita.”

    -/ -/ -/ -/ -/ -/ -/ -/ -/ -/

    Então, eu queria aqui apenas lembrar dessa dificuldade que é para a esquerda desempenhar o seu papel no mundo democrático. A esquerda é minoria. E a direita não tem a democracia representativa como um mecanismo de proteção dos direitos da minoria. Diante disso a esquerda sente-se esmagada.

    O único trunfo que a esquerda possui é saber que caminhamos em direção a civilização. E a civilização para acontecer vai exigir mais igualdade entre os seres humanos. Então a esquerda está do lado certo e é ela que puxa o mundo para o caminho civilizatório, mas não é possível apressar os passos.

    Assim e antes de mais nada, a não ser como discurso político, a esquerda não pode propagar o “fora Temer”. O “fora Temer” é golpe. E o discurso político de “fora Temer” só é válido se não se quer que ele se realize. Para a esquerda, e, portanto, para o caminhar civilizatório não há nada mais adequado do que a permanência de o presidente antes provisório agora seguramente definitivo, às custas do golpe, Michel Temer. A permanência dele permite revelar em toda a sua inteireza a verdadeira face da direita.

    A esquerda já sabe o seu tamanho. Eu não sabia e só com o impeachment eu vim a saber que a esquerda consiste de menos de um terço da representação. Agora, quem são, quantos são e como eles são é o que de mais importante a esquerda precisa saber sobre a direita.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 06/08/2017

    1. Cléver, caro

      Recomposição de emprego e renda, aparelhos sociais de apoio à miséria que vive abaixo da linha de pobreza, apoio à segurança dos direitos do trabalho, o trebalho e  à produção agrícola familiar, maiores taxas de impostos às fortunas e heranças, regulação do rentismo, reformas previdenciária e trabalhista seletiva para os privilégios dos atuais, barnabés inclusos, e assim iríamos. Precisa ser tão esquerda para o povo brasileiro aceitar e exigir isso?

      Abraços

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