Cafezá na estrada – Catarina e Jarirí, uma paixão sobre-humana.

Éira cumu apagá u fuego di frivura, rélaxemu iguar fexe di taquara cuando ucê tira u márriu deile. Nósi inté vuava di contentamientu, bateu uma fomi adrumicida i u cansassu du cuórpo apareceu fuórti i dilurido. Jarirí mandô u sinar pá Bódim:

– Aqui, mestre! Tamu aqui iguar monti di bósta inprastadu nu chão! Envenha, sarvadô nuósso! Envenha dá adjutório pánósi! Socórri eisses seres cá vida tá massacranu!

I Bódim chegô, surginu alumiadu na lus bôia da lanterna di Jarirí. Os cabelos i u barbão muito brancos deile si tornaram di prata, suganu toda a lus dos raios lançados pelo farolete, num laser filetado pelo verdi brilhanti da mata. Glória, óh personas do mundo da lus! Viva aos vivos da grandeza da vida que lutam pela verdade déila! Não a paimeu e seu bando de mortos, qui num têm nada, a num ser um punhadu di mórti nas manus qui invão isfréganu na cara da vida, cumu ômis sujus qui ispalham a dor na cuórpo du mundo. I Bódim si aproximou, cum o baruio das butinas deile numa poça di água:

Blóg, blog, blog, blóg…I as gotículas d’água, alumiadas pelo farolete, sautitavam du calçadu deile, qui afundavam nu lamaçal aguacento. I Bódim falô:

– Às graça para quem não mi conhéce: Sou Bódim. Vamu, meos bão convidados, arranchar na mia casa. U qui é meo, tumém é ducêis. Vejo côceis estão feitu trapos, pricisanu discansar i cumer. Avante, meos bons amigos!

Indaí, Jarirí preiguntô prele:

– Muitas nóvidades, meo mestre?

– Dilma, nósi vamo vótar na Dilma!

Redação

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