Passada uma semana do lançamento da Carta Manifesto, xs participantes do III Seminário Internacional México, América Central y Caribe, realizado na Universidade de Brasília (UnB), entre os dias 05 e 09 de março, reafirmamos os pontos expressos nesse documento e denunciamos com indignação o Estado de Exceção imposto pelo golpe no Brasil.
O atentado perpetrado na noite de 14 de março na região central do Rio de Janeiro, que executou a Vereadora e socióloga Marielle Franco (PSOL/RJ) e seu motorista Anderson Gomes, marca o fracasso da política militarizada de Intervenção Federal, o agudo processo de desintegração da democracia e o estado de direito nesse país.
Denunciamos que essa política militarizada no Brasil segue as determinações das políticas hegemônicas perpetradas em outras realidades do continente, onde, sob o pretexto de luta contra o crime organizado, militariza-se a segurança pública e se criminaliza os movimentos populares e sociais críticos, provocando grave violações aos direitos humanos e promovendo o assassinato de um crescente número de líderes, militantes e ativistas, sem que as narco-estruturas e a conivência com o poder público sejam contundentemente afetadas.
Frente aos fatos criminosos sucedidos no Brasil, responsabilizamos o governo repressivo e antidemocrático que tomou por assalto o poder. Exigimos a imediata investigação e o julgamento de todxs xs envolvidxs no atentado contra Marielle Franco, e o cesse imediato da criminalização dos setores populares e suas lideranças.
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