O governo de Jair Bolsonaro decidiu cortar o envio de alimentação aos indígenas yanomami propositalmente, mesmo tendo ciência dos problemas e dos pedidos de manutenção da entrega de alimentos às comunidades.
A revelação consta de ofícios encaminhados pela Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), ligada ao Ministério da Saúde, aos Ministérios da Justiça e Segurança Pública e da Cidadania entre junho de 2021 e março de 2022.
Segundo documentação obtida pelo articulista Carlos Madero, do portal UOL, o governo federal foi alertado pela Sesai pelo menos três vezes sobre a situação alimentar dos yanomami e o quanto a interrupção do fornecimento de alimentos afetaria as comunidades.
Vale lembrar que relatório elaborado pela ONG Missão Evangélica Caiuá no início deste ano revelou que a entrega de alimentos aos indígenas era praticamente inexistente – e que tal instituição recebeu R$ 872 milhões nos quatro anos de governo Bolsonaro.
A suspeita de genocídio yanomami é alvo de investigação da Polícia Federal a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). O caso corre de forma sigilosa, sob responsabilidade da superintendência da PF em Roraima.
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Bolsonaro é responsável pelo genocídio Yanomani, sem dúvida. Mas ele não teria obtido tanto sucesso em exterminar os indígenas sem a ajuda do presidente da Câmara dos Deputados. Arthur Lira represou centenas de pedidos de Impeachment criando as condições para que o crime em massa fosse perperado ao longo de um considerável espaço de tempo. Ele também deve responder pelo genocídio. Convencido da necessidade de impedir a consolidação da banalidade do mal instrumentalizada pelo presidente da Câmara dos Deputados representei ele hoje no STF (Protocolo 00695413120231000000, cuja autuação ocorrerá segunda-feira). Lira não deve ser considerado automaticamente irresponsável pelo que ocorreu. Ele também tem que ser processado como co-autor do genocídio dos Yanomami.
Eu quero é ver o fumo entrar no Bozo, safado genocida
“Terceiro Mundo se for piada no exterior
Mas o Brasil vai ficar rico
Vamos faturar um milhão
Quando vendermos todas as almas
Dos nossos índios num leilão
Que país é esse?”
Legião Urbana
O Governo Bolsonaro praticou não apenas genocídio mas também etnocídio, isto é, o extermínio da cultura material e imaterial, contra os Índigenas.
De acordo com o Bolsomerda, ‘há anos um terminal de contêiner no Paraná, se não me engano, não sai do papel porque precisa agora também de um laudo ambiental da Funai. O cara vai lá, se encontrar, já que está na moda, um cocozinho petrificado de um índio, já era. Não pode fazer mais nada ali. Tem que acabar com isso no Brasil. TEM QUE INTEGRAR O ÍNDIO NA SOCIEDADE e buscar projeto para nosso país”.
O Bolsonaro tentou aculturar os Índios à força, tentando fazê-los assimilar a cultura do homem branco. Além de deixar a boiada garimpeira passar para o território dos Yanomamis, o Bolsonaro cortou a assistência a eles e defendeu a aculturação forçada. Nesse ponto, ele tem o apoio do Governador de Roraima, o qual afirmou: “Tenho 260 escolas em comunidades indígenas. Eles querem ser advogados, professores, médicos. Eu acho correto. Eles [indígenas] têm de se ACULTURAR, não podem mais ficar no meio da mata, parecendo bicho. Eles têm de estar lá com condição, com estrada, escola, posto de saúde, fazendo agricultura deles, produzindo macaxeira, farinha”. Eles sabem melhor do que os Índios o que é bom prá estes.