Margarida Maria Alves passa a ser Heroína da Pátria

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Líder camponesa assassinada em 1983 é a força inspiradora da Marcha das Margaridas, realizada recentemente em Brasília

Nome de Margarida Alves é incluído no ‘Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria’. Foto: Marcha das Margaridas

A líder sindical Margarida Maria Alves teve seu nome adicionado ao Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, via lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira.

Nascida em 5 de agosto de 1933 no município de Alagoa Grande, na Paraíba, Margarida Maria Alves foi trabalhadora rural e rendeira, casou-se e teve um filho.

Fugindo dos padrões, ela se tornou a primeira mulher a presidir o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande.

Lutava pelos direitos dos trabalhadores rurais e reivindicava a regulamentação da jornada de trabalho, carteira assinada, férias e décimo terceiro para camponeses da região.

Durante o período em que presidiu o sindicato, fazendeiros e proprietários de engenho receberam centenas de ações trabalhistas por violação nos direitos dos trabalhadores.

Após sofrer uma série de ameaças, Margarida foi assassinada a tiros na porta de casa, aos 50 anos de idade, em 12 de agosto de 1983.

Seu nome e sua trajetória de luta são incentivo para mulheres camponesas, trabalhadoras do campo, indígenas, quilombolas, ribeirinhas e pescadoras na Marcha das Margaridas, que acontece a cada quatro anos desde o ano 2000, e sua última edição foi realizada recentemente em Brasília.

O presidente Lula, que já discursou ao lado de Margarida em 1981, enfatizou que “Margarida é símbolo dessa marcha e de muitas lutas. Inspiração para tantas outras mulheres. Mulheres que seguem resistindo e lutando por um mundo melhor, sendo ainda vítimas de tantas violências”.

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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