A líder sindical Margarida Maria Alves teve seu nome adicionado ao Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, via lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira.
Nascida em 5 de agosto de 1933 no município de Alagoa Grande, na Paraíba, Margarida Maria Alves foi trabalhadora rural e rendeira, casou-se e teve um filho.
Fugindo dos padrões, ela se tornou a primeira mulher a presidir o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande.
Lutava pelos direitos dos trabalhadores rurais e reivindicava a regulamentação da jornada de trabalho, carteira assinada, férias e décimo terceiro para camponeses da região.
Durante o período em que presidiu o sindicato, fazendeiros e proprietários de engenho receberam centenas de ações trabalhistas por violação nos direitos dos trabalhadores.
Após sofrer uma série de ameaças, Margarida foi assassinada a tiros na porta de casa, aos 50 anos de idade, em 12 de agosto de 1983.
Seu nome e sua trajetória de luta são incentivo para mulheres camponesas, trabalhadoras do campo, indígenas, quilombolas, ribeirinhas e pescadoras na Marcha das Margaridas, que acontece a cada quatro anos desde o ano 2000, e sua última edição foi realizada recentemente em Brasília.
O presidente Lula, que já discursou ao lado de Margarida em 1981, enfatizou que “Margarida é símbolo dessa marcha e de muitas lutas. Inspiração para tantas outras mulheres. Mulheres que seguem resistindo e lutando por um mundo melhor, sendo ainda vítimas de tantas violências”.
Leia Também
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.