Xadrez do governo Bolsonaro, por Luis Nassif

Peça 1 – como analisar o governo Bolsonaro

O primeiro cuidado é não tratar o governo Bolsonaro como um todo lógico e irreversível. Nem procurar estratégias geniais em algumas decisões, como o convite ao juiz Sérgio Moro para ser super-Ministro da Justiça, ou a Paulo Guedes para ser o super-Ministro da Economia.

Bolsonaro é tosco como uma rocha ao vento, sem a menor ideia do que fazer no governo, sem noção sobre os limites do poder de um presidente, sequer sobre os limites verbais, muito menos com capacidade para arbitrar a avalanche de questões que exigirão decisão de governo.

Por isso mesmo, assumindo haverá um embate interno entre os diversos atores que integrarão seu governo. No início, haverá um festival de cabeçadas, de impropriedades, de abusos, até que os setores mais articulados comecem a se impor sobre os demais.

As ações posteriores dependerão desse embate de forças, dos quais participarão também agentes de fora do governo, como STF (Supremo Tribunal Federal), mídia, mercado.

O governo será composto por vários subgrupos, sem uma voz de comando da presidência. Nos primeiros meses, haverá movimentos de parcelas da mídia, do empresariado, das forças de oposição prospectando eventuais aliados dentro dessa geleia geral.

Peça 2 – os atores caóticos

Na fase inicial, de caos, haverá dois grupos desorganizados atuando na máquina:

Grupo 1 – os agregados

Um dos riscos de qualquer tomada de cidadela, é o porre dos vitoriosos, o saque que costuma acometer exércitos sem comando e sem hierarquia. Foi assim no governo Collor, com a invasão da turma de Alagoas e aventureiros do Rio de Janeiro e Brasília. Nos primeiros anos, o mesmo problema acometeu o PT, com a ida para Brasília de militantes de várias partes do país, para assumir os novos cargos de governo, sem um acompanhamento e um controle centralizado.

O risco Bolsonaro é muito maior. Com a falta de quadros e de estrutura partidária, aventureiros de todos os cantos se apresentam como postulantes aos cargos de governo. Será a festa dos lobistas de Brasília e receita certa para, em pouco tempo, começarem a pipocar escândalos.

Grupo 2 – o grupo familiar

Junte a turma de Alagoas, no governo Collor, e inclua um amplo componente familiar, com todos os problemas daí decorrentes. Vai-se chegar ao governo Bolsonaro, com a família imperial com três filhos que, até agora, não conheceram limites para palavras e atos.

Antes de sentar na cadeira, um dos filhos de Bolsonaro já cedeu aos encantos da indústria de segurança de Israel – um dos lobbies mais atrevidos do país – e propôs a compra de drones assassinos.

Peça 3 – as referências de poder

Haverá pelo menos três polos de poder disputando espaço:

Polo 1 – a linha dura

É o pessoal mais barra-pesada, os tais dispostos a varrer as esquerdas do mapa da terra. É composta por militares da reserva e lideranças evangélicas. A ameaça da violência difusa ajudará a fortalecer os grupos mais racionais que vierem a integrar o governo.

Polo 2 – o partido do Judiciário

Sérgio Moro representará a violência formalizada, sob controle. Não permitirá extravagâncias, como a criminalização dos movimentos sociais ou o “excludente de ilicitude” – que autoriza comandantes a ordenar a policiais ou militares a execução de inimigos. Mas certamente ampliará o ativismo político da Polícia Federal, COAF (Conselho de Controle de Atividade Financeira), CADE (Conselho Administrativo de Direito Econômico), reforçando o caráter partidário dos tribunais superiores.

Por todo seu histórico e ambição, será o comandante de uma polícia política.

Houve quem sugerisse genialidade de Bolsonaro em convocar Moro. Longe disso. Em caso de desgaste de Bolsonaro, Moro será a âncora para qualquer transição que preserve os instrumentos de repressão política e social.

Polo 3 – a área econômica

Não se minimize Paulo Guedes, embora superministério seja uma engenhoca típica de quem pouco sabe sobre gestão pública. Melhor aguardar as primeiras medidas, algumas vazadas agora, mas sem passar pelo crivo da viabilidade política.

Deve-se olhar com atenção, também, a pauta da infraestrutura – que deverá ficar sob comando militar. Pelo que vazou até agora na imprensa, houve um levantamento bem feito de medidas a serem tomadas para reativar os investimentos, muitas das quais incluídas  em um trabalho minucioso do CGEE (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos) no final do primeiro governo Dilma Rousseff, mas não aproveitados devido ao caos que tomou conta da economia.

Uma coisa são planos, outro é a execução com suas limitações administrativas e políticas. Melhor aguardar.

Peça 4 – a disputa na oposição

Do mesmo modo que no governo, na oposição há uma disputa ferrenha de candidatos se colocando para o segundo tempo do jogo, tendo como mote central o antibolsonarismo.

Há consenso sobre a necessidade de um pacto amplo envolvendo todas as forças democráticas, sem preponderância de nenhuma delas. E até algum consenso sobre os pontos centrais do pacto. Mas cada força esbarra em suas limitações e na não superação de velhas idiossincrasias.

São elas:

O PT

Fernando Haddad emerge da campanha como o candidato melhor colocado para organizar o grande arco da oposição pela coragem, racionalidade e desprendimento com que se conduziu. Mas esbarra em dificuldades dentro do próprio PT, pela resistência da Executiva em dividir poder com outras forças.

A ideia de Haddad como um articulador apenas com aval do PT, com a Executiva preservando o controle do partido, não funciona. Haddad não atingirá seus objetivos de montar o pacto social se não presidir o PT e conduzir as transformações internas em paralelo com a montagem do pacto.

A esquerda não petista

Se não tivesse abandonado a luta no segundo turno, Ciro Gomes poderia ter se convertido nessa grande liderança aglutinadora. Queimou-se com a viagem e com as explosões verbais na volta. Com todos os setores racionais do país preocupados com o avanço da corrente conservadora, soou como um imenso desperdício de energia e de foco Ciro ter se envolvido em querelas de Twitter, e criticar mais o PT que o próprio Bolsonaro.

Os liberais

Já há algum tempo, entre setores da mídia e do clube dos bilionários, têm crescido uma tentativa de refundação do liberalismo econômico – tirando-o da companhia desagradável da direita e da ultra-direita. É um pessoal que tenta legitimar o liberalismo com propostas sociais e, dos quais, o interlocutor mais qualificado tem sido Eduardo Gianetti da Fonseca.

Há a preocupação de que as bandeiras do liberalismo econômico sejam comprometidas por Bolsonaro-Paulo Guedes, devido à ausência total de qualquer sensibilidade para temas sociais e de aceitação da diversidade.

O problema é sua dificuldade em abandonar o discurso fácil do antipetismo, como se fosse possível montar uma frente forte sem o PT.

Em seus artigos semanais, Fernando Henrique Cardoso tem tentado definir os princípios desse novo liberalismo – como um pouco mais de acabamento que as deploráveis definições de Luís Roberto Barroso. É o liberalismo na economia casado com o respeito à diversidade política e econômica, mas mantendo o ferrolho sobre lideranças sociais e do PT.

É por aí que haverá movimentos em direção a Sérgio Moro.

Peça 5 – as instituições

A nomeação de um general da reserva como seu assessor pessoal não foi um gesto gratuito do novo presidente do STF Dias Toffolli. Não precisava exagerar, questionando a designação de golpe para o golpe de 1964. Mas segue a estratégia do Supremo de se aproximar do alto comando das Forças Armadas, como uma vacina contra eventuais loucuras do governo Bolsonaro. As principais manifestações do STF – como a nota oficial contra as invasões de Universidades – foram submetidas ao general para não criar nenhuma fricção com o Alto Comando.

Do mesmo modo, parte da imprensa caminhará nesse espaço, testando os limites da repressão bolsonariana.

Depois, explodirão alguns escândalos aqui e acolá. Mas apenas quando houver sinais consistentes de reversão da opinião pública em relação a Bolsonaro, é que testará passos mais ousados.

Peça 6 – os próximos movimentos

No início do governo Bolsonaro, haverá a tentativa da mídia de naturalizar a verborragia de Bolsonaro e mesmo de minimizar algumas radicalizações políticas. A tendência dessa frente institucional – parte da mídia, Supremo, Procuradoria Geral da República- será a de não tratar o governo como algo uno e indivisível.

Como tentei mostrar, há um xadrez extremamente complexo, com muitos jogadores com interesses conflitantes integrando o governo e a oposição.

Não há como prever cenários prováveis. Os resultados dependerão de inúmeras variáveis que surgirão no decorrer do mandato de Bolsonaro.

Luis Nassif

54 Comentários

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  1. As pessoas que absorveram os

    As pessoas que absorveram os tais Fakes news dificilmente irão acordar e seguirão acreditando em novos fakes news…

    Isso aliado a uma grande mídia que se tornará cada vez mais servil e medrosa e comparsa da demonização do PT vão dar cada vez mais voz sem limites ao dono do cofre das verbas governamentais…

    A reforma trabalhista ganha 4 anos de bolsonaro, não tinha decolado por que a maioria não sabia se valeria a pena adotar antes de uma possível vitória do LULA…

    Um possivel efeito do Moro é acabar com a oposição para 2022!

    Em 4 anos eles vão aprovar uma reforma da previdência atordoando parlamentares e oposição com ações do Moro, a reforma vai acabar saindo e a gosto do patrão…

    A sanha da privatização virá firme…

    Escola sem partido, assassinatos na área rural, das reservas indígenas, quilombolas e a barbárie nas cidades que virá com ou sem atiradores de elite vai pesar muito o humor dos brasileiros dentro do cotidiano…

    Vamos virar um país cinza, mas ainda vivo…

    Se o anti nacionalismo dos militares triunfar acho que não sairemos mais deste buraco…

  2. Se fosse arriscar, arriscaria

    Se fosse arriscar, arriscaria que esse governo não intera 4 anos. Não há nenhum motivo para acreditar que esse time ultraliberal tirará o país da recessão. Haja vista o cenário global muito mais fechado e protecionista, e o Brasil implorando para se desindustrializar. O problema é que isso só aprofundaria ainda mais o ambiente autoritário, e o que resta de  democracia iria pelo ralo. Não tem país que aguente dois impeachment seguidos.

  3. “Liberais”
    Parabens pela boa vontade com os “liberais” brasileiros, Nassif, mas…

    A batida contra os Direitos Humanos vai continuar firme e forte. Os “liberais” daqui jamais, jamais deram uma palavra sobre as violações que ocorrem persistentemente ao longo de decadas. A pecha de “defensor de bandido” é todinha da esquerda, e os tais “liberais” nao vao querer mesmo perder de vez o eleitorado que foi empurrado por eles mesmos para o colo do boçalnaro.

    É esse o pnto de unidade da direita: o neliberalismo tosco (sem qualquer escrúpulo de ser favorecimento bruto e explicito de grupos privados), e a raiva ou desdem com os DHs. Estes sao os dois pilares do antipetismo. Nao se trata de mera implicância, rivalidade ou disputa tática para ocupar o centro.

    Sera, como já foi dito, um governo de ocupaçao: “pegando pesado” com os bodes expiatórios, mais uma agenda antissocial e entreguista furibunda.

    Essa direita que finge ser moderna e civilizada (que se meteu todinha até o pescoço na aventura golpista) é mais provável que bata pra entrar do que pra sair. Duvido que tenham brios para se meterem com asfacçoes judiciárias e com os militares.

    Vão, no maximo, insistir no discurso da “competencia” e da “técnica”, usado desde o começo da finada Nova Republica.

    O FHC está aí, perorando pela formaçao de um novo partido, de “centro”…”de quadros”, acrescento eu com toda ironia que o momento permite.

  4. quando ocorre um curto-circuito ideológico…

    todos que participam do governo tendem à depravação

     

    nada estará sob controle, principalmente a violência, que apenas não será reconhecida ou admitida publicamente

    assim como não haverá ordens escritas

    ( o próprio Bolsonaro já mostrou como será com o tal “não tenho nada com isso” )

  5. Liberais
    Esta certo o Nassif. Como sempre, diga-se.
    Apresentou com ma3stria a forca que participo. Sim, existe um movimento de liberais nas entranhas da direita no Brasil, parcialmente representado por ALGUNS membros do Novo (que pode assumir o papel de oposição da esquerda assim que a nau bolsonaro afundar).
    Esrou articulado com alguns grupos e eles partilham das exatas preocupacoes apontadas pelo Nassif. A falta de acolhimento das pautas sociais tende a deslegitimar as politicas liberalizantes na economia. Temos ate um bolao apostando em quantos meses caí o Paulo Guedes.
    Eu posso citar-me como exemplo. Embora amplamente favoravel as mudancas no estatuto do desarmamento tendo a nao apoiar o governo nas suas medidas intervencionistas como o escola sem partido ou as restrições ao casamento homoafetivo.
    De forma geral os liberais estao reticentes com o governo e nao apostam em politicas liberais de grande impacto. (Militares sao nacionalistas e nao privatistas).
    Algo semelhante tambem existe dentro das forcas armadas que embora contentes com a possivel valorizacao tendem a nao apoiar os arroubos autoritarios. Ate onde vai a fidelidade militar a democracia eu, confesso, nao sei.
    O jogo sera jogado mas ocorreu uma ruptura perceptívele eh cedo pra saber se a democracia sobreviverá mas esse nao sera um governo de quatro anos!
    Existe a possibilidade de uma traição dos profissionais da violência também.

  6. Tempos dificílimos

    Com a liberalização das importações haverá uma queda da pŕodução industrial, queda no nível de emprego, queda na arrecadação de impostos e taxas, aumento da pobreza, e diminuição do mercado interno.

    Com o realinhamento da politica externa, haverá queda das exportações de soja, minério de ferro, e carnes, que com o aumento das importações aumentará exponencialmente o deficit em conta corrente.

    Com a restrição dos financiamentos não haverá recuperação da produção industrial no médio prazo.

    No longo prazo a correção da taxa de câmbio, vai permitir uma lenta recuperação da produção industrial, apesar da diminuição do mercado interno e da queda da arrecadação de impostos e taxas.

    Mas como já foi dito, no longo prazo estaremos quase todos mortos.

    anexo:

     

    1. A soma de “Produtos

      A soma de “Produtos Manufaturados” não se aproxima de 60 bi. Ou faltam dados na lista ou então este valor  é a soma de manufaturados com semi-faturados.   Confere?

  7. Acho que o Nassif é muito

    Acho que o Nassif é muito otimista. 

    Pra mim é bastante claro que os movimentos sociais serão criminalizados, os petistas abertamente perseguidos (sob aplausos da classe média imbecilizada) e vão nos empurrar o neoliberalismo neofascista goela abaixo. E quem se queixar será perseguido pela Gestapo cabloca de Çergiu Morow. Isso tá na cara. E quanto antes abrirmos os olhos pra isso, melhor. 

    Resumidamente, faço meu o comentário, que li em outro lugar: “querem tirar tudo de nós e impedirnos de resistir”. Isso também tá na cara. E quanto antes abrirmos os olhos pra isso, melhor.

    Finalizando: se tem um cara que vale a pena escutar é o Rui Costa Pimenta. O único que, utilizando fartamente a metodologia marxista, acertou TODAS até agora.

  8. O que mais me impressiona é o
    O que mais me impressiona é o cidadão que tenta desesperadamente fazer alarde sozinho despejando seu ódio venenoso gerado pelo sentimento de derrota e frustração pessoal.

    Desprezível talvez seja a palavra mais adequada, prefiro avaliar os resultados da bolsa, dólar e manifestações dos empresarios de todo o país, esses últimos sim devem ter suas opiniões respeitadas, são eles que geram empregos e fazem girar a roda da economia e não “intelectuais” esquerdistas sentados atrás de uma mesa com um laptop aberto fumando um cigarro atrás do outro enquanto constrói suas redações utópicas da teoria da conspiração madrugada adentro.

    Acorde!Estamos num novo ciclo, não há mais tolerância para a baderna, chega de fazer farra com o dinheiro público, essa é a nova regra, não existe diálogo com aqueles que quase destruíram o país. Mais de 50 milhões compartilham da mesma ideia, aceite o processo democrático ou mude para Cuba senhor oprimido.

    Ademais, diante dos dois últimos presidentes que sucederam Bolsonaro é até vergonhoso querer duvidar da sua capacidade intelectual, se o Brasil sobreviveu a Dilma e ao Lula (dois jumentos), está preparado para suportar qualquer coisa que venha pela frente.

    Curta seu ódio sozinho, JÁ VENCEMOS!!!! #B17

    1. Eu já desisti de gastar meu

      Eu já desisti de gastar meu latim com quem não merece. Então, limito-me a deixar-lhe essa singela mensagem: “O tempo é o senhor da razão.”

      Vamos ver quanto tempo vai durar essa arrogância.

    2. Eita burrice.
      É por estas e

      Eita burrice.

      É por estas e outras que acredito que o governo bozo será uma total desgraça.

      “Acorde!Estamos num novo ciclo, não há mais tolerância para a baderna, chega de fazer farra com o dinheiro público, essa é a nova regra, não existe diálogo com aqueles que quase destruíram o país. Mais de 50 milhões compartilham da mesma ideia, aceite o processo democrático ou mude para Cuba senhor oprimido.”

      Vejam só esta pérola. Somente um eleitor do bozo poderia produzir algo semelhante.

    3. Está preocupado com bolsa e

      Está preocupado com bolsa e dolar. Certamente deve ser um milionário que vive de rendas e passa o tempo na internet defendendo outros milionários como ele.

    4. É um boçal que vive numa

      É um boçal que vive numa matrixde auto-ilusão imbecilizada gerada pela GloboNews e Veja.

      É a única coisa que explica tamanha falta de noção.

  9. Bolsonaro não é Collor
    Bolsonaro nunca exerceu cargo executivo não foi prefeito biônico, não veio de família abastada

    Collor não tinha acesso direto via whatsapp aos seus eleitores pra desmentir instantaneamente qualquer denúncia que o prejudicasse

    E Collor não tinha militares ao seu lado pra dizimar oposição, incluindo ai a imprensa golpista

    Imagine se fosse a esquerda que ameaçasse jornal e tv com corte de verbas e não participação em coletivas por críticas ao governo

    Imagine se o pt perseguisse opositores usando a máquina pública e quisesse proibir manifestações

    Collor não fez nenhuma dessas coisas

    Bolso não irá cair porque como ele não decide nada, o que acontecer ele troca a equipe e diz que ta resolvido… E o povo (bolsominions) vai acreditar nele…

  10. Nassif diz que a nomeação de

    Nassif diz que a nomeação de um general como assessor de Toffoli aconteceu para criar um canal entre o STF e os militares a fim de servir como “vacina” contra insanidades bolsonarianas.

    Só que o general foi noemado no início de setembro. Ainda não havia (pelo menos entre os pobres mortais) a certeza da vitória de Bolsonaro. Ou será que havia?

    1. Ou será que havia?

      Havia.

      A certeza está estampada no valor das ações da Petrobrás. Acompanhe o gráfico e verás que tanto maior a confiança na vitória do candidato da direita maior a cotação da ação.

  11. Xadrez do bordel

    Neste momento acompanhar o que dizem os novo atores do novo governo é lembrar um pouco o que se passou com o deslumbramento daquele pessoal do Fernando Collor, chegando no Palacio do Alvorada. A historia e seus ciclos. E apesar de ser bem jovem à época, lembro das falas e quiproquos à gogo. Achava que não poderiamos mais repetir um governo tão caricato. Pois ai esta. 

    Com efeito é dificil prever para onde vai o titanic Brasil porque nem eles sabem extamente o que vão fazer. Mas não são birutas, são despreparados mesmo. Tem-se uma malta – nem é preciso fazer trocadilho – em torno do bolsonaro. A imagem que se tem é de um grupo truculento, indo à frente, retirando do caminho aquilo que podera detê-los e impodo suas “verdades” e miséria intelectual. 

  12. trevas

    “As ações posteriores dependerão desse embate de forças, dos quais participarão também agentes de fora do governo, como STF (Supremo Tribunal Federal), mídia, mercado.”

    Se estiver na pretensão do STF manter um mínimo de autoridade e protagonismo constitucional, além das mordomias e altos salários, é imperativo tirar já o Lula da prisão política. Não o farão. Depois do dia primeiro com o sejumoro no comando da justiça e da polícia politica do Brasil, será impossível. Com isso será sepultada a importância e a relevância das instâncias superiores da justiça. O mesmo se pode dizer para mídia e para o mercado. A prisão do Lula é o avatar da nova ordem. Temer, por sua vez, será poupado visto que já negocia um salvo-conduto com os eleitos. Pode, pela espertise, inclusive se tornar ministro. Ministro da Entrega do Resto do Patrimôonio Nacional.

  13. As linhas gerais da análise

    As linhas gerais da análise do Nassif são lógicas e ainda é cedo para cravar, mas a PEÇA 5 revela muito mais do que aparenta: o STF pedindo aprovação aos generais. Devagar, devagarinho, os generais de toga só vão aceitar o que vai ao encontro de seus valores, de suas preferências, ou seja, nada que lembre a democracia.

  14. A imagem que tenho do futuro

    A imagem que tenho do futuro “governo” é bem parecida com aquelas cenas de filmes de piratas no momento em que se inicia a abordagem do navio-vítima até o momento da partilha do butim. Só que os canhões das escotilhas foram substituídos por celulares com disparos de whastapp.

  15. Moro “Não permitirá

    Moro “Não permitirá extravagâncias, como a criminalização dos movimentos sociais”.

    Gostaria de acreditar nisso. Mas não vejo motivos para crer que ele não permitira isso. Pelo contrário.

  16. o país do algo-rítmo
    esse país, com raras exceções de outorga ao povo de direitos por líderes políticos natos (Getúlio e a ampliação do sufrágio, leis trabalhistas e alta industrialização e Lula com engenharias de educação distrubuição de renda) sempre sambou ao algoritmo de tempestadades autoritárias e policialescas. a esperança deveria vir da casa do povo, ou o Congresso, como poder de fato da escrita. mas as ondas conservadoras que sobrevieram ao legislativo deixaram arrogantes a possibilidade de um maior voluntarismo do executivo, equacionado a um judiciário covarde, pouco liberdade restará senão a da tentativa, como a do grandioso Nassif, de lobrigarmos um fio de razão nesse navegar a esmo a q estamos imersos. porém diriam os poetas: navegar é preciso, viver não é preciso; um lance de dados jamais abolirá o acaso.

  17. Caos

    Com a competência que todos conhecemos, Nassif tentou desenhar, para início de conversa, o caos. Que começou na própria campanha, com as motivações difusas dos eleitores que levaram à escolha do vencedor. E, agora, na mistura de interesses completamente disformes dos diversos atores, tendo em comum, apenas, o sentimento direitista desvairado. Acho extremamente difícil essa “argamassa” dar pega. O “edifício” Brasil não vai se manter de pé, em todos os sentidos. Em suma, o desastre já começou. Salve-se quem puder.

  18. Nassif, você tem apostado que

    Nassif, você tem apostado que setores comandados por militares não vão produzir desastres, mas como vão fazer investimentos públicos com a PEC 95? Isso amarra a capacidade do Estado implantar projetos e alavancar a economia.

  19. Apesar de consistentes e

    Apesar de consistentes e elucidativas no que se propõe, a análise, incompreensivelmente, passou ao largo das Relações institucionais e políticas com o Congresso Nacional e no que se refere ao crucial e estratégico relacionamento com o exterior. A prevalecer 10% das sandices vocalizadas pelo eleito, estaremos mesmo é pebados nessa última. 

    É complicado, beirando ao impossível, projeções sólidas para a atuação do governo. Há um evidente descasamento entre o que – pelo menos até agora – se propõe e as condições dadas. Na seara política, um Congresso pulverizado em termos políticos-partidários, merce das macros tendências ideológicas. Na economia, a recessão com sua face mais cruel: o desemprego e o sub-emprego. E como pano de fundo, um país socialmente convulsionado e com baixa resilência. 

    O que é mais desesperador é a absoluta falta de consonância e e o excesso de incoerência nas propostas. Como priorizar reformas estruturais, mesmo que necessárias, que prescindem de complexas e extensas negociações, a exemplo da Previdenciária, e não medidas que com potencial de minorar, por exemplo, o grave problema do desemprego? 

    Claro que o alardeado problema fiscal, onde a Previdência dá seu quinhão, necessita de enfrentamento. Mas não ao ponto de fazê-lo a ponta de lança de um governo que se inicia num ambiente econômico em retração. Há prioridades e as prioridades das prioridades. 

    Do mesmo modo, como, minimizar, ou até mesmo desconhecer, o que é mais grave ainda, a extrema relevância das relações com o Mundo, ou seja, de uma Política Exterior racional, focada e desprovida de qualquer ranço, se não os interesses do país; em especial os econômicos? É possível imaginar o tamanho da tragédia se se concretizarem as ameaças feitas pelo presidente eleito com relação a esse tema? Mesmo se apreendidas como meras sandices de um inepto tosco?

    Quando ao corpo de assessores super estrelas, tipo Moro e Paulo Guedes, adianto uma suspeita: trarão muito mais problemas que soluções. A conferir.

     

  20. Será que apenas eu notei que

    Será que apenas eu notei que Bolsonaro, nas entrevistas aqui e ali, está com uma expressão de quem está entre assustado e perdido? Em vez de assumir a postura republicana do cargo que virtualmente já é seu, continua disparando ignomínias que, logo ali na frente, precisarão ser postas de lado sob o risco de causar, no âmbito mundial, desastres políticos, diplomáticos e economônicos. Ao que parece, ainda não caiu a ficha de Bolsonaro da importância dele, hoje, para o Brasil. E também da bananosa em que se meteu. Para quem nunca trabalhou na vida e ficou 28 anos na confortável posição de estilingue na sombra do baixo clero da Câmara, a Presidência será um fardo pesadíssimo. Some-se a isso a tese de Sergio Saraiva, publicada neste espaço, de que Moro & cia, na verdade, não foram escolhas de Bolsonaro – mas sim imposição de quem realmente mandará no governo. Não resta dúvidas de que, uma vez Bolsonaro recebendo a faixa presidencial, seu governo começará a ruir no primeiro sinal de fraqueza dele. 

    1. Também notei. Ele é isso

      Também notei. Ele é isso mesmo! Um boçal sem noção e limitadíssimo que falava um monte de bobagens o tempo todo e ninguém ligava, mas agora chegou a hora de mostrar “competência” para além de ofender, difamar e caluniar.

      E como não tem a tal “competência” alguém, mais esperto do que ele, deve ter avisado que é melhor ele não descer do palanque, porque se descer pode acontecer que os milhões de eleitores-otários que nele votaram descubram que ele não é “competente”….

      E como pensar não é forte dele, também é melhor seguir o conselho dos outros, porque se pensar por conta já viu….A casa cai, ou melhor, ele cai…

       

    2. Muitos notaram isso.
      Está

      Muitos notaram isso.

      Está parecendo com o pobretão que ganhou na Megasena e não tem a remota idéia do que fazer com a dinheirama.

      Ou o motivo pode ser outro: imagina que alguém pode eliminá-lo uma vez que o papel dele já foi cumprido.

      Como você disse, ele começa imaginar a encrenca na qual se meteu.

      Deve se apavorar com a idéia de ter que tocar uma simples reunião ministerial.

      Todos que a partir deste momento o cercam enxergarão rapidinho o quão fraco ele é, e ele sabe disso. Ele sabe que não estará mais lidando com a Val do Açaí, mas sim com um monte de cobra.

      A primeira cobra próxima dele é o seu superior de patente.

      A liderança é algo horripilante para quem não tem um fiapo de perfil de líder sequer.

  21. Brasil do Norte e Brasil do Sul.

    Uma das coisas que mais incomodam a política norte-americano são as dimensões e a potencialidade do Brasil em se tornar uma grande nação e fazer sombra ao poder norte-americano na América do Sul. Vire e meche aparece referências que podem ser verdadeiras mentiras sobre a possibilidade de internacionalização da Amazônia. Logo qualquer possibilidade de partir o nosso país em dois ou mais países ficou mais evidente com o famoso Corredor Triplo A levantado pelo ex-presidente da Colômbia.

    Esta teoria conspiratória ficou mais ou menos congelada pela ascensão de Trump no governo norte-americano, que apesar de dizer ter rompido com o acordo de Paris sobre o clima, o país está seguindo a sua parte no acordo, pois a eficiência energética que eles têm vantagens em impor inovações tecnológicas.

    Porém, com as eleições parciais de 2019 nos USA, Trump pode perder a maioria no Senado e Câmara de representantes, com isto ele perderá a possibilidade de impor a sua política naquele país, ou no limite poderá sofrer um processo de Impeachment.

    Caso a derrubada de Trump ou mesmo seu enfraquecimento para as próximas eleições, abre-se uma possibilidade para a volta da política guerreira e intervencionista de Hillary Clinton, que poderá utilizando pretextos ambientais e algum massacre de uma nação indígena, serão pretextos fortes para criar condições de uma intervenção direta ou mesmo indireta no Brasil. Esta intervenção que poderia ser capitaneada pela OTAN, já que a Colômbia é membro desta organização, junto com forças Francesas a partir da Guiana francesa, utilizando o clima e o princípio de autodeterminação dos povos indígenas, quebrar “temporariamente” o nosso país num Brasil do Norte e Brasil do Sul, ficando o norte sobre o domínio “internacional” e o sul com o desgoverno Bolsonaro.

    Toda esta construção política é extremamente difícil, porém com toda a cooperação do governo Bolsonaro, que já começa a ser diabolizado por praticamente todo o mundo, mesmo antes de começar, não é totalmente improvável.

    Se fosse uma simples teoria da conspiração, não teríamos fortes indícios de movimentos e instituições internacionais altamente consideradas ou ligadas aos chamados liberais internacionais se preocupando com isto, por exemplo só para citar alguns exemplos, o pronunciamento oficial da maior revista científica do mundo, Nature, ou a conhecidíssima National Geographic, esta última alia os danos ambientais ao ataque as nações indígenas. Além disto, a rede de TV digital The Young Turks, líder na geração milênio, dedicou um programa de seis minutos com o sugestivo título Brazil’s New President Promises World Destruction.

    A figura caricata de Bolsonaro e de seu vice, general Mourão, são as personalidades mais fáceis de serem odiadas por todo o mundo, e lembrando que a política externa de alinhamento automático com Trump, que já parece que está subindo no telhado da política norte-americana, é um prato cheio para ser o verdadeiro satanás do mundo.

    Qual seria o roteiro para que os pretextos que no momento são somente artigos nos mais respeitados órgãos de imprensa escrita do mundo para justificar uma invasão multinacional no norte do país.

    1º) Um massacre de uma nação indígena (crime de genocídio, levando o Estado Brasileiro ao mesmo nível da Alemanha Nazista).

    2º) O resfriamento dos BRICS com retaliações da Rússia e China, e pior do que retaliações, a perda dos vetos no conselho de segurança da ONU.

    3°) A declaração de Lula como prisioneiro político, classificando o país como uma ditadura.

    4º) A intensificação da perda de áreas da floresta amazônica, crime ambiental, e como dizem os Young Turks, a “destruição do mundo”.

    5º) A vulgarização do desrespeito dos direitos humanos e de minorias como os negros.

    Ou seja, a política errática, truculenta, completamente fora de qualquer padrão de civilidade, transformará o país um Estado Pária, que sem ninguém no Conselho de Segurança da ONU, este poderá dar um salvo conduto para quem quiser invadir o país.

  22. Converso com várias pessoas

    Converso com várias pessoas comuns que veem paralelo entre Bolsonaro e o mito do Collor-caçador-de-marajás com muito receio de uma nova CPMF que também não melhore em nada a saúde, além de um possível confisco da poupança ainda no apagar das luzes da era Temer. 

  23. É preciso que os novos

    É preciso que os novos adeptos incondicionais do atrelamento cego às orientações estadunidenses abandonem o romantismo nostálgico de aliados heróicos dos anos 40 e tentem saber melhor em que novo mundo estarão a viver:

    A Nova Tirania do Dólar contra também aliados

    Por Mark Leonard – diretor do Conselho Europeu de Relações Exteriores.

    Entre os muitos legados que o presidente Donald Trump recebeu de seus antecessores encontra-se um regime de sanções econômicas denominadas “secundárias”, que permite aos EUA barrar da maior parte da economia global aqueles que considerem como “atores malignos”. Sob Trump, no entanto, este sofisticado conjunto de ferramentas tornou-se uma mira para ameaçar os próprios aliados.

    https://www.project-syndicate.org/commentary/trump-secondary-sanctions-eu-iran-by-mark-leonard-2018-10

    E também isto deve ser entendido:

    A Nova Rota da Seda e Israel

    Por Thierry Meyssan – 30 de Outubro

    Pequim desenvolve sem cessar o seu projeto da «Rota da Seda». O seu Vice-presidente, Wang Qishan, empreendeu uma digressão pelo Oriente Médio que o conduziu a, nomeadamente, permanecer quatro dias em Israel. Segundo os acordos já assinados, a China, dentro de dois anos, controlará o essencial do sistema agro-alimentar israelita, da sua alta tecnologia e das suas trocas internacionais. Deverá seguir-se um acordo de livre comércio. Toda a geopolítica regional se verá, assim, virada do avesso.

    https://www.egaliteetreconciliation.fr/La-route-de-la-soie-et-Israel-52663.html

  24. Obrigado pelo texto, Nassif.

    Obrigado pelo texto, Nassif. Me permita chamar sua atenção quanto ao uso que você faz do termo “jogador” ou “jogadores”, traduzindo “player” do inglês de forma literal para temas politico-econômicos e não esportivos. Me parece equivocado. A melhor tradução seria “ator”, “atores”. Abraços

  25. Fernando Henrique deve

    Fernando Henrique deve articular a criação de um novo partido depois que o PSDB virou definitivamente mingau nessa eleição. Nao me espantaria se até o Ciro Casca-Grossa fosse atraido para essa nova agremiação.

  26. Vencer as eleições é uma

    Vencer as eleições é uma coisa, governar é outra completamente diferente. O governo Bolsonaro tem tudo para ser um retumbante fracasso!

    1. Mas pode virar o jogo

      Está batendo cabeça, pelo menos é o que a mídia indica e a discussão sobre o ministério da Agricultura e Meio Ambiênte confirmam, aparentemente.

      Mas é coisa fácil de resolver, 15 minutos, basta usar a Astrologia, o Tarot e a Geometria para montar um ministério que tenha unidade, univocidade e qualidade com os assuntos de Estado do Brasil. 

      Funcionará como passe de mágica.

  27.  
     “As principais

     

     “As principais manifestações do STF – como a nota oficial contra as invasões de Universidades – foram submetidas ao general para não criar nenhuma fricção com o Alto Comando.”

    Ah! Então é essa república em que nós vivemos? O Judiciário se submete às Forças Armadas.

    Opa! Mas aí não é ditadura? 

    Só o otimista Nassif para minimizar a nomeação de um general pelo presidente do Supremo! Estratégia agora virou sinônimo de sabujice?  Ou é de submissão?

    E o Sérgio Moro travestido de Eliot Ness, hem? Será que o Gilmar Mendes vai continuar garantista?

    E o nosso Duterte? Que papel fará na entropia Brasil?

    Quando eu era adolescente achava que o Hitler era louco. Sua figura bizarra e o holocausto me faziam ter essa impressão. Só quando li o livro “A Escolha de Sofia” é que  entendi o nazismo como um sistema político e ideológico. Convenhamos que Bolsonaro não está a altura de um Hitler. É um obtuso autoritário que, além de pregar a violência e o desrespeito às minorias e membros de partidos políticos de esquerda, não tem a mínima noção do que fazer com o país. Hitler tinha um projeto para a Alemanha.  Errado, mas tinha. O nosso Duterte plana numa nuvem de violência, obscurantismo religioso e ignorância. 

    Suas posições a respeito da política externa do país é de uma imbecilidade inacreditável. Mas mais inacreditável ainda é que em sua base de apoio estava o agro negócio e o empresariado  que serão afetados diretamente pela sua ignorância a respeito da correlação entre política externa e exportação. As associações que representam esses empresários não contam com assessoria? Ou será que esses empresários tem o mesmo nivel educacional e intelectual do Jair? Em sendo assim tem razão o Paulo Guedes quando diz que vai salvar a industria apesar do industriais brasileiros.

  28. um governo popular de direita

    É bom considerar nas possibilidades que antes de assumir ele rasgue a cartilha neoliberal.

    E faça um governo pragmático, de olho nas eleições de 2022.

    Pode ser até que o Paulo Guedes  fique fora do novo governo, caso não consiga demonstrar que não haverá aumento do desemprego e aumento da falência de empresas.

    Ou se enquadre, nas diretriz, e abandone a liberalização das importações e as jogadas com a taxa de câmbio,

    Há indicações iniciais de que haverá eleições de 2020, aí o jogo é outro.

    Ainda mais imprevisível.

    Inclusive com aumento do Bolsa família, pode até mudar de nome, e retorno dos financiamentos do BNDES.

  29. Uma insurreição no horizonte

    Esse negócio de liberar porte de arma, é uma faca de “dois legumes”

    Vai armar a população, que  boa parte ficará desempregada, sem rumo e casa para morar.

    Já imaginou uma manifestação antigoverno, com milhares de pessoas armadas, a polícia pode até atirar, mas tem grande chance de sofrer grandes baixas.

    Além disso vai diminuir o tráfico de armas, basta assaltar uma loja de vendas de armas e munição.

    Para quem ataca delegacias, faz resgaste em presídios, assalta carro-forte, invade quartel do exercito, assaltar uma loja ou um caminhão com transporte de armas, vai ser fichinha.

    Além disso numa situação insurrecional, não precisaria ir ao quartel buscar armas, bastaria procurar a loja de armas mais perto.

    É bom pensar muitas vezes antes de liberar o porte de arma.

    Hoje ele tem 55% dos votos válidos, 37% do eleitorado, mas amanhã, com a aprofundamento das políticas neoliberais na economia, ele pode ser um novo Temer, ficar com 3% de aprovação.

    Se liberar o porte de armas, pode preparar além de colete, capacete, carro blindado, e muito mais.

    Lembrando também que houve a promessa de liberar geral na caça a animais, e ninguem caça com um 38, e sim cim rifle e com mira a laser, de preferẽncia.

     

     

  30. Nassif,
    é com muita tristeza,

    Nassif,

    é com muita tristeza, mas sabendo que sempre encontramos outros espaços colaborativos, que encerro esse longo relacionamento

    vejo com nitidez uma atuação coordenada e provavelmente remunerada para tornar esse um espaço de ataque ao pt por parte de comentaristas ciristas

    não consigo imaginar que uma pessoa de esquerda passe o dia a repetir os mesmos argumentos, impedindo a discussão, rebaixando seus “adversários” a fanáticos, a corruptos …

    o blog não percebe que seja qual for o assunto despejam-se comentários criticando a hegemonia do pt
    é o equivalente cirista do kit gay

    sinto saudades de tantos comentaristas que não oferecem mais contribuições

    repito sugestão que se fará necessária mais cedo ou mais tarde: a toxicidade crescente da área de comentários deve oferecer proteção aos comentaristas que não querem se deparar com os mesmos assuntos, os mesmos colegas comentaristas dizendo a mesma coisa 3, 4, 5 vezes em cada post.

    mais ainda, em era digital, quero poder não receber posts do Aldo Fornazieri, por exemplo.

    isso aqui não é tv a acabo, em que sou obrigado a aceitar canais que não me dizem nada para assistir aos que me interessam

    mas sei que muitos admiram o Aldo, eles continuaram recendo as seus artigos

    bom, mas isso agora não é mais comigo

    estejam com deus, estejam em paz!

    adeus

  31. Bolsonaro é o governo temer

    Bolsonaro é o governo temer versao 2.0, a continuidade de um governo para 1% da população

    E Sérgio moro  nao merece somente o ministério da justiça mas também o Oscar de melhor ator estrangeiro

    Quebrou a maior empresa privada da América latina e com ela evaporou centenas de milhares de empregos

    Manipulou o resultado de uma eleição e agora se diz “isento”

    Só mesmo uma imprensa calhorda e um país medíocre pra cair nesse engodo

    E quando a crise econômica emergir com força todos abandonam o barco e Sérgio moro vira presidente ou até lá se torna um Gilmar Mendes 2.1

    Tô te dizendo

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