Câmara “corrige” passado e cassa mandato de Natan Donadon

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
[email protected]

Jornal GGN – Uma “correção” ao ocorrido em agosto de 2013 – assim foi o clima enfrentado no Plenário da Câmara dos Deputados, na noite de ontem (12), quando o mandato de Natan Donadon foi cassado, por 467 votos favoráveis e uma abstenção, com as novas regras de votação aberta.

“Não foi uma noite prazerosa, foi uma noite constrangedora, mas esta Casa tinha de realizar esta sessão e cumpriu o seu dever honrando a primeira votação de perda de mandato com o voto aberto”, disse o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves.

O marco de, em agosto do ano passado, Donadon ter seu mandato assegurado por 233 votos a favor da cassação, 131 contra e 41 abstenções, foi o que impulsionou o Congresso a instaurar a PEC do Voto Aberto. Os resultados são visíveis, quando de secreta passou a serem expostas as escolhas de cada deputado.

Até então, o voto secreto acobertava os parlamentares processados. “Agora, com voto aberto, vamos tentar recuperar a imagem do Parlamento da triste noite de agosto de 2013”, disse o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR).

“Temos um dever moral e ético com o nosso País, a não ser que queiramos deixar esta Casa na lama”, disse o deputado Fernando Francischini (SDD-PR). “Foi o pontapé de que precisávamos”, comentou Ivan Valente (Psol-SP).

A abstenção veio de Asdrubal Bentes (PMDB-PA), que afirmou não se sentir apto a julgar Donadon por também ter sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal. Ele responde processo por fazer cirurgias de esterilização a mulheres em desacordo com Lei de Planejamento Familiar.

Com informações de Agência Câmara.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Constrangimento?

    Não há porque ficar constrangido com a cassação de um político condenado por desvio de verbas públicas. Vocês do legislativo não fizeram mais que a obrigação, afastando (pelo menos este) sujeito do cargo que ocupava.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador