Jornal GGN – Uma “correção” ao ocorrido em agosto de 2013 – assim foi o clima enfrentado no Plenário da Câmara dos Deputados, na noite de ontem (12), quando o mandato de Natan Donadon foi cassado, por 467 votos favoráveis e uma abstenção, com as novas regras de votação aberta.
“Não foi uma noite prazerosa, foi uma noite constrangedora, mas esta Casa tinha de realizar esta sessão e cumpriu o seu dever honrando a primeira votação de perda de mandato com o voto aberto”, disse o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves.
O marco de, em agosto do ano passado, Donadon ter seu mandato assegurado por 233 votos a favor da cassação, 131 contra e 41 abstenções, foi o que impulsionou o Congresso a instaurar a PEC do Voto Aberto. Os resultados são visíveis, quando de secreta passou a serem expostas as escolhas de cada deputado.
Até então, o voto secreto acobertava os parlamentares processados. “Agora, com voto aberto, vamos tentar recuperar a imagem do Parlamento da triste noite de agosto de 2013”, disse o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR).
“Temos um dever moral e ético com o nosso País, a não ser que queiramos deixar esta Casa na lama”, disse o deputado Fernando Francischini (SDD-PR). “Foi o pontapé de que precisávamos”, comentou Ivan Valente (Psol-SP).
A abstenção veio de Asdrubal Bentes (PMDB-PA), que afirmou não se sentir apto a julgar Donadon por também ter sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal. Ele responde processo por fazer cirurgias de esterilização a mulheres em desacordo com Lei de Planejamento Familiar.
Com informações de Agência Câmara.
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Constrangimento?
Não há porque ficar constrangido com a cassação de um político condenado por desvio de verbas públicas. Vocês do legislativo não fizeram mais que a obrigação, afastando (pelo menos este) sujeito do cargo que ocupava.