Eleição no Senado vira 4º turno entre Lula e Bolsonaro, além de embate com STF

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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"Rogério Marinho representa o resgate dos nossos valores no Senado", diz Jair Bolsonaro em videochamada; assista

Rogério Marinho, senador eleito pelo RN, foi ministro do Desenvolvimento no governo Bolsonaro. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Rogério Marinho, senador eleito pelo RN, foi ministro do Desenvolvimento no governo Bolsonaro. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O início dos trabalhos legislativos, com eleição para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado, na terça-feira (1º), virou uma disputa de 4º turno entre Lula e Jair Bolsonaro, além de mais um confronto entre bolsonarismo e instituições do Poder Judiciário. Ao lado do Tribunal Superior Eleitoral, a Suprema Corte tem adotado medidas na tentativa de conter os golpistas.

Enquanto Lula apoia a reeleição de Rodrigo Pacheco ao comando do Senado, Bolsonaro decidiu apostar na candidatura do senador Rogério Marinho.

Há uma leitura de que, com Marinho na presidência da Casa, o bolsonarismo poderia não só travar pautas de interesse do governo Lula, como também ameaçar ministros do STF com processo de impeachment.

Líder do governo no Senado, o senador Randolfe Rodrigues disse que a candidatura de Pacheco representa a força das instituições contra o discurso golpista.

Na noite de segunda (30), Michelle Bolsonaro representou o marido Jair – que segue nos Estados Unidos – num jantar do PL. Numa videochamada, Bolsonaro mandou recado a Marinho:

“Se o Marinho estiver por aí, um abraço! Vamos juntos porque você representa muito mais que um partido. Representa o que o Brasil quer para o Senado. Resgatar nossos valores, a volta da democracia, da liberdade, tudo aquilo que mais preservamos: o convívio pacífico, ordem e progresso. Boa sorte a todos. Se Deus quiser, até a vitória no dia 1º, disse Bolsonaro.

Afronta ao STF

Em coletiva de imprensa, o filho de Jair Bolsonaro, senador Flávio Bolsonaro, deu o tom de como a disputa pela presidência do Senado também serve para inflar o embate travado pelos radicais contra as instituições, sobretudo o STF e o Tribunal Superior Eleitoral.

“A pacificação do país passa por um Senado independente”, defendeu Flávio Bolsonaro. “Queremos um presidente do Senado que garanta as prerrogativas dos senadores. Estamos aqui hoje com senadores preocupados com o que vão falar na tribuna, porque não sabem se vão ser punidos. Não tenho dúvida que Rogério Marinho vai trazer isso [tranquilidade para falar o que quiser] para todo o Brasil“, finalizou.

Nas redes sociais, bolsonaristas e lavajatistas estão mobilizados pela candidatura de Marinho. O senador do Rio Grande do Norte ganhou apoio de figuras como Sergio Moro, Hamilton Mourão e Alessandro Vieira.

Quem vai vencer: Marinho ou Pacheco?

Em entrevista à GloboNews na tarde desta terça (31), o senador Humberto Costa (PT) confirmou que a eleição para a presidência do Senado virou uma disputa de visões de mundo.

“É como se os bolsonaristas estivessem novamente em campanha eleitoral”, observou.

Apesar da mobilização da oposição, o senador petista aposta na vitória de Pacheco e ainda projeta que o placar será de 53 votos contra 47.

Enquanto isso, nas redes sociais, até influenciadores como Felipe Neto passaram a comentar a eleição no Senado.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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  1. Olho no Valdemar. Todo e qualquer movimento dele é orquestrado para confundir. Essa das minutas mesmo… só cai nessa quem quiser. Seu objetivo imediato é a Presidência do Senado.

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