CPI da Pandemia aprova quebra de sigilo de Ricardo Barros e de bolsonaristas

Pessoas responsáveis por disseminação de notícias falsas viraram alvo de investigação; Coaf deve transferir dados para a comissão

Foto: Pedro França/Agência Senado

Jornal GGN – A CPI da Pandemia aprovou a quebra de sigilo fiscal e financeiro de responsáveis por sites que disseminaram notícias falsas ao longo da pandemia de covid-19.

Ao todo, foram aprovados 187 requerimentos propostos pelo relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) deve transferir dados sobre pessoas ligadas a empresas de comunicação que seriam disseminadoras de fake news.

Entre os alvos da investigação, estão os responsáveis pelos sites Instituto Força Brasil, Renova Mídia, Terça Livre, Jornal da Cidade Online, Conexão Política, Crítica Nacional, Senso Incomum, além de uma série de perfis em redes sociais.

Segundo a Agência Senado, também foi aprovado um pedido para que o relator do inquérito sobre fake news, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Morais, compartilhe relatórios sobre casos de desinformação.

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Os senadores aprovaram ainda a quebra de sigilo de pessoas ligadas a Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos: podem ter quebrados seus sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático Márcio Luis Almeida dos Anjos e a Global Gestão em Saúde.  

A transferência de dados fiscais de Frederick Wassef, Danilo Berndt Trento, Danilo Cesar Fiore, Gustavo Alexandre Gaspar de Oliveira, João Vitor Maximiano, José Carlos da Silva Paludeto, Marcelo Bento Pires e Thais Amaral Moura foi igualmente aprovada, assim como a quebra de sigilos de dados do deputado Ricardo Barros (PP-PR) mantidos pela Receita Federal.

Quanto aos próximos depoimentos, os senadores aprovaram a convocação dos diretores do FIB Bank Garantias, citada no depoimento do advogado da Precisa Medicamentos, Túlio Silveira, além da convocação e a quebra dos sigilos do empresário José Ricardo Santana e de Jaime José Tomaselli, executivo da World Brands.  A CPI convocou ainda Emanuel Catori, um dos sócios da Belcher Farmacêutica.

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Redação

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