Dilma anuncia novo ministério hoje; confira as principais mudanças

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Na dança das cadeiras para agradar o PMDB, grupo de Michel Temer sai fortalecido; de Renan Calheiros, estável, e de Eduardo Cunha, contemplado

Jornal GGN – O anúncio da reforma ministerial pela presidente Dilma Rousseff está agendado para a manhã desta sexta-feira, 2 de outubro. Mas já na noite anterior, o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, divulgou aos jornais os nomes dos dois deputados confirmados para o primeiro escalão do governo: Marcelo Castro assumirá a Saúde, no lugar de Arthur Chioro (PT); e Celso Pansera ficará no Ministério da Ciência e Tecnologia, no lugar de Aldo Rebelo (PCdoB), que substituirá Jaques Wagner (PT) na Defesa – este, por sua vez, vai para a Casa Civil, configurando o gesto mais inesperado de Dilma em toda a reforma.

No quadro esboçado até então, o PMDB da Câmara sai inevitavelmente contemplado. Dilma teria sido convencida por Lula a fazer uma reforma com caráter político para frear as ameaças de impeachment e aprovar as medidas do ajuste fiscal necessárias à recuperação da economia.

Nos bastidores, ventilou-se uma disputa interna entre os grupos do vice-presidente Michel Temer, que queria garantir espaço nos ministérios mais expressivos, e o grupo de Cunha e Picciani, que almejava o mesmo. Ao final, Dilma acabou cedendo à influência do presidente da Câmara e aceitou Pansera – classificado por réu da Lava Jato como “pau mandado de Cunha” – como ministro. Mas em 2011, Cunha também fez “lobby” para que Marcelo Castro assumisse o Ministério do Turismo.

Leia mais: A rede de escândalos em torno dos ministeriáveis do PMDB

O placar até aqui mostra que Temer conseguiu emplacar nas pastas com mais possibilidade de executar grandes projetos seus aliados políticos. A tendência é que Eliseu Padilha continuará na Aviação; Henrique Alves será preservado no Turismo e Helder Barbalho, atual titular da Pesca, irá para Portos – pasta na qual Cunha estava de olho -, contemplando também, dessa maneira, o PMDB no Senado.

A Casa presidida por Renan Calheiros, aliás, conseguiu manter os assentos de Eduardo Braga (Energia) e Kátia Abreu (Agricultura).

Até a noite desta quinta-feira (1), o PDT havia aceitado assumir o Ministério das Comunicações, hoje comandado por Ricardo Berzoini (PT). O petista deve assumir a Secretaria de Governo, que unirá os setores de Relações Institucionais – cargo ocupado, desde abril, por Temer – e a Secretaria Geral da Presidência, onde está Miguel Rossetto (PT).

Segundo informações do G1, Rossetto vai liderar a fusão dos ministérios do Trabalho e da Previdência Social. Ele será assessorado por Carlos Gabas, atual ministro da Previdência, e pelo ex-presidente da CUT, José Lopez Feijó. O titular do Trabalho, Manoel Dias (PDT), tende a deixar a Esplanada.

A união das secretarias de Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos tem como favoritas as deputadas Benedita da Silva e Moema Gramacho, segundo informações de O Globo.

Tereza Campello deve ser preservada no Ministério do Desenvolvimento e Combate à Fome.

Aloísio Mercadante retornará ao Ministério da Educação, no lugar de Renato Janine.

4 Comentários

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  1. O dia do fico!

    Tudo como previsto desde a semana passada. O PMDB engordou mais um pouco e deve diminuir um pouco o tom da chantagem ou achaque, como preferir. Mas e o Zé? O Zé fica ?

  2. CGU a salvo!

    Felizmente desistiram da ideia esdrúxula de desmantelar a CGU. Estamos felizes com a autação dos parlamentares, que nessa hora deixaram as diferenças de lado para apoiarem a mesma causa:

     

  3. Menos ministérios não quer dizer mais, mas…

    A redução de Ministérios é bem vinda.

    Um exemplo o Ministério da Agricultura deveria absorver o MDA e a Secretária da Pesca. 

    A insuficiência dos servidores está na forma do recebimento do salário e não no número de servidores. 

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