Governo volta atrás e Cultura deve ficar no Ministério da Educação

Jornal GGN – Depois de cogitar transformar a pasta da Cultura em uma secretaria ligada à Presidência da República, o governo Michel Temer voltou atrás e decidiu que a área deve ficar sob o Ministério da Educação, que será chamado de Ministério da Educação e Cultura. Caso fosse vinculada à Presidência, os salários dos servidores aumentariam em até 50%, e esta elevação seria o motivo para o recuo do governo.

Michel Temer pediu ao ministro Mendonça Filho que procure um nome qualificado para a Secretaria da Cultura e que seja uma mulher, em respostas às críticas que apontam a falta de mulheres em seu ministério.

Do O Globo

Governo recua e Cultura fica mesmo com Ministério da Educação
 
Órgão ligado à Presidência foi cogitado; titular do setor será mulher
 
Depois de estudar transformar a Cultura em uma secretaria ligada diretamente à Presidência da República, o presidente Michel Temer decidiu que a área ficará, de fato, sob o guarda-chuva do Ministério da Educação, que passará a ser chamado de Ministério da Educação e Cultura (MEC). O novo governo e o ministro Mendonça Filho sofrem pressão da classe artística e dos funcionários da antiga pasta desde a posse, na última quinta-feira. Por isso, foi ventilada a criação de uma secretaria vinculada à Presidência da República, a ser comandada por uma mulher com trânsito na área, mas a ideia foi descartada. Para a área de Cultura dentro do MEC, o governo busca uma mulher.
 
Se a Cultura fosse vinculada à Presidência, os salários dos servidores aumentariam em até 50%. Esta conta, segundo um auxiliar próximo a Temer, fez o governo desistir: em meio a fusões e extinções de pastas, elevar vencimentos não seria um bom sinal.

 
— Há uma pressão muito grande dos setores, mas já está decidido que é Ministério da Educação e Cultura — frisou ontem uma fonte do governo.
 
TITULAR MULHER É RESPOSTA A CRÍTICAS
 
Temer pediu a Mendonça Filho que procure um nome “da mais alta qualificação” para a Secretaria da Cultura e que seja uma mulher, já que há uma evidente carência de quadros femininos no atual governo.
 
O novo ministro, que tomou posse sob protestos de funcionários ligados à área da Cultura, disse que até terça-feira o governo pretende anunciar, oficialmente, quem será a responsável e qual a estrutura do novo órgão que substitui o antigo ministério.
 
Mendonça Filho disse que algumas conversas ainda estão em curso e que não quer adiantar nomes ou detalhes sobre a hierarquia administrativa do órgão até que tudo esteja bem definido. Segundo Mendonça, a ideia é garantir que as ações e programas continuem, independentemente da estrutura a ser adotada.
 
A escolha de uma mulher para comandar a Secretaria é uma determinação de Temer, que quer mais mulheres no segundo escalão do governo, para responder às críticas de que nomeou um Ministério essencialmente masculino.
 
 
A fusão do Ministério da Cultura, com o da Educação tem sido alvo de manifestações de repúdio. No dia do encontro com servidores da pasta, o ministro Mendonça Filho foi hostilizado pelos servidores da pasta extinta.
 
— O governo vai decidir a estrutura da secretaria, sua vinculação e o nome que a conduzirá. Até o início da semana, devemos ter uma definição sobre isso — disse Mendonça Filho.
 
O nome da ex-secretária de Cultura do Rio de Janeiro no governo Sérgio Cabral, Adriana Rattes, é um dos que vem sendo cotado para a secretaria.

 

Redação

19 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Tem várias opções para este caso no mundo Temer:

    Xuxa, Suzana Vieira, Ana Maria Braga, Rachel Sheradaze, ou a bela, recatada e do lar.

  2. Estão mais perdidos que cego

    Estão mais perdidos que cego em tiroteio. Eles precisam definir logo as coisas para podermos fazer críticas mais apuradas.

  3. Desculpa esfarrapada. Não achou nenhuma que aceitasse!

    Não foi por aumento das despesas nem nada foi por um motivo bem mais simples, qualquer mulher que aceitasse como premio de consolação para o sexo feminino o ministério da Cultura teria a sua vida infernizada e arrasada até a sua morte, ou seja, ganho nulo e prejuízo total.

     

  4. Governo chiclete. Vai e

    Governo chiclete. Vai e volta, não cola e não consegue tampar o buraco que se propôs.

    Eu tenho alguns nomes para a Secretaria da Cultura do Temer: Regina Duarte e Suzana Vieira, as duas marchadeiras coxinhas mais ilustres do golpe. Poderiam assumir de camisa da seleção e como são atrizes, pintadas de preto. Assim o Temer resolve o problema da falta de mulher e de negros no seu governo. Injustiça também é não se lembrar da Juliana Paschoal numa hora dessas, “douta” professora da USP e que é boa de performance. A grande atriz do impeachment e portanto artista. E correndo por fora, a peladona musa do impeachment que costumava abrilhantar as marchas de São Paulo. Artista também e que tem um diferencial: poderia servir de marca para o governo governo pois o seu oportunismo se fundiria com o oportunismo do vice presidente e sua trupe governista. E tem mais: serve para liberar um pouco o moralismo, que foi marca inicial do governo com a dona Marcela, bela, recatada e do lar. 

    Só pra saber: se a secretaria de cultura vai para uma mulher onde vão enfiar o Roberto Freire?

        1. Taí, se gabarita realmente.

          Taí, se gabarita realmente. Fez porno gay. E o governo Temer amigo do Malafaia pode alegar que respeita a diversidade sexual.

           

  5. Este início do governo Temer

    Este início do governo Temer está parecendo o de Sarney em 1985. Ambos assumindo o Poder por fatores contingentes e amparados politicamente por uma súcia(salva raríssimas exceções) de raposas felpudas comprometidas somente consigo mesmas. 

    A similitude avança até aos aspectos pessoais, a exemplo da notória hesitação e insegurança do oligarca do Maranhão que, por esse viés,  nunca conseguiu se livrar da sombra de Ulysses Guimarães até que este viesse a desaparecer num desastre de helicóptero. 

    O “Ulysses” de Temer é o carimbo de oportunista e traidor conjugados com os vis interesses da frente parlamentar golpista-chantagista  que lhe dará(ou não) sustentação no Congresso. 

     

  6. Chanchada

    Chanchada pode significar bagunça (na origem italiana da palavra). E a formação do governo Temer está sendo uma trágica chanchada. Um dos equívos de Dilma foi não ter pensado para o 2º mandato, diminuir o número de ministérios. O PT poderia ter sido um bom conselheiro nesse e em outros aspectos. Diminuir ministérios exige bom e longo planejamento para não extinguir ou comprometer a funcionalidade dos serviços prestados. Na minha opinião, Cultura poderia ser anexado a Comunicações, principalmente agora que surgem e evoluim novas janelas tecnológicas de difusão da arte. (Netflix,etc). Mas Temer, açodado e fisiologico , não se planejou, está visivelmente despreparado. Especialmente em relação a Cultura.  O Macbeth vai acirrar o clima de chanchada que existe no Brasil em meio da intolerância e da raiva criada ou acirrada por boa parte da mídia e principalmente por políticos ambiciosos e ressentidos (Aécio, Serra, Cunha; Roberto Freire,Cristovan.Buarque) que têm força no nosso triste  Poder Legislativo.

  7. E a mídia nacional continua a mesma

    Continua tratando o governo Temer como tratava o governo Dilma, o que corrobora o que sempre afirmei, o trabalho da mídia no Brasil é manter o governo, seja quem for, permanentemente nas cordas.

    Criaram a notícia que Temer iria criar uma Secretaria de Cultura na sexta para desnoticiarem na segunda.

    Todos que noticiaram que Temer teria resolvido, sob pressão, criar a tal Secretaria da Cultura ligada diretamente a Presidência da República dão como fonte o jornal O Globo.

    Pelo jeito as paredes das salas mais reservadas do Planalto continuam a ter microfones interligados com as principais editorias dos jornais brasileiros.

    Só mudou o perfil de quem vai bater bumbo para as criativas notícias da nossa mídia.

    1. Me poupa. Quem voltou atrás

      Me poupa. Quem voltou atrás foi o Temer. Tanto que a Marilia Gabriela tinha sido convidada para a secretaria

  8. Batuque na cozinha…

    Esse governo vai manter o extinto ministério da cultura vinculado a pasta da educação e o entregar a uma mulher…

    Bom, a julgar que eles não são NADA NADA MACHISTAS, vão colocar o ministério da cultura e dirigido por uma mulher NA COZINHA DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO…

  9. cultura
     

    Mídia Ninja

    1 h · 

    Karla Martins, secretária de Cultura do Acre, presidente da Fundação Elias Mansour, foi convidada para contar uma história em um evento de formação de centenas de professores, na Secretaria de Educação do Estado do Acre, com a presença do Governador Tião Viana, fez um discurso emocionado e emocionante recusando-se a contar histórias como forma de protesto.

      

     

  10. Waldir Maranhão deveria

    Waldir Maranhão deveria patentear a sua façanha, pois já  foi, em menos de um mês, copiado por Gilmar e Temer. 

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador