Guerra e Paz, os caminhos da União Europeia para o fim da Guerra na Ucrânia
por Sergio Medeiros
A guerra, e a vitória da Ucrânia, como hipótese de fato, o que neste momento apresenta-se com contornos de absoluta impossibilidade, é, na realidade, mesmo que improvável, a única alternativa de que dispõe Zelensky.
É que, no cenário possível de um acordo em que a Rússia mantém integrado em seu território a Criméia, e transforma em estados autônomos as províncias de Lugansk e Donetsk, o Presidente Putin, em nada teria alterada sua imagem perante o povo russo, mercê de um acordo desta espécie.
Por outro lado, num imaginário pós guerra, quando o povo ucraniano,extremamente triste e amargurado, num país destruído, e, certamente num curto espaço de tempo, entender que a guerra, que houve, efetivamente foi entre a OTAN e a Rússia, e que eles, ucranianos, foram meros instrumentos do poder ocidental, a repercussão interna será imensa.
Neste momento ruirão todas as bases de sustentação do atual regime que mantém Zelensky, e, no caso, nem mesmo a força de uma ditadura militar de extrema direita, seria capaz de mantê-los no poder.
Não se descarta a forte probabilidade que, frente a tal impasse, eventualmente, poderia eclodir uma guerra civil, inimaginável em seu poder destrutivo.
Ainda, nem menciono a questão da OTAN nestes novos contornos, porque a mera possibilidade de sua ingerência num próximo governo ucraniano seria impossível, uma vez que foi a causa primeira da guerra.
Pois bem, em apertada síntese, esta é a atual conjuntura da guerra em relação a seus atores diretos.
Na mesma linha da impossibilidade de paz, no campo diplomático, com Zelensky, segue a questão da OTAN e sua impositiva face norte americana.
Para Joe Biden, Presidente dos EUA, no atual cenário de guerra, um acordo nos termos acima delineados, seria desastroso, significaria a derrota não somente de Zelensky, mas a derrota da OTAN, em atuação direta dos EUA e, deste modo, sim, a derrota do país norte americano e de seu Presidente, Joe Biden, candidato a reeleição nos EUA.
Estas, em termos simples, são as impossibilidades da paz em relação aos atores diretamente envolvidos.
A seguir, passo a tecer considerações acerca de um caminho efetivo para a consecução de um acordo de paz.
A União Européia, sua população e sua economia, diretamente atingida, caminha para ser a protagonista principal na resolução do conflito.
O fato essencial é que não há guerra na Ucrânia sem que a União Europeia esteja atuando de forma efetiva.
E, nao é uma questão de análise política, mas de simples e pura análise geográfica. A Ucrânia, sem o suporte europeu, de logística e acesso, inexiste no campo de guerra contra uma Rússia excepcionalmente superior no aspecto militar.
A paz possível, portanto, como acima evidenciado, neste momento reside em fatores externos à Ucrânia , Rússia e Estados Unidos, mas inevitavelmente centrados na União Européia e em seu conjunto de países de onde, aos poucos, começam a se revelar claras e visíveis fissuras.
A União Européia, e outros atores periféricos, que são essencialmente importantes em sua atuação no esforço de guerra, são igualmente essenciais para seu término.
Partícipes de suas causas e diretamente atingidos pelas consequências da guerra, são fundamentais para sua resolução.
No caso, a população dos estados europeus está, rapidamente, mudando de posição e se tornando claramente contra a continuidade da guerra, isto, mesmo sob o massacre contínuo da mídia, que apoiou a guerra, e agora não sabe como sair da teia obscura e parcial que teceu.
Note-se que a população já está em sua maioria contra a guerra, a qual entendem que não é sua, a qual começam a entender que nada tem de democrata, e, em relação a qual querem ser excluídos.
A atuação do Brasil e da China em seu esforço pela paz
A atuação diplomática, apesar de fundamental, está primordialmente ligada à obtenção de espaços de negociação com o único setor da guerra que, no cenário atual, detém o poder e a motivação para encerrar o conflito.
Por isso, não falo da China ou Brasil, como interlocutores diretos da paz, uma vez que somente uma ação da União Europeia, é viável no sentido de construir a paz possível em seu continente.
Por fim, reforço que não menos importante é o passo dado pela diplomacia brasileira, de modo a criar um efeito catalisador dos esforços de paz, uma vez que é necessária a criação de um núcleo inicial de negociadores que aos poucos aglutinem outros e que, por fim, se perfectibilize em propostas de paz.
A única saída é a paz, a única saída para o fim da guerra e a salvação da humanidade.
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Os estadunidenses, braço superarmado da banca inglesa, pra variar terceirizaram uma guerra contra a Rússia, pondo a Europa como bucha de canhão e a pobre Ucrânia de alvo. Uma fórmula para não irem direto ao ponto, provocando o tão esperado cataclisma nuclear… Que todos, mesmo os mais arrogantes e malucos têm medo.
A Rússia vencerá mais essa; porém, como sempre, a um altíssimo preço. Enquanto isso a China avança.
Os países envolvidos no conflito que ocorre no território da Ucrânia, representam mais de 80% das exportações de armas, sendo que em primeiro lugar estão os EUA com cerca de 39%. Os habitantes destes países podem ser contra a guerra, mas com certeza os fabricantes de armamentos não! Recentemente houve uma grita geral na imprensa livre de isenção, sobre o pronunciamento de Lula atribuindo a responsabilidade da guerra tanto da Russia como da Ucrânia. Ora a Russia, embora errada, não invadiu a Ucrânia por uma antipatia gratuita contra Zelensnki e este é culpado por ter aceitou fazer o papel de garoto de provocação dá OTAN, quando começõu a perseguir e eliminar os separatistas de origem russa do Donbass. A origem desta guerra começõu quando a OTAN se transformou na OTAR(Organização do Tratado Anti Russia). A intenção da elite Ucraniana ao colocar na sua constituição o objetivo de aderir à OTAN, seria para os Russos aceitar que equipamentos nucleares da OTAN chegassem mais perto de Moscou, que para quem não sabe, é a capital da Russia. Considerando que os EUA lideram a OTAN, podemos perguntar: Se hipoteticamente a Russia firmasse um acordo com o México para instalar bases de mísseis no território mexicano, qual seria a reação dos EUA? Pelo caso com Cuba em 1962 já podemos prevê a respsosta.