Em café da manhã de Bolsonaro, jornal que criticou discurso foi chamado de “vagabundo”

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jair Bolsonaro

Foto: Jamil Chade/Estadão

Jornal GGN – O jornalista Jamil Chade flagrou o café da manhã de Jair Bolsonaro em Davos, nesta quarta (23). Sentado à mesa ao lado, o repórter correspondente do Estadão conseguiu ouvir parte da conversa do presidente da República com sua equipe, que incluia o filho Eduardo Bolsonaro  – que perguntou aos demais se “bilionário” e “trilionário” levavam a letra “h”.

Na pauta, o discurso de Bolsonaro, feito um dia antes no Fórum Econômico Mundial. Com 6 minutos, foi o discurso mais curto de um presidente brasileiro em Davos. A imprensa nacional e internacional criticou não apenas a fala enxuta, mas o conteúdo. O El País, contudo, fez uma manchete dupla. Na versão espanhola, dizia que Bolsonaro, prometendo abrir a economia, “animou” os investidores. Já na versão brasileira, o discurso foi classificado como decepcionante. A comitiva presidencial não poupou críticas: “jornal vagabundo”, concordaram.

Bolsonaro também criticou as notícias dizendo que o real havia sofrido uma desvalorização após dua fala em Davos. “Tem cinco dias de alta e dá uma baixadinha e dizem que é o discurso”, se queixou.

Numa mudança de conversa, Bolsonaro começou a falar do Enem, dizendo que havia facilitade de a prova ser fotografada e vazada por um “petista”.

Chade chamou atenção para outros temas discutidos, como o uso das redes sociais. Ele ainda escreveu que esá confirmado que Olavo de Carvalho é visto pelo grupo como um líder intelectual, uma “referência” em matéria também de como fazer vídeos e se comunicar na internet.

“Ao terminar o café da manhã, a reportagem se aproximou do presidente, ainda que a segurança tentasse evitar. (…) Questionado se comentaria a situação de seu filho, Flávio Bolsonaro, o presidente virou as costas e, entrando em um elevador, apenas repetia: ‘Não, não’.”

 
Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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