MEC libera os R$ 366 milhões bloqueados das universidades federais

Terceira interferência do governo no ensino superior, os recursos foram congelados três dias atrás e comprometeram o pagamento de despesas básicas.

Marcos Oliveira/Agência Senado
Marcos Oliveira/Agência Senado

O Ministério da Educação (MEC) voltou atrás na decisão de bloquear R$ 366 milhões do orçamento das instituições federais de ensino superior nesta quinta-feira (1º). A informação é da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), reiterada pelo Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif).

Terceira interferência do governo Bolsonaro na verba do ensino superior, os recursos foram congelados três dias atrás e comprometeriam o pagamento de despesas básicas, como contas de água e luz, bolsas de estudo e o salário de empregados terceirizados.

Sem eles, alguns reitores cogitaram a possibilidade de encerrar o ano no vermelho e até suspender atividades acadêmicas e administrativas. Foi o caso das universidades federais mineiras, como Juiz de Fora (UFJF), Viçosa (UFV) e Uberlândia (UFU), que admitiram o risco de fechar setores e atrasar o pagamento de bolsas a estudantes, por exemplo.

Histórico de cortes

Além do congelamento recente, as instituições de ensino superior federais tiveram outras duas intervenções orçamentárias. Em outubro, houve um bloqueio temporário de R$ 328 milhões, valor liberado posteriormente.

Em junho, outro corte: R$ 1,6 bilhão do MEC, que ainda não foi devolvido integralmente. “As universidades federais continuam no aguardo da restituição do valor de R$ 438 milhões, bloqueado em junho deste ano”, informou a Andifes em nota.

Apagar das luzes

A área da educação não é o único segmento que sofre com a falta de verbas no fim do governo Bolsonaro (PL). Durante a apresentação do GT de Meio Ambiente, a ex-ministra Marina Silva afirmou que servidores do Instituto brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estão trabalhando em home office devido à escassez de dinheiro.

A emissão de passaportes pela Polícia Federal também chegou foi interrompida por falta de recursos. Segundo a PF, mesmo com a liberação de R$ 37,4 milhões pelo Governo Federal, o valor não é o suficiente para manter o serviço.

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Camila Bezerra

Jornalista

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