Medeiros vota pelo “sim”, incluindo como argumento má gestão de Dilma

 
Jornal GGN – O senador José Medeiros (PSD-MT) votou “sim” pelo parecer de admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma. Ele foi o segundo parlamentar a votar na sessão que acontece nesta quarta-feira (11), logo após a senadora Ana Amélia PP (PG), que também votou pelo sim. 
 
Medeiros justificou seu voto com base nas denúncias do processo impetrado pelos advogados Mario Reali, Janaína Paschoal e Hélio Bicudo, que acusam a presidente Dilma de crime orçamentário por conta das manobras de pedalada fiscal (atraso no pagamento que fez aos bancos públicos) e abertura de créditos suplementares sem aprovação do Congresso. 
 
O parlamentar incluiu ainda a crise política, o “caos econômico”, que revelariam a inaptidão da gestão Dilma de governar o país. “Dilma ultrapassou os limites alargados do presidencialismo de coalizão, na linha de que os fins justificam os meios”, disse.
 
José Medeiros criticou até mesmo a forma de articulação de Dilma para reformar os ministérios, como se as suas decisões tivessem sido precipitadas.  “Contudo o governo continuou a experimentar dissabor e o fato é que se revelou uma verdadeira tragédia que ele mesmo criou”, prosseguiu. 

 
O senador rebateu também o argumento de quem defende o governo Dilma baseado na conquista feita nas urnas, nas últimas eleições presidenciais. “Todo o processo de legitimação começa pelo voto, mas sua consolidação se dá mesmo pela conquista permanente da confiança da população e desempenho de tomada do poder. Daí se falar em legitimidade pelo exercício da função, legitimidade posta a prova todos os dias, pois nenhum governo pode se desviar da ordem constitucional”, pontuou acrescentando que “voto não é blindagem” para a manutenção de um governo que “dá as costas para a Constituição”.
 
José Medeiros compartilha a tese de que as pedaladas fiscais e abertura de créditos suplementares realizada na gestão Dilma ferem o Art. 85 da Constituição Federal que versa sobre a responsabilidade orçamentária do presidente da República. 
 
“As pedaladas significam nada mais nada menos do que a tentativa de esconder excessivos e ilegais gastos”, concluiu.  
 
Redação

2 Comentários

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  1. Quem sobe nesta tribuna tem

    Quem sobe nesta tribuna tem que provar o que diz.

    Não é possível o País ouvir os absurdos que vários destes dizem sem direito de defesa.

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