“Não autorizei pagamento de caixa 2 a ninguém”, diz Dilma sobre João Santana

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – “Eu não autorizei pagamento de caixa 2 a ninguém. Pelo contrário, na minha campanha, eu procurei sempre pagar o valor que eu devia. Se houve caixa 2, não foi do meu conhecimento.” Foi assim que a presidente afastada pelo processo de impeachment, Dilma Rousseff, respondeu ao depoimento do marqueteiro João Santana, responsável pelas campanhas do PT em 2006, 2010 e 2014, admitindo que recebeu pagamento de dívida da primeira campanha de Dilma num banco suíço.

Em entrevista a uma rádio nesta sexta (22), Dilma disse que não está “preocupada” com a possibilidade do depoimento de João Santana à Lava Jato impactar sobre a votação do impeachment no Senado. Segundo o marqueteiro, as revelações não foram feitas em fevereiro, quando ele e a esposa e sócia, Mônica Moura, foram presos pela Polícia Federal, porque ele não queria “prejudicar” Dilma na votação do impeachment na Câmara.

Leia mais: Santana contraria Moro: nem sempre caixa 2 tem dinheiro de propina

Nesta sexta, o jornal O Globo publicou que Renan Calheiros (PMDB), presidente do Senado, se encontrará com o interino Michel Temer para afirmar que o processo de impeachment deverá ser aprovado na Casa.

Na visão de Dilma, isso não deve acontecer. Segundo ela, na votação final, cerca de seis senadores deverão lhe garantir a vitória. Ela precisa desse número de votos, junto aos 22 que teve na admissibilidade do impeachment, para reverter o processo de afastamento. “Eu tenho conversado com os senadores. (…) O diálogo é o único instrumento que nós temos”, comentou.

O governo interino trabalha, distribuindo emendas parlamentares e cargos em estatais, para garantir que a votação final perpetue Temer até o final do mandato de Dilma.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

9 Comentários

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  1. Dilma até poderia não saber,

    Dilma até poderia não saber, porem a cúpula do PT deveria saber, Vaccarie que era o tesoureiro tinha obrigação de saber. Não é possível que o partido dos trabalhadores cometeu o mesmo erro da epoca do mensalão, não adianta dizer que todos os partidos fazem, isso não irá alivia a culpa.

  2. Pode chocar em um primeiro

    Pode chocar em um primeiro momento, mas tão logo retorne ao governo, a presidenta Dilma deveria adotar medidas semelhantes às que estão sendo tomadas pelo seu colega Recep Tayyip Erdogan, na Turquia. Em uma ação mais extrema, seria até mais conveniente cancelar as eleições municipais e promover a coincidência de mandatos em 2018, quando a situação política deverá estar mais estabilizada.

    1.  
      PRENDER JUÍZES, MILITARES

       

      PRENDER JUÍZES, MILITARES COM ACUSAÇÃO DE SEREM SIMPÁTICOS AO GOLPE, MESMO SEM TEREM PARTICIPADO?

      ADIAR AS ELEIÇÕES ESSE ANO?

      GOL-PIS-TA

      GOLPISTA É O QUE VOCÊ É.

       

  3. Como dizer que o Serra ou  o

    Como dizer que o Serra ou  o Alckmin tem alguma responsabilidade nos casos Alstom, Merenda, etc…

    ELES NÃO SABIAM!!!!

     

  4. O Golpe se dará via TSE

    Depois dessa delação dos marqueteiros dos PT, ficou claro o impeachment não vai passar no senado pela inconstitucionalidade! 

    Darão o golpe via TSE, onde apita o sr. Gilmar Mendes.

    Estou tentando imaginar qual será o malabarismo pra separar o Temer da Dilma, uma vez que, a chapa e as contas de campanha eram uma só!

     

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