Países impõem novas sanções contra a Rússia

Na quinta-feira, o principal índice MOEX da Rússia fechou em queda de 33%, enquanto o rublo apresentava baixa recorde de 7% em relação ao dólar americano.

Foto: Ministério da Defesa da Rússia

A invasão da Ucrânia está reverberando pelo mundo todo. A decisão trouxe em sua esteira uma série de condenações de países e aplicações de medidas que afetam a Rússia, atingindo estatais, empresas privadas e elite russa.

Vários países impuseram novas sanções contra a Rússia. A União Europeia, Japão, Austrália, Nova Zelândia, Taiwan, Estados Unidos e mais países condenaram as ações e aplicaram medidas que atingem financeiramente a Rússia.

Na quinta-feira, o principal índice MOEX da Rússia fechou em queda de 33%, enquanto o rublo apresentava baixa recorde de 7% em relação ao dólar americano.

A Ucrânia também está pedindo ao Ocidente que proíba a Rússia da SWIFT, a rede de alta segurança que facilita pagamentos entre 11 mil instituições financeiras em 200 países. E no início da semana, a Alemanha suspendeu a certificação do gasoduto Nord Stream 2, após as ações de Moscou.

Putin já anunciou aos líderes empresariais que espera mais restrições, mas pediu que trabalhem em solidariedade com o governo.

A União Europeia anunciou uma série de medidas para ‘infligir impacto máximo na economia e na elite política russas’. As sanções devem atingir os setores financeiro, energético e de transporte da Rússia e incluem controles de exportações e proibições de financiamento comercial.

Segundo a CNN apurou, a União Europeia tem como alvo 70% do setor bancário russo e as principais empresas estatais. Além disso, visam limitar o acesso da Rússia a tecnologia sensível, bem como componentes e equipamentos de aeronaves.

O Japão também vai impor sanções contra instituições financeiras russas, organizações militares e indivíduos. As medidas incluem o congelamento dos ativos de certos indivíduos e instituições financeiras, além de proibir as exportações para organizações militares russas.

A Austrália anunciou que imporia novas sanções aos oligarcas e mais de 300 membros da Duma russa, seu parlamento. O país pretende estender as restrições a indivíduos e entidades bielorrussas, que consideram cúmplices do ataque.

As novas proibições incluem proibições de viagens e sanções financeiras direcionadas a oito membros do Conselho de Segurança da Federação Russa.

A Nova Zelândia proibiu a exportação de mercadorias para as forças militares e de segurança russas. O país cortou o comércio com a Rússia e impôs proibições de viagem contra autoridades russas, ao mesmo tempo em que pede o retorno ao diálogo diplomático para resolver a crise.

Taiwan anunciou que também promoveria sanções econômicas contra a Rússia, mas não especificou quais medidas tomaria.

Os Estados Unidos impuseram medidas mais duras contra a Rússia que incluem bloqueios de exportação de tecnologia. Esse item inclui restrições sobre semicondutores, telecomunicações, segurança de criptografia, lasers, sensores, navegação, aviônicos e tecnologias marítimas.

Além disso foi aplicada sanções a bancos russos e suas famílias que são próximas ao Kremlin.

Joe Biden, presidente dos EUA, anunciou que impediria 13 grandes empresas estatais de levantar dinheiro nos Estados Unidos, incluindo a gigante de energia Gazprom e Sberbank, a maior instituição financeira da Rússia.

A Casa Branca também prometeu sancionar empresas e indivíduos bielorrusos.

O Reino Unido considera impor sanções a 100 indivíduos e entidades, conforme anunciou Boris Johnson. O primeiro-ministro disse que o objetivo era ‘excluir os bancos russos do sistema financeiro do Reino Unido’.

O país irá congelar ativos do banco estatal russo VTB, e as empresas estatais e privadas russas também não poderão arrecadar fundos no Reino Unido.

Johnson também disse que “nada está fora da mesa” quando se trata de fechar o acesso da Rússia à rede SWIFT.

O Reino Unido proibirá a empresa aérea nacional da Rússia, a Aeroflot, e aplicará sanções a Belarus “por seu papel no ataque à Ucrânia”, acrescentou o primeiro-ministro.

Com informações da CNN Brasil

Redação

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  1. Como já mencionada, a formação mundial de opinião pública e de posição diplomática pelo acachapante domínio mundial de mídia e propaganda (jornais, revistas, rádio, TV, cinema, produção artística, internet e o domínio internacional da língua inglesa, dentre outros, leva a posicionamentos e movimentos em cascata como esse.
    Vamos comparar (sem defender nenhuma das invasões):
    De um lado, a invasão do Iraque, com motivos farsescos, por um país longínquo, não ameaçado, atropelando tratativas da ONU (desde então mais enfraquecida) e que afetaria mais a comunidade internacional pelo real motivo da invasão: petróleo.
    De outro, a invasão da Ucrânia, por um país vizinho, de origens misturadas, com alegações de estar continuamente ameaçado pelo bloco que lhe pressiona, com menor afetação internacional efetiva.
    No primeiro, os países da comunidade internacional ou apoiaram ou ignoraram o agressor, com o desfecho sabido de domínio e saqueio do país invadido e até hoje desorganizado.
    No segundo, a reação internacional é uma explosão “criativa” de como isolar e enfraquecer o agressor já antes do início, sem sequer saber como acabará a história.
    Como há um possível negociação já amanhã (em menos de uma semana), a grande torcida deveria ser para que ela dê certo, némêz?
    O que o mundo dito ocidental (que inclui Japão, Austrália, Coréia do Sul, etc.) prefere?
    Um acordo onde ambos ganhem e percam algo (não é assim que funciona uma negociação?).
    Um “rebosteio” nas situação mundial onde, como sempre, alguns oportunistas se darão bem e o resto que se “exphloda”…
    Geralmente vem esta última…

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