Histórias de pais, por Luís Nassif

A cada dia de briga, de processos, de perseguição, penso nas minhas meninas, Mariana, Luiza, Beatriz, Dora, Clara e Catarina e sigo na guerra com a companheira Eugênia.

Hoje vou almoçar com minha caçula, que se tornou uma mocinha lindinha. Já avisei que, assim que entrarmos no restaurante, para ela me chamar de pai, para evitar qualquer especulação.

Aì me lembrei da mais velha, a Mariana, quando tinha 15 ou 16 anos. Fui jantar com ela em um restaurante japonês, no último andar do Maksoud. Chegando, passei por uma mesa onde estava meu amigo Paulo Cunha, presidente da Ultragás, com uma mocinha.

Pelo sim, pelo não, passei direto, fingindo que não o tinha visto. Aí, ouço o chamado desesperado:

– Nassif! Nassif!

Voltei, e Cunha me apresentou a moça:

– Minha filha!

E eu:

– Ufa! E a minha!.

Anos depois sai com a Bibi, minha filha temporona. Entramos em um restaurante e fiz o pedido:

– Me chame de pai, para não pensarem outra coisa.

E a praga, que herdou o ironia da avó mesmo não a tendo conhecido:

– Pensarem que eu sou sua neta?

A cada dia de briga, de processos, de perseguição, penso nas minhas meninas, Mariana, Luiza, Beatriz, Dora, Clara e Catarina e sigo na guerra com a companheira Eugênia.

Luis Nassif

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