A agonia da pedra, melopéia triste para João Cabral de Melo Neto
por Romério Rômulo
É precisa a melopéia
espraiada no seu canto
produzida a dispnéia
desvairada pelo manto
mais sutil da pedra solta
amarrada em mão revolta
desatada de encanto.
É precisa a dispnéia
do corpo sem melodia
quando a vida em ato santo
disfarçada de espanto
amarrada em melopéia
num pedaço de agonia
se requer, por todo canto.
Romério Rômulo (poeta prosador) nasceu em Felixlândia, Minas Gerais, e mora em Ouro Preto, onde é professor de Economia Política da UFOP e um dos fundadores do Instituto Cultural Carlos Scliar – Rio de Janeiro RJ.
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