A criminalização da pixação

Por Hamilton

Por coincidência, havia pensado na possibilidade de configuração de formação de quadrilha. Expressão artística? Não creio.

E mesmo que seja. Na parede dos outros? No patrimônio público?

Pichadores mineiros são presos e acusados de formar quadrilha

Delegada diz que enquadrar prática no Código Penal serve para “inibir a sensação de impunidade”

(faltaram fonte e link)

Detidos dizem achar medida “absurda”; em São Paulo, pichação ganha status de arte e terá espaço na Bienal

RODRIGO VIZEU
DE BELO HORIZONTE

LETICIA DE CASTRO
DE SÃO PAULO

A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu ontem seis rapazes acusados de pichar muros em Belo Horizonte.

Eles foram enquadrados no Código Penal pelo crime de formação de quadrilha. Outras duas pessoas da mesma turma estão foragidas.

A Justiça decretou prisão preventiva do grupo, autointitulado “Os Piores de Belô”. Isso significa que eles podem ficar detidos por tempo indeterminado, até o julgamento.

O enquadramento por formação de quadrilha é incomum para pichadores.

A prática costuma ser punida pela Lei de Crimes Ambientais, com pena de seis meses a um ano de prisão -é comum ela ser substituída por serviços comunitários.

Já o crime de formação de quadrilha pode acarretar até três anos de detenção.

“A gente tenta inibir a sensação de impunidade. Pichar não dá nada, então a nova linha de atuação é tentar comprovar formação de quadrilha”, afirmou a delegada Cristianne Moreira, responsável pelas prisões do grupo, investigado desde 2009.

OUTRO LADO

Segundo a polícia, os presos, que têm entre 20 e 30 anos, disseram achar “absurdo” serem detidos por “só jogar tinta na parede”.
Reclamaram ainda por serem levados à prisão com outros presos acusados de crimes muito mais graves.

Eles estão em uma unidade por onde já passaram os suspeitos de envolvimento no assassinato de Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes.

A estudante Deborah Dennachin, que pesquisa pichação em doutorado na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas e conhece os presos, criticou a polícia. “Para quem estuda, eles são top de linha da pichação em Belo Horizonte.”

Se em Minas a pichação é criminalizada, em São Paulo ganha status de arte.

Depois da polêmica prisão de Caroline Pivetta por pichar os muros do evento em 2008, a Bienal abriu espaço para esse tipo de produção.

Na próxima edição, que começa em 25 de setembro, o evento terá a participação dos pichadores Djan Ivson -que fez intervenções na fachada da fundação Cartier em Paris no ano passado, a convite da instituição- e de Rafael Guedes Augustaitz – estudante que pichou a faculdade Belas Artes em 2008.

Amigo de integrantes do grupo, o paulista Ivson criticou o que chamou de truculência da polícia em Belo Horizonte. “Eles tiveram as casas invadidas, estão sem defesa. São garotos humildes que querem usar o direito à liberdade de expressão. Não são criminosos”, disse. 

Luis Nassif

1 Comentário

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  1. Pixo ? Picho ? Arte ? vandalismo ? protesto ?

    Boa noite,

     

    primieramente cito aqui um comentário sobre o assunto da materia em questão :

     

     ” E não digam que são pobrezinhos da periferia e que não tiveram oportunidade na vida. Já está provado que os pichadores são  oriundos de camadas da sociedade. (sic) Na verdade, eles são preguiçosos que não têm coragem de enfrentar um banco de escola. E também não digam que não tiveram oportunidade de estudar pois a escola pública está sempre ali, perto de onde moram, solícita, com as porta sempre abertas para eles. Não vão porque não querem.

    São pessoas preguiçosas que buscam um caminho fácil para ter reconhecimento. Como não têm talento para nada, refugiam-se nessa vida de idiota rabiscando idiotices nos muros, nas fachas, nos viadutos e nos monumentos sejam publicos ou privados. Cadeia neles, pois com exemplo e rigor da lei que se faz melhorar o grau de civilidade de um povo.

    E por onde anda os pichadores, andam junto os traficantes. Para quem acha que eles são bonzinhos, leiam essa entrevista: http://www.graffiti76.com/entrevista_12.htm 

    ”  

    obs ( não estou conseguindo abrir o link mencionado acima )

     

    Meu nome é Claudia Araujo. Moro na Zona sul de Belo Horizonte.

    Creio que não sou ou fui preguiçosa em relação a bancos de escola pois tenho curso superior de Letras,

    Artes Plasticas e há 14 anos  sou Administradora Financeira. ( Influencia academicista provavelmente

    herdada de meu avô , fundador da Bolsa de Valores de Minas Gerais, no ano de 1949.

    Alem do nosso pitoresco idioma portugues tenho boa fluencia em inglês, espanhol e alemão.

    Comecei a trabalhar aos 15 anos de idade, antes de findar o segundo grau.

    – Pixadores andam junto com traficantes ?

    Não tenho ficha criminal de nenhuma espécie, nunca emiti um cheque sem fundos,

    não infrinjo as leis de triansito, nunca soneguei nenhum tipo Imposto –  tenho muito zelo ao declarar

    anualmente o  Imposto de Renda),

    Não sou filiada à nenhum partido político. ( atualmente creio que isso é suspeita de atos criminosos)

    Admiro a arte dos grafiteiros, porem, por goto estético que não cabe julgamento criminal) admiro imensamente mais

    as manifestações que levam a algunha de “pixo ” , ( rabiscos ? letras ? bobagens rabiscadas ? “

    Meu nome é CLAUDIA, eu sou uma pixadora, e não, não cometo nenhum crime que esteja atualmente

    no codigo penal. E não faço parte de nenhuma quadrilha ou organização criminosa.

     

    Qualquer dúvida ou perplexidade terei o prazer de esclarecer de maneira igualitária e respeitosa.

    [email protected]

     

    “Há alguns anos o crime de homicidio doloso era inimputável caso o acusado estivesse defendendo sua

    honra de marido traído “

     

     

     

     

     

     

     

     

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