Artistas plásticos brasileiros são apreciados na Pinta, de Nova York

da Folha.com

Adriana Varejão é artista brasileiro mais caro de feira em Nova York

 

SILAS MARTÍ

ENVIADO ESPECIAL A NOVA YORK

Entre as obras mais caras da quinta edição da Pinta, feira anual de arte latino-americana que abriu ontem em Nova York, estão três artistas brasileiros.

Num só estande, da galeria carioca Athena, está uma tela da série “Saunas”, de Adriana Varejão, à venda por US$ 1,2 milhão, uma instalação de Mira Schendel por US$ 800 mil e um quadro de Cildo Meireles ofertado pelo mesmo valor.

“Existe uma bolha no mercado, e os preços estão exorbitantes”, observa André Millan, da galeria Millan, que representa o espólio de Schendel, mas levou só obras de Anna Maria Maiolino à Pinta.

Essa artista italiana radicada no Brasil é outra que está em ascensão no mercado. Mesmo com longa e respeitada carreira, Maiolino vem chamando mais atenção desde que foi escalada para a próxima Documenta, uma das mostras de arte mais importantes do mundo marcada para junho do ano que vem em Kassel, na Alemanha.

Na Pinta, seus trabalhos foram elogiados por Tiqui Atencio, do comitê de aquisições de arte latino-americana da Tate, em Londres, e Ella Cisneros, uma das maiores colecionadoras de arte da região que mantém um museu privado em Miami.

Não foi menos intenso o movimento em torno da galeria Nara Roesler. Representando o artista Antonio Manuel, que agora tem uma retrospectiva em cartaz na Americas Society, em Nova York, conseguiram chamar a atenção de representantes do MoMA.

Lygia Pape, que acaba de ter ampla retrospectiva no Reina Sofía, em Madri, tem um estande exclusivo na feira, da galeria portuguesa Graça Brandão.

José Mario Brandão, sócio da galeria, diz que aumentou os preços das obras quando soube dos valores pedidos por trabalhos da mesma série agora expostos na galeria Dickinson, em Nova York.

Cada peça de “Livro da Luz”, pequenos quadros de motivos geométricos, não sai por menos de US$ 65 mil e tem de ser vendidos em grupos de quatro.

Jovens artistas que trabalham com motivos geométricos, aliás, também tiveram forte saída entre colecionadores que foram ao vernissage.

Ricardo Alcaide, venezuelano radicado em São Paulo que dialoga com o construtivismo, teve três obras vendidas no estande da galeria Baró nas primeiras horas do evento.

Greg Salibian – 06.ago.11/Folhapress Greg Salibian/Folhapress - ILUSTRADA

A artista brasileira Adriana Varejão

Luis Nassif

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