Imigração de brasileiros para Israel cresce 58%

Jornal GGN – Em 2015, o número de brasileiros que se mudaram para Israel chegou a 486, um crescimento de 58% na comparação com 2014. Também aumentou o número total de casais e famílias, totalizando 240.

A grande maioria dos brasileiros que imigraram para Israel são judeus beneficiados pela Lei do Retorno, que dá a judeus do mundo todo o direito de serem recebidos como cidadãos de Israel se desejarem.

Da Folha de S. Paulo

Imigração de cidadãos brasileiros para Israel cresce 58% em 2015

Por Daniela Kresch

Funcionários e voluntários do Beit Brasil (Casa do Brasil), ONG que há quase dois anos auxilia imigrantes do país em Israel, sentiram o ritmo de trabalho. Em 2015, o número oficial de brasileiros que se mudaram para Israel chegou a 486, um recorde desde a criação do país, em 1948.

Trata-se de um salto de 58% sobre 2014 e de 132,5% sobre 2013. E a tendência ganha força: em 2016, a ONG prevê receber mil imigrantes brasileiros. “Nossa expectativa é um aumento significativo, de 100%, em 2016”, diz Gládis Berezowsky, diretora-executiva do Beit Brasil.

Para Berezowsky, o número oficial de 2015 é subestimado, e o total chegaria a 506 brasileiros, contando quem havia voltado ao Brasil depois de uma imigração frustrada, mas que, no ano passado, retornou de vez a Israel.

Há também aumento no total de casais e famílias. Foram 240 em 2015, enquanto os solteiros foram 148.

“Muita gente vem porque se identifica com Israel, sua religião e cultura. Mas há cada vez mais famílias buscando qualidade de vida e fugindo da crise econômica”, diz.

“Israel é, hoje, um país desenvolvido, ponta de lança de tecnologia. Os brasileiros pensam no futuro dos filhos.”

Em São Paulo, Revital Poleg, representante da Agência Judaica no Brasil, também sente aumentar o interesse em emigrar para Israel.

“Não diria que a crise é o único motivo, mas ela ajuda as pessoas a tomar uma decisão que já vinha sendo pensada”, diz Revital.

A grande maioria dos brasileiros que emigram para Israel (ou fazem “aliá”, “subida”, em hebraico) são judeus beneficiados pela Lei do Retorno, de 1950, que dá a judeus do mundo todo o direito de serem recebidos imediatamente como cidadãos de Israel se o quiserem. Recebem uma pequena ajuda financeira, moradia por alguns meses e curso de hebraico.

A onda brasileira atual lembra a de 2000 entre os argentinos. Com a crise econômica no país, de 2000 a 2002 10 mil pessoas emigraram para Israel. Destas, cerca de 15% voltaram à Argentina alguns anos depois, mesmo percentual médio dos brasileiros.

O aumento da presença brasileira em Israel já é sentido no maior número de bares e restaurantes brasileiros na área de Tel Aviv.

Mas as cifras não chegam ao patamar da imigração francesa (quase 8.000 pessoas em 2015), que teve impulso da maior sensação de antissemitismo no país, ou ucraniana (7.000), motivada pela intervenção russa.

Israel recebeu, ao todo, 29,5 mil imigrantes no ano passado. Com 4% do total, o Brasil não ocupa as primeiras posições do ranking.

“Em números absolutos ainda não é um fenômeno. Mas estamos acompanhando”, disse o porta-voz da Agência Judaica, Yigal Palmor. “A crise econômica é um fato, já que o Brasil não está em guerra e a comunidade judaica brasileira não enfrenta ataques antissemitas.”

A economista carioca Cláudia Lazkani, 38, desembarcou há cinco meses em Israel com o marido Charles, 38, e os filhos de 7 e 3 anos. No último dia 13, nasceu no país a terceira filha do casal.

“A decisão foi tomada antes da crise, mas ganhou força com os últimos acontecimentos. Sou economista do setor de petróleo e gás, vi o país afundando. Queria vir para um lugar em que tivesse gosto de viver. A roubalheira estava me fazendo mal.”

Redação

18 Comentários

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    1. Boa sacada, Caju Azedo. Quer

      Boa sacada, Caju Azedo. Quer dizer que a judia Claudia tinha “lojinha” e cansou de vender produtos made in China” e quer vida melhor , subsidiada é claro, em Israel. Já não fazem judeus como antigamente.

  1. Migração ucraniana

    A migração ucraniana não ocorreu por causa da intervenção russa, mas por causa da intervenção da União Europeia, que levou os nazistas da Ucrânia a fazerem parte do governo anti-russo daquele país, com a consequente perseguição a judeus e outras minorias.

  2. Acho que as pessoas tem todo

    Acho que as pessoas tem todo o direito de fazer o que quiserem com suas vidas. Agir sem necessariamente ficar se explicando ou se justificando. Quer ir embora? Pois vá. Boa Viagem e Boa Sorte.

    Bem, mas tem gente que se acha no direito de transformar ou em show, ou tragédia, ou epopeia, seja lá que diabo for, decisões pessoais. Caso, por exemplo, dessa economista carioca. Não basta só abandonar seu país em dificuldade; não basta ter a tranquilidade de saber que tem a prerrogativa de se mudar para outro de uma forma simples e descomplicada, coisa muito difícil para a maioria; não, isso é pouco. Tem que proclamar um discurso “heroico”, auto-centrado e cabotino, entremeado de cusparadas no país que a pariu.

    Lá pelas terras que NUNCA FORAM de Israel talvez a distinta senhora se realize assistindo in loco seus neo compatriotas matando, injuriando, humilhando e segregando os verdadeiros donos do pedaço. Coisa muito pior moralmente que essa alegada roubalheira que tanto a afronta. 

    Vá e fique por lá. De minha parte não vai fazer a mínima falta. 

  3. Aliah

     E termos de números isto tudo não é significante, em termos de opção é de cunho bastante pessoal, então afinal de contas porque isto é notícia. Este me parece um tipo de notícia criada para mais uma vez enfatizar a tal crise ( cujo tamanho é causa de controvérsias ) aproveitando a gafe diplomática ( ou talvez seja incompetência diplomática ) de Netanyahu. 

    Mais um factoide. Acredito que de tempos em tempos o número aumenta e diminui e depende de expectativas e muito mais da temperatura do Oriente Médio . Afinal não é tão fácil viver em Tel Aviv e quem pra lá vai sabe bem disso.

    1. Quando vi o crescimento de 58% achei que era significativo.

      Mas realmente não é um grande contingente o que é surpreendente é o caso da França onde a quantidade é significativa agora quinheitos e tantos é para mim mais uma aventura de alguns que querem ver o que acontece.

      Eu gostaria de ver a estatística de quantos retornam, talvez este número fosse mais significativo de acompanhar.

  4. Tenho antessados judeus que
    Tenho antessados judeus que foram forçados a se converter ao cristianismo por D. Manuel e depois expulsos de Portugal. Há uma lei que me permite solicitar a cidadania portuguesa. Isto eu posso até fazer se for forçado a sair do Brasil por causa de um golpe de estado. Em Israel não pretendo colocar os pés, pois a brutalidade daquele Estado é repugnante.

  5. Imigração?

    Talvez estejam apenas voltando ao seu povo original, depois de hospedados um tempo no Brasil. Boa sorte.

    Respondem por apenas 0,1% dos brasileiros, mas, em compensação, chegam a 4% dentro do fluxo que chega a Israel via imigração.

    A “roubalheira estava fazendo mal” diz Cláudia. É possível, pois, o próprio Rabino deles aqui no Brasil (Henry Sobbel) foi pego roubando gravatas no comércio de São Paulo. Mas, foi falado que ele é cleptômano (tucanearam o roubo).

  6. E a pancadaria nos palestinos

    E a pancadaria nos palestinos só aumenta. Tem que arrumar espaço para os escolhidos do todo poderoso.

     

  7. Enjoaram da robalheira e vão

    Enjoaram da robalheira e vão mudar pro genocídio… Tremenda palhaçada isso aí. Querem tentar? Boa viagem e boa sorte mas tentar faturar politicamente em cima é dose…

    1. O sujo falando do mal

      O sujo falando do mal lavado…

      De um lado um governo reacionário teocrático de direita….

      Do outro, um governo pretensamente de esquerda, incomptente, inoperante e odiado por 80% da população, sendo defendido apenas por comissinonados espertalhões (tá cheio aqui no blog), por militontos e por ingênuos estudantes (número cada vez menor) 

      1. “Odiado por 80% da

        “Odiado por 80% da população”? Viajou, cara? E se vc não gosta dos comentários deste blogue, o que catso tá fazendo aqui?

    2. Em mais de 5 décadas de

      Em mais de 5 décadas de conflitos entre israelenses e palestinos menos de 15 mil mortos dos dois lados e vem me falar em genocídio? É a velha tática da esquerda de deturpar o sentido das palavras para encaixar seu discurso.

       

      1. Vc deve ser ignorante. O

        Vc deve ser ignorante. O termo “genocídio” não mede quantidades. Ele define quando se mata alguém or ser de determinada nacionalidade, etnia… neste caso se aplica, sim. E desses supostos 15 mil que vc cita, 14 mil (se não mais) devem ser palestinos, a maioria crianças e mulheres.

  8. Então…………..

    Artigos como este, a meu ver são só para provocar.

    Então, como o ir e vir ainda é democratico, que a citada senhora faça uma boa viagem junto aos seus entes queridos !!!!!

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