Morre, aos 91 anos, a soprano Niza de Castro Tank

Niza de Castro Tank, um dos nomes mais importantes do canto lírico brasileiro e interprete do maestro e compositor Carlos Gomes

Foto: Acervo/Unicamp

Aos 91 anos, morre a soprano Niza de Castro Tank, um dos nomes mais importantes do canto lírico brasileiro e interprete do maestro e compositor Carlos Gomes. Niza faleceu enquanto dormia, em casa.

Também professora do Instituto de Artes da Unicamp, a Universidade a descreveu como “referência mundial” pela sua atuação e ter formado uma geração de músicos e intérpretes com “excelência artística, generosidade e alegria”.

Iniciando uma carreira como cantora de óperas entre 1954 e 1960, sua primeira apresentação no Theatro Municipal de São Paulo foi em 1957, que a colocou “sob os holofotes do canto lírico nacional e internacional”, narrou a instituição de ensino.

“Quando Niza subia no palco, roubava a cena. Era de baixa estatura, mas imensa enquanto artista. Atuou com brilhantismo e sensibilidade. Seu canto carregava muito sentimento e era algo muito coeso artisticamente”, lembra com alegria sua colega no Instituto de Artes, Adriana Gairola, que foi também sua aluna.

Nas interpretações de Carlos Gomes, foi a primeira soprano a gravar a ópera Il Guarany, na personagem Ceci. Também cantou pelo país obras como Schiavo, Fosca, A Noite do Castelo, Salvador Rosa e Colombo.

“Niza foi uma das mais importantes sopranos ligeiros do Brasil da segunda metade do século XX e princípio do século XXI. Além do vasto repertório de câmara e operístico, divulgou amplamente a música de Carlos Gomes”, disse Angelo Fernandes, também docente do IA da Unicamp.

Em sua homenagem, a instituição disponibilizou o programa Memória Científica, sobre a artista, e o documentário “Joias da Princesa: Niza de Castro Tank”, dirigido por Ariane Porto, de 2012. Confira:

Redação

2 Comentários

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  1. Mais uma grande que se vai. Pena um país que aproveita tão pouco seus grandes talentos.
    Obrigado pelos links para os documentários/

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