O pulo do poeta Guilherme Mansur foi armado
por Romério Rômulo
Telhas e prumos, rezas e travas
o poeta Mansur e suas lavas
se foram ao final, no coração
(morrer, mas sem morrer, eis a questão).
Da Vila em fissão, poesia livre
Guilherme se compôs em bateau ivre
onde tudo que fez se fez, então
metálico e real na emoção.
Vi seu rincão, escada de palavras
e um dia eu entendi as suas lavras
vindas das pedras, quentes de rumores
olho de vidro a traduzir amores.
Guilherme foi quieto, de silêncio, incréu.
Mansur é um concreto de cordel.
Romério Rômulo (poeta prosador) nasceu em Felixlândia, Minas Gerais, e mora em Ouro Preto, onde é professor de Economia Política da UFOP e um dos fundadores do Instituto Cultural Carlos Scliar – Rio de Janeiro RJ.
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