Rubem Fonseca e a loucura do escritor

Do Opera Mundi

Em Portugal, Rubem Fonseca ignora fama de recluso e diz que escrever é forma de loucura

Escritor brasileiro diz que paciência é mais importante do que inteligência para autores 

Conhecido por recusar entrevistas, grandes aparições e sessões de fotos, o escritor brasileiro Rubem Fonseca participou de evento literário portugês e tirou risadas dos companheiros de mesa e do público defendendo a loucura como característica principal de um escritor. “Escrever é uma forma socialmente aceita de loucura”, disse Fonseca, vencedor do Prêmio Literário Casino da Póvoa com o romance Bufo & Spallanzani.

“Basta ser louco?”, perguntou ao auditório do encontro de escritores Correntes d´Escrita, na Póvoa de Varzim, em Portugal. Não, mas é o mais importante, respondeu para si. E segue enumerando: “É necessário ser alfabetizado, motivado, imaginativo e ter paciência. Fazer continuamente, sem pressa, mas não parar de fazer”. Durante sua exposição, ele descartou a inteligência como exigência para exercer o ofício da escrita. 

 “Por que o Flaubert levou cinco anos escrevendo aquele livrequinho de 200 páginas, Madame Bovary? Ele queria a palavra certa. Ele sabia que não existem sinônimos”, disse, sobre a paciência necessária para escrever. Aos 86 anos, o escritor brasileiro participava da mesa redonda “A escrita é um risco total”.

Confira o vídeo com a intervenção do autor:

http://youtu.be/QqjLOOs8h5k

Luis Nassif

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