Biologia explica sentimento de satisfação com a dor alheia

Jornal GGN – Uma série de experimentos feitos por pesquisadores da Universidade de Princeton, nos EUA (Estados Unidos) mostrou que trata-se de uma resposta biológica a sensação de satisfação que algumas pessoas têm ao ver, por exemplo, a derrota de um rival no esporte ou a dor de alguém com por quem nutrem algum tipo de rivalidade no dia a dia. A sensação acontece principalmente quando sentem algum tipo de inveja em relação a esse rival.

Ainda que o estudo tenha se focado no campo das relações interpessoais, os pesquisadores garantem, contudo, que os resultados valem até para relações entre países, chefes de Estado ou líderes políticos. Para chegar ao resultado, os pesquisadores mediram a atividade elétrica dos músculos da face de um grupo de voluntários ao presenciar eventos em que pessoas que invejam passam por situações de infortúnio e desconforto.

De acordo com os pesquisadores, sentimentos como ciúme e inveja estão “altamente correlacionados”. “Estávamos interessados nas condições em que as pessoas não conseguem criar empatia com o outro e como algumas dessas pessoas experimentam a felicidade às custas do outro”, explica Mina Cikara, uma das envolvidas na pesquisa, que utilizou nos experimentos o campo esportivo, área na qual as pessoas tendem a ser mais sinceras ao expressar seus sentimentos em relação à derrota do adversário.

Sentimento patológico

Foram quatro experimentos no total. No primeiro, os pesquisadores examinaram as respostas físicas dos participantes, monitorando os movimentos de suas bochechas com uma eletromiografia (EMG, na sigla em inglês), que capta a atividade elétrica dos movimentos faciais. O resultado mostrou padrões de reações em relação a estereótipos sociais: idosos (pena), estudantes ou americanos (orgulho), viciados em drogas (nojo) e profissionais ricos (inveja). As imagens isoladas foram combinadas com eventos, para que novamente os pesquisadores avaliassem suas emoções.

O segundo experimento envolveu o uso de imagens de ressonância magnética de autorrelato e funcional (fMRI, na sigla em inglês), aparelho que mede as alterações do fluxo sanguíneo associado à atividade do cérebro. O objetivo era determinar se os participantes estavam dispostos a prejudicar determinados grupos. Examinando as mesmas imagens do primeiro experimento, os voluntários foram então convidados a avaliar seus sentimentos em notas de um a nove (de extremamente ruim a muito bom). O resultado mostrou maior felicidade com a desgraça daqueles que os voluntários invejavam (como os ricos).

“A falta de empatia nem sempre é patológica. É uma resposta humana, e nem todo mundo sente isso, mas uma parcela significativa o faz. Precisamos lembrar disso em termos de situações cotidianas. Se você pensar sobre a forma como os locais de trabalho e organizações são criadas, por exemplo, levanta uma questão interessante: a competição é a melhor maneira de obter resultados de seus funcionários? Em algumas circunstâncias, a concorrência é boa. Em outros aspectos, as pessoas podem estar preocupadas em prejudicar as outras, e isso não é o que a organização quer”, avalia Cikara.

Com informações do Phys.org

Redação

2 Comentários

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  1. biologia explica sentimento de satisfaçao com a dor alheia.

    Concordo com numero genero e grau,tenho mais inveja do que mereço.Vibro com derrotas de Fla,curintians,galos e semelhantes.Uma delicia.Morro de inveja dos maridos das mulheres bonitas deliciosas,gosto até de mulheres inteligentes,dizem que existe.Sou inveja de cabeça aos pés igual a todos nós juntos.Acho até que Jesus tinha uma inveja lascada de judas,o sem cruz / sem compromisso/sem pai nem mãe.

  2. Referências

    O título da manchete parece bem pretensioso e superficial, mas entendo que seja uma manchete…. defendendo alguma idéia e tal. Seria legal os links dos artigos originais, os papers, autores… sem isso fica impossível saber da procedência desse tal estudo.

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