Brasil pode economizar R$ 54 bilhões com eficiência energética

Jornal GGN – O Brasil tem um potencial de economia de energia de R$ 20 bilhões, equivalente a uma movimentação comercial no país de R$ 54 bilhões, apenas como desenvolvimento de projetos em eficiência energética. Destes R$ 20 bilhões, R$ 13 bilhões provêm de energia elétrica e R$ 7 bilhões de petróleo. A afirmação é de Rodrigo Aguiar, presidente da Associação Brasileira de Serviços de Conservação de Energia (Abesco).

Para atingir tal objetivo, diz o executivo, seriam necessários investimentos de R$ 60 bilhões. Pode parecer muito, mas não é. Eles se pagariam em apenas três anos.

Ações neste sentido poderiam ser feitas em três âmbitos: residencial, comercial e industrial. No caso das famílias, iniciativas simples como a troca de iluminação e de aparelhos velhos por equipamentos com o selo Procel já seriam um grande avanço. No caso de edifícios comerciais, a troca do ar-condicionado – que responde por 60% dos gastoscom energia- economizaria entre 35% e 50% da conta de luz. E, na indústria, a modernização no processo de ar-comprimido e injetoras se traduziria em aumento do lucro ou repasse dos preços menores ao consumidor final.

Segundo Farias, estudos recentesmostram que o déficit da capacidade energética das regiões Sudeste e Centro-Oeste pode chegar a 6,7 GWh em 2018. “Sabemos que o problema do déficit regional só pode ser resolvido com um mix de soluções, mas um grande plano de eficiência energética visando à redução de consumo é fundamental. Por exemplo, se aplicássemos todo o potencial de mercado em eficiência, teríamos uma redução imediata de 45,96 TWh no consumo anual do país”, explica o executivo.

“Ainda desperdiçamos muita energia”, afirma. Ele lembra que existe um índice de intensidade de energia, que mede quanto o PIB cresce marginalmente em relação ao aumento do consumo. “O Brasil está estagnado há anos.Já a China tinha um índice nove vezes maior do que o nosso e hoje é apenas 2,5 vezes.”

A solução para este nó passa por duas esferas. Em primeiro lugar, há de se ter ações mais assertivas do governo federal. Ele exemplifica que há um plano para tornar mais eficientes as edificações públicas, mas não saiu do papel. Por fim, as linhas de financiamento com este objetivo são escassas: uma do BNDES, uma da Desenvolve SP e outra da AgeRio.

 

Redação

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