Estudo sugere que “super-Terras” podem ser mais parecidos com nosso planeta

Jornal GGN – Pesquisadores da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, sugerem, em novo estudo, que os exoplanetas conhecidos como “super-Terras” podem ser ainda mais parecidos com o nosso planeta do que se pensava anteriormente. Um novo estudo com tais afirmações foi apresentado na reunião número 223 da American Astronomical Society.

Esses planetas são comuns na Via Láctea, mas por conta da alta gravidade, os cientistas assumiram que deviam ser mundos aquáticos. De acordo com um novo modelo, no entanto, tais planetas seriam ativos tectonicamente, sendo capazes de armazenar a maior parte de sua água no manto, deixando expostos os continentes e oceanos que poderiam criar um clima estável, como a da Terra.

“O clima temperado na Terra não é apenas por causa da água líquida, mas por causa de continentes expostos”, afirma o pesquisador Nicolas Cowan, da Universidade Northwestern. As temperaturas da superfície dos continentes atuam como uma espécie de termostato geológico, estabilizando o clima.

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Uma super-Terra com duas vezes o raio da Terra teria dez vezes a massa e dez vezes a quantidade de água que do nosso planeta. A grande gravidade do planeta seria três vezes maior que a da Terra, esmagando a topografia do planeta por um fator de três e criando bacias oceânicas superficiais, afiram os pesquisadores.

Dada tanta água e um lugar raso para contê-la, o conhecimento convencional da física diz que os oceanos de uma super-Terra deveriam transbordar suas bacias e inundar o exoplaneta. No entanto, na Terra, uma grande quantidade de água é armazenada no manto – a camada rochosa que compõe a maior parte do volume e da massa do planeta – e se move entre os oceanos e o manto como as placas tectônicas. A pressão do fundo do mar, determinada pela força da gravidade, controla este processo.

Possibilidade de vida

Cowan e seus colegas modelaram o armazenamento de água em super-Terras, achando que a gravidade mais pesada criaria enorme pressão no fundo do mar, forçando a água no manto do planeta. “Podemos colocar 80 vezes mais água em uma super-Terra e ainda ter o seu olhar de superfície como a Terra”, afirmou Cowan em um comunicado. Como resultado, esses planetas devem ter massas de terra que estabilizam o clima, em vez de ser submerso em oceanos.

Se estes planetas, que são relativamente comuns na galáxia, virem a ter climas estáveis, a sua capacidade de sustentar a vida como a conhecemos seria maior do que se pensava anteriormente. É claro que a gravidade de tais mundos é muito maior – talvez três vezes maior – mas não Cowan não acredito que isso exclui a vida. “Eu não acho que 3-G (três vezes a força da gravidade na Terra) é um grande problema para a habitabilidade”, diz. “Os pilotos de caça pode lidar com isso”.

O novo modelo contém duas grandes incertezas, no entanto. Assume-se que as super-Terras têm placas tectônicas, e se baseia em estimativas da quantidade de água no manto da Terra. O próximo passo para confirmar os resultados do modelo implicaria no lançamento de uma missão no espaço para tirar fotos dessas super-Terras em imagens de alto contraste e verificar se eles realmente têm continentes e oceanos.

Com informações do Mashable.com

Redação

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