Pesquisadores da USP estruturam plataforma para compartilhar insumos

Denominada SocialLab, ferramenta auxilia cientistas a compartilhar insumos e facilita andamento de pesquisas - inclusive estudos relacionados à covid-19

Foto: Reprodução

Jornal GGN – Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) criaram uma plataforma digital, denominada SocialLab, com o objetivo de facilitar o compartilhamento de insumos, como reagentes e linhagens celulares.

A plataforma foi idealizada pelo professor Lucio de Freitas Junior, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, que vem aperfeiçoando a ideia há três anos e que “foi feita a muitas mãos”, pois acolheu sugestões apresentadas por pessoas da comunidade universitária.

Em entrevista à Agência Brasil, o professor diz que a ação tem despertado o interesse de diversos reitores e instituições de pesquisa de outros países. Para ele, a execução foi agora possível em decorrência de uma nova mentalidade do mundo como um todo, que agora se voluntaria a se organizar de forma diferente, com mais inclinação à partilha.

O sistema foi projetado levando em conta normas aplicadas aos reagentes controlados, que são estabelecidas pelo governo federal e estão sujeitas a um controle especial. Para adquiri-las, é necessário seguir um protocolo específico. Inclusive, há uma fiscalização mais rigorosa, que tem por finalidade evitar que esses reagentes circulem livremente.

Conforme explica o docente, foram criadas diversas interfaces de acesso, que variam de acordo com o perfil do usuário da plataforma. Para manter segurança quanto à verdadeira identidade dos usuários, é exigido que todos tenham registro na Plataforma Lattes, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em que se informa o CPF.

A política de acesso à plataforma tem também outras particularidades. Um professor responsável por determinado laboratório poderá, por exemplo, listar seus alunos e indicar dentro da plataforma qual deles poderá visualizar conteúdos que exigem restrições.

Segundo Freitas Junior, a plataforma também já se provou útil para a pesquisa que vem desenvolvendo sobre o novo coronavírus. O estudo poderia ter ficado parado com a falta de um reagente bastante caro, mas o problema foi contornado porque encontrou o material disponível no site. Quem o possuía e havia divulgado no site era um colega que trabalhava a metros de distância, no andar que fica logo acima do laboratório onde trabalha.

Redação

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